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Corinthians esclarece dívida fiscal durante o “Dia da Transparência”

O clube de futebol também se envolveu em uma disputa jurídica com a marca Pixbet, antiga patrocinadora.

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O Sport Club Corinthians Paulista divulgou uma nota oficial para esclarecer as informações financeiras apresentadas no “Dia da Transparência”, realizado em 13 de setembro de 2024. Durante o evento, o clube compartilhou detalhes sobre o passivo de dezembro de 2023 e uma dívida fiscal de R$ 220 milhões, que não estava originalmente incluída no balanço financeiro.

Dívida fiscal: ISS e autuações municipais
Um dos principais pontos abordados foi a dívida fiscal de R$ 141 milhões relacionada ao Imposto sobre Serviços (ISS), referente à bilheteria, resultado de uma autuação da Prefeitura de São Paulo. A situação é semelhante à de outros clubes paulistas, e, no passado, o Corinthians não havia contabilizado esse valor, pois a assessoria especializada classificou o risco como possível, não exigindo inclusão no balanço.

Com a mudança na avaliação do risco, o clube foi aconselhado a aderir ao Programa de Parcelamento Incentivado (PPI) da Prefeitura, o que reduziu o valor da autuação de R$ 141 milhões para R$ 76 milhões, representando um desconto de aproximadamente R$ 65 milhões. O passivo de R$ 141 milhões foi considerado na visão gerencial apresentada em dezembro de 2023, enquanto o valor novado de R$ 76 milhões foi registrado em junho de 2024.

Dívida federal: Análise e ajustes
No âmbito federal, a assessoria tributária do Corinthians, em conjunto com o departamento fiscal, inicialmente identificou uma dívida de R$ 80 milhões. No entanto, após uma análise detalhada, constatou-se que o valor real era de R$ 30 milhões, devido a divergências entre os relatórios da Receita Federal e os registros internos do clube. O clube está corrigindo essa diferença e ajustando seus processos internos para assegurar maior precisão nas suas finanças.

Compromisso com a regularização financeira
Em resumo, as contingências anteriores do clube somavam aproximadamente R$ 171 milhões, e não R$ 220 milhões como informado inicialmente. Após os parcelamentos, a dívida adicional foi ajustada para R$ 106 milhões.

Essas medidas fazem parte dos esforços da atual gestão do Corinthians em garantir a transparência e a regularização financeira do clube, assegurando uma administração sólida e sustentável para o futuro da instituição.

Na nota, o Corinthians reitera seu compromisso com a gestão responsável e com a sustentabilidade financeira, reafirmando que continuará a trabalhar para consolidar sua posição como um dos principais clubes do Brasil, tanto em campo quanto fora dele.

Confira o comunicado oficial do Corinthians:

“O Sport Club Corinthians Paulista vem a público elucidar informações apresentadas durante o Dia da Transparência, realizado em 13 de setembro de 2024, no qual foram compartilhados os dados financeiros relativos ao primeiro semestre e a visão de futuro do clube.

Entre os pontos abordados, foi analisado o passivo de dezembro de 2023 somado a uma dívida fiscal de R$ 220 milhões, que não estava originalmente contabilizada no balanço. Essa soma representava uma visão gerencial do passivo total do início dessa gestão, e essa dívida fiscal pode ser detalhada em dois grandes blocos: débitos municipais e federais.
No pilar municipal, entre diversas ações existentes, havia uma de R$ 141 milhões referente ao ISS (Imposto sobre Serviços) sobre bilheteria, resultante de uma autuação da Prefeitura de São Paulo, semelhante ao que ocorreu com outros clubes paulistas. No passado, orientado por assessoria especializada, o Corinthians não contabilizava esse valor, pois a avaliação de risco era somente possível, o que não exige contabilização pela legislação contábil. Dado o fato de que esta autuação estava relacionada à incidência do imposto sobre bilheteria, que teve seu risco alterado para perda provável, a mesma assessoria aconselhou o clube a aderir a um modelo de parcelamento e, assim, o valor foi novado e contabilizado no balanço.  
É importante destacar que, ao aderir ao programa de parcelamento oferecido pela Prefeitura (PPI) e uma nova transação tributária municipal, o Corinthians reduziu o valor da autuação de R$ 141 milhões para R$ 76 milhões, um desconto de aproximadamente R$ 65 milhões. Consideramos, portanto, em nossa visão gerencial da dívida no material apresentado, o passivo de R$ 141 milhões em dezembro de 2023, e o valor novado pós parcelamentos de R$ 76 milhões na posição de junho – o ajuste contábil no balanço do clube ainda não estava concretizado.
No âmbito federal, a assessoria tributária do clube, junto com o departamento fiscal, inicialmente identificou uma dívida de cerca de R$ 80 milhões. Contudo, ao realizar uma análise mais minuciosa, constatou-se que o valor real era de R$ 30 milhões. Essa diferença decorreu de divergências entre os relatórios da Receita Federal e os relatórios existentes no clube. Essa situação está sendo corrigida, com ajustes nos processos internos do clube, que demandam tempo para total adequação.
Em resumo, as contingências de anos anteriores era de aproximadamente R$ 171 milhões, não R$ 220 milhões como anteriormente informado. Após os parcelamentos, a dívida adicional chegou a R$ 106 milhões. 
Essas ações reforçam o compromisso da diretoria do Sport Club Corinthians Paulista com a regularização das finanças do clube, garantindo uma administração financeira sólida e transparente que assegure a sustentabilidade futura da instituição.
Sport Club Corinthians Paulista”
A polêmica entre o Corinthians e a casa de apostas Pixbet
A Justiça de São Paulo determinou o bloqueio de R$ 21,4 milhões das contas do Corinthians, após o clube não cumprir um acordo firmado com a sua ex-patrocinadora, a casa de apostas Pixbet. A medida foi tomada na última segunda-feira, ampliando os problemas financeiros da equipe, que já lida com diversas questões econômicas. A dívida com a Pixbet se tornou mais um obstáculo para a gestão do clube, que precisará resolver essa pendência judicial o quanto antes.

Em fevereiro deste ano, a Justiça já havia determinado a penhora de R$ 5,3 milhões, que foi revertida após um acordo entre as partes. Nesse compromisso, o Corinthians aceitou pagar uma dívida total de R$ 40,1 milhões, além de R$ 4 milhões em honorários advocatícios. No entanto, o recente bloqueio mostra que o clube não honrou esse acordo, elevando a tensão e colocando mais pressão sobre a administração corintiana para solucionar a questão com a antiga patrocinadora.

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