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Faça um 2011 Uau!!!

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Você já fez suas resoluções para 2011? Esta é aquela época em que construímos esperanças de grandes realizações para o ano que começa. Fazemos nossas promessas e estabelecemos metas importantes para nossas vidas. Aos que pretendem seguir a carreira empreendedora, permitam-me fazer uma sugestão de uma boa resolução para se adotar para 2011: Não perca uma oportunidade para ser fabuloso em 2011!!

 

Quem me deu esta dica foi a Profa. Tina Seelig, coordenadora do Centro de Empreendedorismo Tecnológico da Universidade de Stanford em 2008. Refletindo sobre o tema, percebi que esta é uma característica comum entre a maioria dos empreendedores que conheço. A tão propalada necessidade de realização e de conquistas que qualifica empreendedores bem sucedidos é inspirada por esta simples dica que acabei por transformar em recomendação aos meus alunos, orientandos e mentorados.

 

Mas o que isto significa? Ser fabuloso é obter uma realização que seja marcante, significativa, memorável e da qual você se orgulhe e dê uma sensação de que valeu a pena ter se dedicado para ela. Não é algo que você já tem obrigação de fazer, como passar de ano ou atingir uma meta no trabalho. Também não pode ser algo que dependa mais dos outros do que de você.

 

Para empreendedores, se tornar proprietário de um novo negócio é uma forma se ser fabuloso, talvez a mais óbvia. Existem várias outras formas de ser fabuloso. As pessoas costumam pensar em causas sociais, como ajudar a desenvolver uma determinada comunidade de recursos limitados, ou participar de um grupo assistencialista. Isto tudo é relevante, claro, mas o importante é que esta seja uma realização na qual você seja o principal protagonista. Seja qual for a atividade ou projeto, você precisa ser o principal responsável.

 

A melhor forma de pensar em ser fabuloso em algo é começar com suas competências. O que você sabe fazer bem? Como esta sua competência ou habilidade pode ser útil para construir algo relevante? Lembre-se que não podem ser várias coisas no ano, pode ser apenas uma ou duas, mas o importante é que seja algo grande e marcante. Outra forma é aproveitar as pessoas que você conhece e mobilizá-las para construir algo sob a sua batuta. Deixe-me dar alguns exemplos:

 

Publicar um vídeo na internet que as pessoas achem legal e divulguem a ponto de se tornar viral, com milhares de acesso. Isso é fabuloso. Já ter centenas de seguidores no Twitter pode ser um grande desafio, mas não é fabuloso. Vencer um concurso de dança é fabuloso, mas se você é dançarino profissional, deixa de ser algo fabuloso, pois não é desafiador. Participar de um programa de intercâmbio internacional por seis meses é algo fabuloso, mas se você estiver fazendo isso depois que a maioria dos seus amigos já fez, aí já não é mais fabuloso, pois a iniciativa não foi sua e sim um comportamento imitativo.

 

Eles podem parecer banais, mas estas realizações precisam ser desafiadoras para quem as realizou. Ah sim, não se esqueça que precisa ser algo que possa se tornar público, algo que as pessoas vejam, reconheçam o valor e te parabenizem por isso. Precisa haver algum reconhecimento externo. Se você mobilizou centenas de pessoas para fazerem doações para uma instituição e ninguém souber disso, pode ter sido importante para você e sua auto-estima, mas não será algo fabuloso se as pessoas não a reconhecerem como tal.

 

Você não precisa definir agora o que pretende fazer e estabelecer esta meta antecipadamente. Basta colocar como meta que você fará algo fabuloso em 2011, sem necessariamente precisar o que. Ao longo do ano, esteja atento às oportunidades. Se você estiver ligado, verá que elas virão, uma atrás da outra. Pode ser um convite para escrever para um site de grande exposição, pode ser um convite para viajar com um amigo para uma cultura desconhecida, pode ser através de uma pessoa que você acaba de conhecer e que trabalha para uma grande multinacional, pode ser um amigo que tem uma ótima idéia de negócio e que precisa de um sócio. As oportunidades estão em todos os lugares, basta aprendermos a identificá-las. Se você quer fazer algo fabuloso, não só você a identificará como fará de tudo para aproveitá-la.

 

Como você reparou, não estou falando de negócios, mas a biografia de grandes empreendedores está repleta de realizações fabulosas que não tem nada a ver com os negócios que eles criaram, mas fizeram parte do seu processo de formação empreendedora. Isso significa, antes de tudo, que empreendedores não se perdem com atividades rotineiras, procuram fugir de ações do tipo ‘apagar incêndios’. Esta tendência nos faz chegar no final do ano com uma sensação de que o ano passou em branco, como se você não tivesse aproveitado nada e simplesmente deixou o tempo passar. Empreendedores são aqueles que chegarão ao final de 2011, farão um balanço em retrospectiva do ano e citarão algumas realizações das quais dirão: Uau! Este ano valeu a pena! E você está disposto a ter um Uau!!! para colocar no seu currículo pessoal em 2011?

As Mídias Sociais e a Gestão da Carreira Profissional

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Com a disseminação do uso de plataformas de redes sociais online, cada vez mais as pessoas compartilham suas informações pessoais e profissionais nesses ambientes. As empresas, por sua vez, têm adotado como prática cada vez mais freqüente consultar os perfis dos candidatos como parte do processo seletivo de contratação — a entrevista de emprego começa nas mídias sociais. Monitorar colaboradores também tem se tornado tão comum por parte das empresas quanto monitorar o mercado e seu público-alvo.

Dessa forma, os profissionais devem cada vez mais prestar atenção às informações que postam online e usar esses recursos como aliados estratégicos em suas profissões. Pensando na gestão de carreiras, apresento a seguir algumas dicas de como atuar nas mídias sociais procurando obter o melhor resultado profissional.

