A Doença de Newcastle, causada pelo vírus APMV-1, é uma infecção aguda que afeta aves domésticas e silvestres, causando sintomas como dificuldade respiratória, diarreia, torcicolo e alta mortalidade. A doença é altamente contagiosa e pode ser transmitida por contato direto entre aves, por meio de objetos contaminados ou pelo ar.
A identificação do novo caso no Rio Grande do Sul, após um hiato de quase duas décadas, gerou preocupação no setor avícola. A última vez que a doença havia sido confirmada no Brasil foi em 2006, em aves de subsistência nos estados do Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.
A notícia da reemergência da doença provocou uma forte reação do mercado financeiro. As ações de grandes frigoríficos brasileiros, como Marfrig, BRF, Minerva e JBS, registraram quedas significativas nesta quinta-feira (18). Os investidores temem que a doença possa afetar a produção de aves e, consequentemente, a oferta de carne de frango no mercado, o que poderia levar a uma alta nos preços e prejudicar os lucros das empresas.
Para evitar a disseminação da doença, as autoridades sanitárias e os produtores avícolas devem intensificar as medidas de biossegurança nas granjas, como a limpeza e desinfecção dos ambientes, o controle do acesso de pessoas e veículos e a vacinação das aves. Além disso, é fundamental a notificação imediata de qualquer caso suspeito da doença às autoridades competentes.
A confirmação de um novo caso de Doença de Newcastle no Brasil é um alerta para a importância de manter a vigilância sanitária e as medidas de biossegurança no setor avícola. A doença representa uma ameaça significativa para a produção de aves e pode ter um impacto negativo na economia. As autoridades e os produtores devem trabalhar em conjunto para controlar a doença e evitar novas crises no setor.