O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais, que mede a demanda interna por bens do setor industrial, registrou um recuo de 0,5% em novembro, na comparação com o mês anterior. O resultado foi influenciado pela queda de 0,9% na produção interna líquida de exportações, enquanto as importações de bens industriais cresceram 14,5% no período.
Em relação a novembro de 2017, o indicador apontou alta de 0,6%, superando o desempenho da produção industrial medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – queda de 0,9%. Dessa forma, com base na variação acumulada em doze meses até novembro, a demanda segue registrando ritmo de crescimento mais intenso (3,7%) que a produção industrial (1,8%).
Entre as classes de produção, a demanda interna por bens da indústria de transformação caiu 0,3% ante outubro, enquanto a indústria extrativa mineral registrou a terceira baixa seguida (-1,4%). Dos 22 segmentos da indústria de transformação, somente oito ficaram positivos no mês, com destaque para o consumo aparente de outros equipamentos de transporte, que avançou 60,3%, impactado pela importação de plataformas de petróleo.
Ainda na comparação com outubro, o consumo aparente de bens de capital cresceu 8,7%, enquanto o de bens intermediários também fechou em alta (0,8%). O segmento de bens de consumo duráveis, por sua vez, registrou retração de 6,1%.