– Tipos de problemas que os perfis em redes sociais podem trazer a um profissional

Alguns dos principais problemas resultantes do uso incorreto de perfis em redes sociais são: a) exposição da privacidade, b) comprometimento da imagem profissional e c) declarações sujeitas a processos legais.

No primeiro caso — privacidade — dependendo do tipo de informação que a pessoa expõe sobre si mesma, pode lhe trazer riscos pessoais. No ano passado, após o lançamento do Facebook Places (em que as pessoas dizem onde estão, no estilo Foursquare), foi presa uma quadrilha que usava essas informações para fazer assaltos nos USA. Escritórios de advogados têm monitorado declarações de pessoas específicas nas mídias sociais para usar essas informações em processos contra essas pessoas (como por exemplo, um ex-cônjuge que alega não ter recursos para pagar uma pensão maior, mas tuita que está fazendo uma viagem caríssima ou jantando em um lugar além das suas possibilidades declaradas). Assim, é importante pensar no tipo de informação que compartilhamos nos nossos perfis e por quais motivos estamos fazendo isso.

No caso de comprometimento da imagem profissional, as pessoas declaram coisas em seus perfis que contradizem o que se espera delas profissionalmente. Por exemplo, funcionários já foram demitidos por faltarem ao trabalho por alegarem que estavam doentes, mas no mesmo dia postarem em seus perfis que estavam curtindo ou passeando em algum lugar. Pessoas que participam em sites de redes sociais de grupos “eu odeio trabalhar” ou “eu odeio o meu chefe”, dificilmente serão contratadas. A sua imagem no ambiente digital, tanto pessoal como profissional, é construída por meio das informações que você divulga em seus perfis.

No último caso — declarações sujeitas a processos legais –, muitas vezes as pessoas se esquecem que a lei que rege o mundo offline vale igualmente no mundo online. Portanto, calúnia e difamação, exposição de informações confidenciais das empresas, etc., podem ser consideradas ilegais tanto quanto o seriam no mundo offline. Existem milhares de casos de processos dessa natureza em função de comportamento inadequado no ambiente digital.

– O que se deve evitar publicar nos sites de redes sociais

Deve-se ter no comportamento online o mesmo cuidado para divulgar informações, ou ainda maior, que se tem nos comportamentos offline. Se você não falaria algo no meio da praça para todo mundo ouvir, não fale tampouco nas mídias sociais. Se você não sairia despido ou bêbado na rua, não se apresente nessas condições nas mídias sociais. O cuidado deve ser ainda maior no ambiente digital online porque se no ambiente offline você se expõe apenas para as pessoas que estão no mesmo espaço físico que você, no ambiente digital você está potencialmente exposto para todas as pessoas – milhões delas.

– Monitoramento de colaboradores e candidatos a vagas

O monitoramento em mídias sociais é uma das mais valiosas ferramentas de pesquisa de mercado e inteligência de negócios. Monitorar colaboradores e candidatos, tanto quanto o público-alvo e concorrentes, já uma prática comum em empresas, tanto grandes quanto pequenas, e é uma estratégia bastante saudável. Apesar de um dos primeiros perfis que são monitorados ser o do LinkedIn (que tem foco no profissional), as empresas estendem a sua pesquisa para outras redes de forma geral. Faça um teste e digite o seu email no site SPOKEO.com e veja o resultado — os seus rastros digitais são transformados em um dossiê que revela muito sobre você. Isso é apenas um exemplo de ferramenta que pode ser usada gratuitamente para pesquisar pessoas na internet, não apenas nas mídias sociais, mas no ambiente digital como um todo. Existem inúmeras outras ferramentas como essa disponíveis online.

Dessa forma, o profissional deve pensar muito antes de postar qualquer coisa online — cada busca no Google, clique em anúncios, uma chamada no Skype, doações, comentários, etc. — são fragmentos pessoais que contribuem para o seu dossiê digital que constrói a sua imagem – pessoal e profissional – que pode atuar tanto a seu favor como contra você.

– O que um perfil em rede social representa

Um perfil online representa a pessoa no ambiente digital. Não é uma segunda vida, e sim uma continuação da sua vida offline — é parte integrante e cada vez mais importante dela. A sua vida digital é também a sua vida real, não existe separação, existe continuação. No entanto, da mesma forma que na sua vida offline você separa os âmbitos privado e público, você deve fazer o mesmo no ambiente digital. O problema é que muita gente ainda não entendeu que o ambiente digital normalmente é público e que é necessário um esforço ainda maior que nos ambientes offline para fazer essa separação entre informações de perfis públicos e privados. No entanto, essa separação é fundamental para a construção de imagem. Você é tão bom quanto o conteúdo que produz – tanto online quanto offline.

– O bom e mau uso das mídias sociais

As plataformas digitais são apenas plataformas, tecnologias, e toda tecnologia é neutra – não é boa e nem ruim. O que faz uma tecnologia ser boa ou ruim é o uso que fazemos dela. O fogo pode ser usado para te ajudar — aquecer, cozer — ou pode te matar. O mesmo acontece com qualquer tecnologia. Dessa forma, se você usar as plataformas digitais corretamente, você poderá alavancar muitas oportunidades profissionais. Se usar de forma inadequada pode se prejudicar muito.

Já falamos bastante do mau uso, e vamos citar alguns bons usos. Por exemplo, se você é especialista em uma área específica, você pode usar os seus perfis em mídias sociais para se tornar referência nessa área por meio de divulgação de informações e dicas nessa área. As possibilidades de você alcançar um número grande de seguidores ou assinantes e impactar uma grande quantidade de pessoas interessadas no seu assunto são extremamente maiores no ambiente online do que offline. Outro exemplo de como extrair benefícios é ter e manter um perfil atualizado e bem construído no LinkedIn. Hoje, como mencionei anteriormente, esse é o primeiro local onde as empresas pesquisam. Além disso, é onde as pessoas procuram parceiros profissionais e contatos para negócios, representando uma grande oportunidade. Vídeos e apresentações interessantes que você possa publicar online sobre a sua área de expertise e que ajudem as pessoas em suas vidas também são ótimas oportunidades para montar negócios ou ampliar a sua atuação profissional – veja o caso da Khan Academy (http://www.khanacademy.org/), que se iniciou como um projeto pessoal e já recebeu doações espontâneas de 1 milhão de dólares de Bill Gates e 2 milhões de dólares do Google. No ambiente digital, as boas ideias e ações conseguem visibilidade e apoio de forma muito mais rápida e espontânea.

