A 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo deferiu o pedido de recuperação extrajudicial do Grupo Casas Bahia, que enfrenta dívidas acumuladas de R$ 4,1 bilhões. A medida foi tomada com base em um acordo prévio com os principais credores, representando 54,5% dos débitos, estendendo-se também aos demais credores dispersos, incluindo pessoas físicas.
O juiz Jomar Juarez Amorim determinou a suspensão de todas as execuções contra a varejista movidas pelos credores abrangidos pelo plano de recuperação, pelo prazo de 180 dias. A decisão foi embasada na concordância dos credores que representam a maioria dos créditos abrangidos pelo plano.
O cerne do pedido de recuperação extrajudicial é o alongamento das dívidas da empresa. A proposta apresentada prevê um novo prazo para quitação das dívidas, estendendo-se de 22 meses para 72 meses, ou seja, seis anos. Além disso, contempla uma redução de 1,5 ponto percentual no custo médio do endividamento com os credores.
A decisão visa proporcionar à Casas Bahia um fôlego financeiro para reorganizar suas finanças e manter suas operações. O alongamento das dívidas permitirá à empresa um maior prazo para regularizar sua situação financeira, evitando possíveis processos de falência que poderiam comprometer sua continuidade no mercado.
O mercado reagiu positivamente ao pedido de recuperação extrajudicial das Casas Bahia, refletindo-se no aumento de 34% nas ações da empresa (BHIA3) durante a sessão desta segunda-feira (29). Analistas financeiros interpretam a medida como uma estratégia favorável por parte da varejista, que busca reorganizar suas finanças e fortalecer sua posição no mercado. Esse movimento demonstra a confiança dos investidores na capacidade da empresa de superar suas dificuldades financeiras e recuperar sua competitividade no setor varejista.
A aceitação do pedido de recuperação extrajudicial das Casas Bahia representa um passo importante na tentativa da empresa de reverter sua situação financeira e garantir sua sustentabilidade futura. Com o apoio dos credores e a supervisão do Poder Judiciário, espera-se que a varejista possa superar esse período de dificuldades e retomar seu crescimento no mercado.
