Os mercados financeiros globais vivenciaram um dia de grande turbulência nesta segunda-feira. O temor de uma recessão nos Estados Unidos, impulsionado por dados fracos de emprego e pela política de juros altos do Federal Reserve, desencadeou uma onda de vendas sem precedentes, levando as principais bolsas do mundo a despencarem e acionando circuit breakers em diversas regiões.
A tempestade perfeita
A combinação de diversos fatores negativos desencadeou a crise nos mercados. Os dados de emprego nos Estados Unidos, divulgados na sexta-feira, vieram abaixo das expectativas, alimentando os temores de uma desaceleração econômica. Somado a isso, a política de juros altos do Federal Reserve, com o objetivo de controlar a inflação, tem pressionado as empresas e os consumidores, aumentando o risco de uma recessão.
O impacto global
A onda de vendas se espalhou rapidamente pelo globo, com as principais bolsas da Ásia, Oceania e Europa registrando quedas acentuadas. O índice Nikkei 225, de Tóquio, por exemplo, sofreu uma desvalorização de 11,6%, a maior desde a crise financeira global de 2011. A volatilidade foi tão intensa que diversos mercados acionaram seus circuit breakers, mecanismos de segurança que interrompem as negociações em caso de oscilações excessivas.
Fatores agravantes
Além dos dados econômicos fracos e da política monetária restritiva, outros fatores contribuíram para a intensificação da crise. A alta do iene, a moeda japonesa, e as tensões geopolíticas no Oriente Médio também pesaram sobre o sentimento dos investidores.