– Algumas dicas importantes para os profissionais que têm perfis em redes sociais

• Conheça as plataformas e as características de cada uma delas antes de começar a usar — teste primeiro de forma não pessoal e depois use de forma pensada, dominando não apenas comandos, mas principalmente os conteúdos. Twitter, Facebook, LinkedIn, Youtube, SlideShare, etc., são diferentes e para usar corretamente é necessário publicar conteúdos diferentes e adequados em cada um deles, com objetivos diferentes e ritmos diferentes.

• Não comece a usar tudo de uma vez – inicie por uma plataforma, ganhe expertise nela e aí vá conquistando as outras de forma planejada.

• Não faça ou fale nas plataformas online o que você não faria ou falaria na rua (local pública), a menos que você use perfis privados, que funcionam como a sua casa.

• Antes de postar qualquer coisa, pense duas vezes e pergunte a si mesmo o motivo e o benefício que aquela informação poderá trazer. É interessante também checar se o que você vai postar passa pelos três crivos da peneira de Sócrates: verdade, bondade e utilidade. Se uma informação não for verdadeira, boa e útil, pergunte-se o motivo e o benefício que ela trará ao ser divulgada e, então, decida se deve ou não divulgar.

• Jamais seja anti-ético! No artigo “Quem com #FAIL fere, com #FAIL poderá ser ferido” , são abordadas mais a fundo as questões da ética e o quanto cada post que você faz fala muito sobre você.

Por que as empresas fecham?

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As pequenas e médias empresas têm inúmeras dificuldades para se estabelecer nos seus primeiros anos de vida. Sofrem por não conhecer direito o setor, por não saber lidar com clientes ou por não dominar aspectos financeiros básicos para gerir seu caixa. Eu e um grupo de pesquisadores do Insper e do Sebrae São Paulo estudamos quase 2 mil empresas abertas e registradas na Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp) entre os anos de 1999 e 2003, em busca de evidências dos principais motivos que justificam a alta mortalidade das empresas nascentes – e as características comuns das empresas que sobrevivem a este período mais crítico. A seguir, as principais conclusões do estudo.

 

Um dos fatores que levam à sobrevivência da empresa é o seu tamanho. Quanto maior o tamanho da empresa, menor a probabilidade de fechamento. As empresas maiores estruturam melhor práticas gerenciais. Elas também gozam de maior facilidade para obtenção de linhas de crédito e têm mais flexibilidade para suportar incertezas do ambiente externo.

 

Empresas que se relacionam com governos têm menor probabilidade de fechar. Uma possível explicação para esse resultado é que, para satisfazer uma série de requisitos legais associados a licitações públicas, a empresa precisa ter uma maior capacidade de organização – o que se reflete na sua habilidade de sobreviver. Além disso, ao ganhar uma licitação, a empresa passa a contar com um fluxo certo de vendas durante o período de contrato. Reduz-se assim a incerteza e a volatilidade das vendas.

 

O estudo não demonstrou diferenças significativas no fato de o empreendedor ser movido pela necessidade ou pela oportunidade. O setor a que pertence o negócio (indústria, comércio, serviços) e a idade do empreendedor também não apresentaram efeitos significativos na probabilidade de fechamento.

 

A existência de grandes empresas concorrentes no mercado do empreendedor aparentemente reduz, em vez de aumentar, o risco de fechamento. É possível que as pequenas empresas que tenham grandes concorrentes sejam obrigadas a adotar práticas de gestão mais eficazes ou que elas aproveitem brechas no mercado que não são atendidas ou são ignoradas por companhias maiores. Essa explicação ficou demonstrada com a constatação de um relacionamento positivo entre concorrentes. Eles trocam informações entre si e recebem indicações feitas pelas grandes empresas.

 

A probabilidade de um empreendedor que possui pelo menos o segundo grau encerrar as atividades é significativamente menor do que aquele que possui até o primeiro grau de escolaridade. No entanto, parece não haver grande diferença na chance de fechamento do negócio de um empreendedor que possui o nível superior ou apenas o segundo grau. Apesar de parecer uma contradição ao senso comum, isso é justificado pelo fato de que o estudo contemplou o escopo de sobrevivência de pequenas empresas e não, necessariamente, o seu sucesso. É possível imaginar que, para ser bem-sucedida, a empresa precise crescer, e, para isso, uma formação superior seja necessária.

 

A probabilidade de fechamento de uma empresa cujo proprietário gastou até cinco meses planejando o negócio é maior do que daquele que gastou um ano ou mais nesse planejamento. Esse resultado indica que, mesmo que o empreendedor não tenha experiência no ramo, ele pode compensá-la capacitando-se antes de abrir o negócio, buscando informações e novos conhecimentos que podem ser úteis na antecipação de problemas e na inclusão no mercado. Outra constatação interessante, por contradizer o senso comum, é que mais anos de planejamento não aumentam as chances de sobrevivência do negócio. Podemos justificar isso com a revelação de que planejamento é necessário, mas planejamento demais pode ‘engessar’ o negócio e deixá-lo refratário às mudanças ambientais necessárias que se apresentem.

