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IPCA registra deflação em agosto

A alimentação fora do domicílio (0,33%) registrou variação abaixo do registrado no mês anterior (0,39%).

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no Brasil, registrou deflação de -0,02% em agosto. Essa é a primeira vez que o indicador apresenta queda desde junho de 2023. A notícia, divulgada pelo IBGE, indica uma desaceleração da inflação e traz alívio para os consumidores.

A deflação em agosto foi influenciada principalmente pela queda nos preços de alimentos e bebidas (-0,44%), com destaque para a batata inglesa, o tomate e a cebola. Além disso, a redução nas tarifas de energia elétrica em diversas cidades também contribuiu para a desaceleração da inflação.

Alimentação e bebidas: A queda nos preços de alimentos como batata, tomate e cebola, combinada com a segunda queda consecutiva da alimentação no domicílio, foi um dos principais fatores para a deflação em agosto.
Habitação: A redução nas tarifas de energia elétrica, especialmente em cidades como São Paulo, Vitória e Belém, contribuiu significativamente para a queda dos preços no grupo de habitação.
Transportes: A estabilidade dos preços dos combustíveis, com destaque para a queda do etanol, também influenciou o resultado final.
Educação: O grupo de educação registrou alta, impulsionado pelos cursos regulares, principalmente ensino superior e fundamental.

IPCA – Variação e Impacto por grupos – mensal
Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Julho Agosto Julho Agosto
Índice Geral 0,38 -0,02 0,38 -0,02
Alimentação e bebidas -1,00 -0,44 -0,22 -0,09
Habitação 0,77 -0,51 0,12 -0,08
Artigos de residência 0,48 0,74 0,02 0,03
Vestuário -0,02 0,39 0,00 0,02
Transportes 1,82 0,00 0,37 0,00
Saúde e cuidados pessoais 0,22 0,25 0,03 0,03
Despesas pessoais 0,52 0,25 0,05 0,03
Educação 0,08 0,73 0,00 0,04
Comunicação 0,18 0,10 0,01 0,00
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

 

Impacto da deflação:

A deflação em agosto é uma notícia positiva para a economia brasileira, pois indica que a pressão sobre os preços está diminuindo. Essa desaceleração da inflação pode contribuir para:

Aumento do poder de compra: Com a inflação mais baixa, os consumidores podem comprar mais produtos e serviços com o mesmo dinheiro.
Redução da taxa de juros: A queda da inflação pode levar o Banco Central a reduzir a taxa de juros, o que pode estimular a economia.
Maior previsibilidade: Um cenário de inflação mais controlada traz mais previsibilidade para a economia e incentiva os investimentos.
Perspectivas para o futuro:

Embora a deflação em agosto seja uma boa notícia, é importante acompanhar os próximos indicadores para avaliar se essa tendência se manterá. Fatores como a variação do câmbio, as políticas monetárias e os choques externos podem influenciar a inflação nos próximos meses.

A deflação em agosto é um sinal positivo para a economia brasileira, indicando que a pressão inflacionária está diminuindo. No entanto, é preciso acompanhar os próximos indicadores para ter uma visão mais clara sobre a evolução da inflação nos próximos meses.

Para o cálculo do índice do mês, foram considerados os preços coletados entre 30 de julho e 29 de agosto de 2024 (referência) e comparados com os preços vigentes entre 29 de junho e 29 de julho de 2024 (base). Este indicador, calculado desde 1980, abrange famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários mínimos, independentemente da fonte de renda. A pesquisa é realizada em dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília.

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