Os mercados globais reagiram de forma intensa nesta terça-feira (1º) após o Irã lançar uma série de mísseis contra Israel, resultando em uma disparada nos preços do petróleo. Às 15h35, no horário de Brasília, o barril de petróleo WTI, referência nos Estados Unidos, subia 2,52%, atingindo o valor de US$ 69,89 e máxima de US$ 71,94, enquanto o Brent, principal referência internacional, avançava 3,03%, cotado a US$ 73,87 e máxima de US$ 75,45. No início da tarde, com o início da escalada dos ataques do Irã contra Israel, o preço do petróleo disparou, registrando um aumento de 5%.
Esse aumento abrupto no preço do petróleo impactou diretamente as ações de petroleiras em todo o mundo, com destaque para a Petrobras no mercado brasileiro. Às 16h15, ações preferenciais da estatal (PN) registraram alta de 3,22%, negociadas a R$ 37,17, e as ordinárias (ON) subiram 2,60%, chegando a R$ 40,29. Os ativos das petroleiras têm peso de mais de 11% no Ibovespa, o que impactou positivamente na bolsa brasileira também apresentou elevação significativa.
Efeito no mercado financeiro
O aumento no preço do petróleo, impulsionado pelo agravamento do conflito no Oriente Médio, reforçou o desempenho positivo de ações ligadas ao setor de energia. O peso da Petrobras no Ibovespa fez com que a bolsa brasileira se valorizasse, refletindo a importância das commodities energéticas no mercado nacional. Qualquer movimento expressivo no petróleo impacta diretamente o desempenho das bolsas, já que os ativos de grandes petroleiras estão fortemente vinculados à sua valorização.
Histórico de tensões: Irã e Iraque
A escalada do conflito no Oriente Médio remete a um histórico de tensão entre países da região, especialmente Irã e Iraque. A Guerra Irã-Iraque, travada entre 1980 e 1988, foi um dos confrontos mais devastadores da época, marcado por disputas geopolíticas e territoriais. O conflito teve início após o Iraque, sob o comando de Saddam Hussein, lançar um ataque ao Irã em setembro de 1980, motivado por rivalidades geopolíticas e a recente Revolução Islâmica no Irã.
A guerra resultou em imensas perdas humanas e econômicas, com cerca de 1,5 milhão de mortos e destruição significativa em ambos os países. Esse histórico de tensões alimenta a atual instabilidade no Oriente Médio, com impacto direto nos mercados globais, especialmente no setor de energia, onde o petróleo se torna um termômetro das crises regionais.
A crescente tensão entre Irã e Israel e o impacto nos preços do petróleo reforçam o papel central do Oriente Médio nas dinâmicas econômicas globais, destacando a sensibilidade dos mercados às crises geopolíticas da região.