 

O fato de alguém na família possuir uma atividade relacionada com o negócio do empreendedor ajuda a diminuir a chance de fechamento da empresa. Isso demonstra a importância de relações sociais no âmbito da família como constituintes do capital social do empreendedor. Por meio dessas relações, o empreendedor pode acessar informações ou se beneficiar da experiência prévia de familiares.

 

Por outro lado, o estudo verificou que o uso de contatos pessoais não faz diferença na probabilidade de sobrevivência das empresas pesquisadas. Aparentemente, o capital social do empreendedor é mais útil no momento em que ele constrói sua ideia de negócio e se mostra importante na hora de implementá-lo. Uma vez estabelecido, porém, o negócio recebe influência cada vez menor desta rede social do empreendedor.

 

Do conjunto de práticas gerenciais adotadas pelos empreendedores, o aproveitamento de oportunidades, a antecipação de acontecimentos, a preparação para enfrentar os problemas antes que eles aconteçam, a busca intensa por informações que auxiliem na tomada de decisões e o cumprimento persistente dos objetivos demonstraram ser significativamente relevantes nas chances de sobrevivência, sobretudo a capacidade de se adequar ao mercado rapidamente.

 

Com isso, concluímos que não existe um fator que, sozinho, explique por que as empresas fecham com poucos anos de vida. Também é importante notar que esse estudo se refere a aspectos relacionados com sobrevivência e mortalidade de empresas nascentes e não ao crescimento e sucesso dos negócios. O fato de uma empresa apresentar as características que demonstraram ser importantes para sua sobrevivência não garante que ela seja bem-sucedida no futuro, muito embora, nos dias atuais, sobreviver já seja sinônimo de sucesso para algumas empresas.

O artigo completo e original do estudo foi publicado na última edição da Revista de Administração da USP, que pode ser acessado neste link:
http://www.rausp.usp.br/download.asp?file=v4504343.pdf

Paixão por vender

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Entendemos paixão por um estado emocional caracterizado pelo desejo e motivação intensos. Quando temos paixão por vender estamos contagiados pelo prazer de efetivar negócios, e isso é muito mais significativo do que podemos imaginar. Não se trata de uma questão meramente material ou financeira, pelo contrário, trata-se de uma maneira de nos relacionarmos com as pessoas e nos autossuperar, as demais conquistas são consequências.

 

Ao observar grandes profissionais em vendas, percebemos que eles possuem algumas características em comum:

• Amor pela vida;
• Comunicação eficaz;
• Habilidade em estabelecer relacionamentos duradouros de qualidade;
• Prazer em ajudar pessoas a fazerem as melhores escolhas;
• Capacidade de se sobressair em ambientes altamente competitivos;
• Desejo intenso e contínuo de aprender mais sobre as pessoas e os negócios;
• Amplo conhecimento dos produtos, serviços, clientes, mercado e concorrência;
• Garra e determinação para superar barreiras e obstáculos;
• Comprometimento com o atingimento de metas ousadas;
• Interesse pelo universo do Marketing
• Prazer em vencer desafios;
• Competência em escutar atentamente as pessoas;
• Disciplina;
• Excelente planejamento e execução;
• Capacidade de se reinventar e inovar as maneiras de vender;

• Orgulho em trabalhar em vendas.

 

Interessante observar que cada uma destas características torna o indivíduo uma pessoa muito melhor, ou seja, melhorar em vendas equivale a melhorar como pessoa, porque as competências de um grande vendedor desenvolvem algumas das melhores características dos seres humanos!  Todos sabemos que pessoas envolvidas com a área comercial jamais a trocariam por nenhuma outra atividade: é apaixonante nos relacionarmos com as pessoas, participando de suas histórias de vida, crescimento humano e profissional.

 

Na era em que vivemos, onde os clientes possuem tanta informação, são abordados por inúmeros concorrentes e pelos mais variados canais de venda, nosso grande diferencial consiste em aprendermos efetivamente a FAZER A DIFERENÇA. Não se trata de um mero jogo de palavras, mas de uma postura muito especial diante da vida e da profissão!

 

A maioria dos profissionais de venda ainda interage com clientes pensando no que vão conseguir deles (pedidos, comissão, etc.). Cabe a nós interagir como quem traz contribuições para a vida e prosperidade deles. Somos responsáveis pelo estado de espírito, emoções, informações e soluções que encaminhamos até eles, somos responsáveis pela maneira especial como fazemos isso.  Outras pessoas podem fazer o que fazemos, mas ninguém poderá fazê-lo COMO fazemos. Nosso “COMO” deve ser especial!

 

Antes de cada interação com um cliente é fundamental refletir:

• O que tenho de especial para oferecer a ele?
• De que maneira devo oferecer?
• Como posso tornar esta oferta especial?
• Que contribuição darei a ele além das advindas do negócio?
• Como eu me torno parte da história deste cliente?

• Ele se lembrará de mim? Como?

 

Estas breves reflexões nos ajudam a vender melhor e a oferecer sempre excelentes contribuições para nossos clientes. As pessoas esquecem de tudo o que é comum e cotidiano, mas se lembram eternamente do que é diferente, inovador e significativo.  Jamais nos esquecemos das pessoas que nos ajudaram a crescer. Por que alguém esqueceria de nós se fizermos o mesmo?  Cada uma das nossas interações com clientes possui o potencial de ser memorável, cabe a nós concretizar este potencial. Saberemos que conseguimos se deixarmos saudades…

 

A saudade é a melhor análise de desempenho para profissionais que trabalham com pessoas! Ela mede a qualidade do relacionamento e os benefícios que ele proporciona.  Grandes vendedores são seres humanos especiais, que contagiam e se dedicam a oferecer sempre o seu melhor. Nada supera o prazer de saber que somos esperados e bem vindos.

 

Paixão por vender é paixão pela vida e pelos desafios que a tornam tão especial e digna de saudades…

Ah!, agora me permitam atender a mais um cliente, afinal, o mundo gira quando efetivamos uma nova venda…

Um grande abraço e até a próxima! Muito sucesso, sempre!

