A caderneta de poupança registrou um saque líquido de R$ 8,007 bilhões em fevereiro de 2025, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta quarta-feira (12). Este é o maior valor de retiradas para o mês desde 2023, quando os saques superaram os depósitos em R$ 11,515 bilhões.
Com o resultado de fevereiro, o saldo negativo da poupança em 2025 alcançou a marca de R$ 34,233 bilhões. Em janeiro, os saques líquidos já haviam somado R$ 26,226 bilhões.
Detalhes do fluxo da poupança em fevereiro:
Depósitos: R$ 331,997 bilhões
Saques: R$ 340,004 bilhões
Acumulado do ano:
Depósitos: R$ 658,880 bilhões
Saques: R$ 693,113 bilhões
Histórico recente:
Em 2023, os poupadores retiraram R$ 72,393 bilhões da poupança.
Em 2024, as retiradas somaram R$ 21,717 bilhões.
Saldo da poupança:
Apesar dos saques, o saldo da caderneta de poupança permanece acima de R$ 1 trilhão, impulsionado pelo rendimento de R$ 6,432 bilhões em fevereiro. O saldo total da poupança é de R$ 1,010 trilhão, mantendo-se acima da marca de R$ 1 trilhão pelo nono mês consecutivo. No final de 2024, o saldo era de R$ 1,032 trilhão.

Possíveis causas para o aumento dos saques:
Cenário econômico: A inflação e as taxas de juros podem influenciar a decisão dos poupadores em buscar investimentos mais rentáveis ou utilizar os recursos para o consumo.
Outras opções de investimento: A diversificação da carteira de investimentos, com opções como Tesouro Direto e fundos de investimento, pode atrair parte dos recursos antes destinados à poupança.
Gastos extras: Início de ano é um período de muitos gastos extras, como por exemplo, impostos, e material escolar.
O aumento dos saques da poupança pode impactar o financiamento de setores como o imobiliário, que utiliza recursos da caderneta para concessão de crédito.