Empregado ou empresário?

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Até pouco tempo atrás jovens em idade de escolher carreira só viam pela frente duas perspectivas: Fazer faculdade e fazer carreira executiva ou técnica em uma grande empresa ou se tornar um profissional autônomo, como médico ou advogado. Abrir um negócio próprio não era uma opção para quem escolhia prosseguir os estudos na universidade. Famílias tinham preconceito contra empreendedores porque estes escolhiam o caminho mais ‘fácil’, afinal, ter um negócio próprio não exige qualificação e todos os negócios eram de pequeno porte e de subsistência.

 

Esta visão felizmente mudou de alguns anos para cá. Histórias de empreendedores bem sucedidos, que criaram negócios inovadores e atingiram rapidamente o sucesso financeiro começaram a se disseminar com facilidade e ajudaram a desmistificar a idéia do negócio de subsistência. No final dos anos 90, com a onda das empresas de internet, a chama do empreendedorismo acendeu de vez entre os jovens que pensavam em seus rumos de carreira, gerando uma dúvida saudável sobre suas opções de futuro.

 

Ser dono do próprio nariz! Não precisar dar satisfação a ninguém sobre seus atos. Ter a liberdade de trabalhar quando quiser e fazer seu próprio horário. Comandar, ao invés de ser comandado. Poder criar, inventar, experimentar, aprender, até mesmo errar e aprender com os próprios erros, algo impensável na situação de empregado. A satisfação de superar os desafios, de construir algo para si, para a vida e para as futuras gerações. O status de ser empresário, o prazer de trabalhar em algo que gosta, além de, é claro, os ganhos financeiros cujo céu é o limite! São tantos benefícios em ser empreendedor que não dá para entender porque as pessoas ainda querem ser empregados, não é?

 

Bem, na verdade o céu dos empreendedores não é tão azul e brilhante assim. Todos os dias vemos novos negócios pipocando pela cidade. Todos os dias vemos empresas fechando na cidade. Esta é a dura realidade. Para cada 100 novas empresas abertas, 56 não chegam a completar sequer 4 anos de vida, segundo estudo do Sebrae. Esta alta taxa de mortalidade se deve a vários fatores, mas um dos principais é a má preparação dos empreendedores. A maioria tem até boas idéias, mas não sabe estruturá-las na forma de um plano abrangente, real e eficaz. Muitos são excelentes planejadores, mas não conseguem colocar seus planos em ação, ficam fazendo planos, levantando dados, buscando melhorar ainda mais seu plano e adiam o primeiro passo indefinidamente. Há ainda os que têm tudo para conduzir um bom negócio, mas carecem dos recursos financeiros para tal empreitada.

 

Somente quem se aventura a iniciar um negócio próprio tem idéia das dificuldades que surgem no caminho. Problemas com empregados, problemas com sócios, problemas de decisões de investimento com base em poucas informações ou informações não confiáveis, problemas com fornecedores, problemas com o mercado que não atende suas expectativas, problemas financeiros, etc. Isso sem contar que aquela tão propalada imagem de fazer o próprio horário e trabalhar apenas quando quiser está longe da realidade da maioria dos empreendedores. A prática mostra que empreendedores acabam se dedicando até mais do que quando eram empregados. Eu já tive a satisfação de conhecer alguns destes pequenos empresários e ouvir seus testemunhos sobre estes e outros problemas. Posso assegurar que eles representam uma categoria de profissionais que podem ser considerados verdadeiros ‘heróis’ por suas conquistas e determinação.

 

Então, você chegou à conclusão que não tem vocação para herói, não é? A alternativa de ser empregado até que não é ruim, você tem um salário que cai na sua conta todo mês, perspectivas de carreira que o permitem sonhar com cargos executivos, vários benefícios, sendo alguns assegurados pela legislação trabalhista e, dependendo do empregador, alguns específicos bastante interessantes como assistência médica, previdência privada, creche, restaurante, vale-transporte, convênios, entre outros. Além disto, você recebe toda a estrutura que precisa, desde móveis e espaço físico até computador e celular. Isso sem falar nas possibilidades de receber parte dos lucros da empresa e na segurança que representa um emprego.

 

Eu disse ‘Segurança no emprego’? Ora, mas onde estou com a cabeça! Será que alguém ainda acredita que existe ‘segurança no emprego’? Ou será que a situação econômica na qual o país e o mundo se encontra e as ameaças que não tem nada a ver com a empresa que nos emprega? Não, não dá para pensar que ainda existe segurança no emprego nos dias turbulentos de hoje. Eu também falei em perspectivas de carreira? Não vamos nos iludir, grandes empresas se tornam cada vez maiores, aumentando a competição para chegar ao topo. Salvo organizações em mercados francamente em desenvolvimento, nas demais, este caminho rumo ao topo é lento e cheio de obstáculos. Garantia de salário também pode ser outra armadilha, pois ele continua sendo fixo. As perspectivas de remuneração, na grande maioria das empresas, não é muito grande, pois caminham sempre em faixas ou bandas compatíveis com promoções para cargos maiores. Além de tudo, trabalhar sob o jugo de um chefe, não ter autonomia para tomar decisões ou fazer coisas diferentes e estar amarrado a uma descrição de cargo são fatores relevantes para quem tem necessidade de liberdade.

 

E então, qual é a resposta correta? É melhor ser empresário ou empregado? Ser dono de um negócio ou perseguir uma carreira executiva? Acho que podemos chegar à conclusão que ambas as alternativas têm pontos positivos e negativos. A questão é até que ponto os pontos positivos e negativos estão alinhados com seu perfil pessoal. Até que ponto estes aspectos representam alguma aderência com seus próprios princípios, valores e crenças. Quando se é jovem, este tipo de análise não é fácil, as coisas não são tão claras e a dúvida é sempre difícil de resolver.

 

Felizmente esta decisão não precisa ser tomada no momento de escolher a profissão. E a escolha da profissão pode ser feita com os mesmos critérios que sempre foram tomados: em termos de vocação profissional. A carreira, por outro lado, pode ser escolhida depois, mesmo depois de formado e até já empregado em alguma empresa. Com alguma maturidade e experiência fica mais fácil fazer a análise dos prós e contras entre as duas opções de carreira. Depois de alguns anos atuando na profissão também é possível mapear melhor o perfil empreendedor para saber se este caminho é o mais recomendável.  Ou seja, ser empreendedor pode ser uma decisão tardia e eu diria mais, é mais fácil começar como empregado e depois mudar para empresário do que começar empresário e depois tentar entrar no mercado de trabalho. Embora a sociedade já veja o empreendedor com olhos menos preconceituosos, os departamentos de recrutamento e seleção das empresas ainda não estão acostumados a encarar um currículo de um empreendedor de forma positiva. Ainda!

Sucessão Familiar: “Pai rico, filho pobre, neto ….”

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A questão de sucessão é um processo decisivo nos empreendimentos familiares, pois é uma etapa onde as mesmas deverão alcançar o sucesso e a permanência do negócio num cenário cada vez mais globalizado e competitivo, sendo, sem dúvida, um diferencial entre as organizações que fracassam e as que prosperam. É nessa perspectiva que exige desse modelo de negócio um elevado grau de profissionalização e capacitação dos administradores, os quais são responsáveis por decisões imediatas que podem influenciar nos resultados de suas empresas. A necessidade de capacitação profissional desses administradores pode ser um problema ainda maior em empresas familiares, pois estas geralmente enfrentam dificuldades no processo sucessório, especialmente na construção de um plano estratégico e na diferenciação entre o papel dos herdeiros e o dos sucessores.

Planejar o processo sucessório é uma das decisões que mais geram conflitos na gestão familiar, pois envolvem aspectos como a escolha de um membro familiar com perfil capaz de sustentar a empresa e garantir sobrevivência do negócio através de uma visão empreendedora alinhada as exigências de mercado.

Geração Y e Z
Será que os jovens da geração Y (18 a 29 anos) terão o prazer e paciência de gerir empresas com modelos conservadores, ausentes de tecnologia e com identidades ultrapassadas? E os mais novos, a geração Z (6 a 17 anos), nascidos na era digital que são impacientes, comem e dormem abraçados com celulares ultramodernos com acesso a redes sociais?
É sabido também que pode existir a possibilidade da próxima geração não estar interessada ou devidamente preparada para assumir o comando dos negócios, é preciso definir claramente qual o perfil de liderança que será necessário para o futuro da organização e não deixar que questões pessoais interfiram na atuação profissional dos membros da família comprometendo a perenidade da empresa.

Penso que o provérbio, tão comumente conhecido entre nós, “Pai rico, filho nobre, neto pobre” está com os seus dias contados. Muitos gestores de empresas familiares não enxergaram ainda que os filhos não estão entendendo a empresa como um negócio. Os “filhotes” são inseridos em cargos estratégicos agindo quase sempre de forma arrogante, desrespeitando outros colaboradores e aniquilando a empresa.

De acordo com Drucker (2001),  Se familiares medíocres ou preguiçosos forem mantidos na folha de pagamento, o respeito que toda a força de trabalho tem pela alta administração e pela empresa como um todo é corroído rapidamente. As pessoas competentes que não fazem parte da família não vão ficar. E os que ficam logo se transformam em cortejadores e bajuladores (DRUCKER, 2001, p. 151).

A Desordem da Sucessão
O processo sucessório é tratado como um momento desordenado, sendo tarefa complexa preparar as células de uma família para assumir uma postura profissional, uma vez que é comum que requisitos profissionais e pessoais entrem em conflitos, provocando choques e interferências nas relações familiares e empresarias. Neste sentido Rosário (2010) salienta que a gestão familiar provoca inúmeras vertentes de discussões, onde a mesma tem uma forma organizacional condizente a críticas, porém há grande relevância na sua sobrevivência, principalmente devido aos resultados que são proporcionados na economia do país.

De acordo com Oliveira (2010) No Brasil, existem dados que afirmam que a vida média das empresas não familiares é de 12 anos e a das empresas familiares é de 9 anos; apenas 30% das empresas familiares passam para o comando da segunda geração e, pior ainda, apenas 5% passam para a terceira (OLIVEIRA, 2010 p. 4).

O crescimento das empresas familiares estão amparados por valores tradicionais e focados em interesses de sobrevivência familiar. Atrelado a este cenário de atividades tradicionais está às exigências de mercado e as mudanças constantes nos modelos de gestão das empresas, uma vez que todas buscam vantagem competitiva. É perceptível que garantir a permanência no mercado ou mesmo crescer, nos dias atuais, vem tornando-se uma tarefa cada vez mais árdua.

Plano Estratégico Sucessório

O plano sucessório das empresas familiares deverá representar para essas organizações uma tomada de decisão coerente já que sua sobrevivência repousa, em grande parte, no êxito desse processo. Diante de todas essas considerações, deparamo-nos com a seguinte questão: como as empresas familiares estão agindo diante da complexidade do processo sucessório?  A perenidade das empresas familiares não envolvem apenas aspectos econômicos e financeiros, mas situações delicadas e no âmbito subjetivo e afetivo.

Sobre o cenário de sucessão Bernhoft (1989, p. 23) afirma que o processo sucessório na empresa familiar é assunto relevante e ao mesmo tempo delicado. Não pode ser tratado apenas sob aspectos puramente lógicos da administração, pois envolve pontos efetivos e emocionais, relacionados com a própria estrutura familiar. Existem seis pontos focais fundamentais que devem ser encarados para que esse processo não comprometa a sobrevivência da empresa. São eles: o sucedido, o sucessor, a organização, a família, o mercado e a comunidade.

Portanto, considerando o artigo de grande relevância para o administrador contemporâneo analisar a perspectiva das empresas familiares no tocante ao processo de transição para seus sucessores, avaliando a organização de forma a diagnosticar o estágio em que se encontra o processo sucessório e quais ações estratégias estão sendo adotadas através de uma visão de curto, médio e longo prazo.

O ciclo de vida da empresa familiar está vinculado diretamente ao processo sucessório, portanto, deve haver um profissionalismo da sucessão empresarial onde o sucessor deve possuir características empreendedoras necessárias e conhecimento da empresa que passará a administrar. Os sonhos dos filhos não estão alinhados ao dos pais. Então, obrigar os filhos ou parentes assumirem a empresa pode representar uma evaporação dos negócios em curto e médio prazo.   Sucessão Familiar é inovação, reengenharia e profissionalização.

BERNHOEFT, Renato. Empresa familiar: sucessão profissionalizada ou sobrevivência comprometida. 2. Ed. São Paulo: Nobel, 1989.
DRUCKER, Peter F. O melhor de Peter Drucker: a administração. São Paulo: Nobel, 2001.
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Empresa familiar: como fortalecer o empreendimento e otimizar o processo sucessório. 2. Ed. São Paulo: Atlas, 2010.
ROSÁRIO, Itamiris Andrade. DESAFIOS DA GESTÃO FAMILIAR: um olhar teórico sobre as influências dos valores familiares no processo decisório das MPEs. 2010. Monografia – Faculdade de Ciências Humanas e Sociais – AGES, Paripiranga/BA.

Agregando valor através dos serviços

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Um negócio lucrativo surge através de clientes fidelizados, consumidores encantados por seus produtos e serviços que retornam e trazem amigos com eles!  Por isso, nas questões cotidianas de marketing, não podemos nos esquecer da importância de agregar valor aos nossos produtos associando-os a um serviço de extrema qualidade e adequação.  Atender às expectativas dos clientes através de um serviço apropriado, eficiente e cativante representa importantíssimo diferencial competitivo capaz de incrementar a lucratividade das relações comerciais.

 

Mesmo que um produto seja líder de mercado, não pode e não deve estar desamparado de uma excelente estratégia de serviços associados. Esta estratégia incrementa a fidelização de clientes, pois permite que você interaja com eles um maior número de vezes, oferecendo suporte, soluções adicionais e validando aspectos fundamentais da sua proposta de valor. Este processo estreita o vínculo e incrementa a relação de confiança entre o cliente e sua empresa. Acredite, a maioria dos clientes sentem-se abandonados após a compra.

 

Porém não creia que apenas uma ligação de pós venda para mensuração da satisfação com a compra seja suficiente: clientes possuem expectativas bem superiores a estas “mesmices”.  Mantenha aberto um canal de comunicação, evidencie de maneira clara o que você pode fazer por eles, estabeleça proximidade e disposição evidentes em participar continuamente do processo de ajudá-los a realizar seus objetivos!

 

Alguns pontos fundamentais a oferecer a seus clientes:

• Contato fácil e acessível aos horários de conveniência dos clientes;
• Respostas ágeis;
• Diferentes níveis de serviços e suporte apropriados aos diferentes tipos de clientes;
• Retorno no tempo combinado;
• Múltiplas opções de solução para casos controversos que implicariam a perda do cliente;
• Canal ativo e receptivo para serviços;
• Acompanhamento até a solução efetiva do problema, etc.

 

Três erros muito comuns que você deve evitar:

1. Oferecer apenas serviços básicos – aquilo que é frequentemente oferecido por seus concorrentes não o diferenciará, busque cuidar dos aspectos que a concorrência não atende.

 

2. Falta de investimento na estrutura dos serviços – uma boa estratégia de serviços requer investimento de tempo (dedicação) e recursos. Lembre-se que não investir em serviços pode prejudicar para sempre seu relacionamento com seus clientes. Não confunda custo com investimento!

 

3. Perder a oportunidade de prestar um excelente serviço – clientes demandam por vários tipos de diferentes de serviços durante o tempo que possuem determinado produto (consultoria, instalação, manutenção, upgrade, suplementos, reparos, adequações e modificações, etc.). Há inúmeras oportunidades de serviços “after sales”, muitas delas mais lucrativas que o próprio produto em si. Não desperdice estas oportunidades. Manter o cliente comprando é muito, mas muito mais importante do que apenas vender a ele. Cada oportunidade de relacionamento com o cliente constitui um importantíssimo momento da verdade, que pode e deve ser usado para incrementar sua satisfação e percepção de valor sobre nossa marca, produtos e serviços.

 

Utilize a estratégia de serviços a serviço do Marketing. Seus clientes agradecerão. Seus lucros também!

A Maçã do Marketing

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Nos Estados Unidos existe a expressão “the apple of my eyes”, que é algo equivalente à expressão “a menina dos olhos” em português. Ambas se referem àquilo que é preferido, ou mais importante. Esta “maçã”, em negócios, é o marketing!

 

Atividades como a análise do mercado e seus players, pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e serviços, estratégias de comunicação, precificação, distribuição e venda, entre outras ações coordenadas pelo marketing são de fundamental importância para o sucesso dos negócios.

 

Da perspectiva do marketing podemos entender as razões do sucesso de algumas das empresas mais admiradas do mundo. Já que citamos maçãs, vejamos algumas reflexões sobre a Apple.

 

Quando do lançamento do ipad, várias críticas na imprensa ironizavam que se tratava de um “iphone que não fazia ligações e tomou esteróides”, como se fosse um mero brinquedinho a mais…

 

Acontece que Steve Jobs e a Apple são mestres em entender as tendências e oferecer a seus clientes mais do que eles esperam e ao mesmo tempo estimular o desejo dos clientes por mais.

 

Em um período onde o Kindle e outros leitores de e-books já haviam sido lançados, a Apple mais uma vez cria e redefine uma categoria com o lançamento do ipad, que, muito mais que uma nova opção de e-reader, é uma central convergente de entretenimento e produtividade on the road.

 

Percebendo que os netbooks não eram bons em nada, a Apple redefine o conceito de tablet de acordo com um perfil muito bem estudado de seus clientes e prospects. Ao lançar o ipad, a empresa dinamizou e acelerou em anos o crescimento do mercado de e-books e aplicativos em mais uma genial sacada de marketing.

 

Claro que, quando você usa o ipad, começa a desejar que ele tivesse mais flexibilidade, compatibilidade, assim como quem usava o iphone, em seu lançamento, também desejava que as funções copy, paste e gravações de vídeo estivessem disponíveis.

 

É óbvio que a Apple não se esqueceu de nenhuma delas. Estas funções estão sempre programadas dentro da estratégia de obsolescência programada e upgrades de software que mantém os usuários ávidos pelas novidades. A empresa é expert em inovação e referência nesta estratégia mercadológica. Agora mesmo, quando vários mercados, inclusive o brasileiro, consumiram massivamente o ipad, chega o ipad 2, com duas câmeras e uma série de novos apelos “nice to have”…

 

Importante observar que mesmo não sendo a pioneira nos tablets e e-readers, a Apple, com sua consistente postura de marketing, cativou muito mais clientes (inclusive os que não eram mac-maníacos) que suas concorrentes. A concorrência, então, é “obrigada” a fazer maiores esforços de marketing sobre seus produtos. A questão é que agora o mercado já está dominado pelos ipads.

 

Pode parecer que o negócio da Apple seja tecnologia, mas na verdade é MARKETING! A empresa administra muito bem a marca em seus aspectos objetivos e subjetivos, em suas particularidades tangíveis e intangíveis, e sempre soube explorar bem a figura de seu fundador em sintonia com os anseios de seus clientes. A Apple sabe fazer com excelência com que seus clientes se apaixonem pela marca e tenham atitudes constantes de legítimos defensores e multiplicadores.

 

Certamente você já viu o adesivo da maçãzinha orgulhosamente exibido nos carros de seus apaixonados proprietários. Mas reflita comigo, você já viu algum carro por aí com adesivos “Eu amo meu celular X”, ou “Eu amo meu computador Y”?  A empresa é a maçã do marketing. Usar produtos da Apple é, para seus clientes, a manifestação de um estilo de vida, assim como é a Harley Davidson para os motociclistas, outro exemplo de excelente gestão de marketing.

 

O orgulho de ser cliente e usuário de uma marca com alto índice de identificação gera um comportamento de defesa da marca e multiplicação maior que qualquer outra estratégia de comunicação.

 

Vale lembrar que muitos criticam esta prática de obsolescência planejada rápida e com algumas restrições impostas aos seus usuários em função de suas parcerias e interesses estratégicos. Mas surpreende a maneira como a empresa tem gerenciado estas questões sem permitir que a marca sofra graves arranhões. Trata-se de um case de marketing realmente digno de admiração e acompanhamento, simpatizemos ou não com o estilo da estratégia.

 

Em marketing, os desafios são crescentes. Liderar um segmento é, sem dúvida, o maior desafio e a situação onde há maiores pressões e riscos envolvidos.  Se Newton teve o insight das leis da gravitação observando a queda de uma maçã, podemos obter vários insights interessantes sobre marketing observando a ascensão contínua da Apple!

 

Continuemos observando como a empresa enfrentará seus desafios crescentes, como dará continuidade a sua estratégia de criar e redefinir categorias e como administrará uma possível e lamentável falta de Steve Jobs, ícone e sinônimo da marca.  Grandes desafios requerem grandes profissionais!

Empreendedores e advogados, uma relação difícil

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Hoje é o dia em que iria realizar um grande evento para divulgar minha empresa e meus produtos. Ia ser lindo, uma palestra com um professor de uma escola renomada, um coffee break caprichado, uma sessão de debates sobre o assunto que minha empresa é especialista e depois a abertura oficial de uma grande campanha promocional dos meus produtos. Uma equipe de 30 representantes comerciais estaria a postos para atender toda a demanda que viria logo depois do evento. Todos os nossos parceiros estariam presentes. Acho que receberíamos umas 180 pessoas. Depois, iríamos colocar o evento na internet , no nosso site, para que mais pessoas possam ver a seriedade com que tratamos o assunto. Ia ser demais, íamos efetivamente nos posicionar de forma definitiva no mercado.

 

Porque eu não realizei este evento? Por causa do meu advogado. Até agora me arrependo de tê-lo consultado sobre o evento. Na verdade, eu apenas gostaria da visão dele sobre o contrato que eu estava fechando com o palestrante. No meio da conversa, ele viu que havia uma cláusula de cessão de direitos de imagem e me perguntou o porquê daquilo. Eu expliquei que era para divulgar no Youtube depois. Aí ele perguntou se eu também estava pedindo autorização de uso de imagem para as pessoas que viriam ao evento. ‘Os convidados?’ perguntei. Diante da confirmação, eu falei que era uma bobagem sem sentido, como eu iria pedir para 180 pessoas assinarem um termo de direito de uso de imagem? Parecia ridículo e eu nunca vi isso em nenhum evento que participei. Afinal, quem vai aparecer seria o palestrante. O conteúdo é dele e é ele quem tem que autorizar que sua fala seja vista por mais pessoas.

 

Meu advogado insistiu. Disse que eu teria que me assegurar que ninguém a audiência aparecesse no vídeo, apenas o palestrante. ‘Isso é ridículo!’, retruquei novamente. Para isso eu não preciso do evento, basta contratá-lo, gravar a palestra só com ele e publicar o vídeo. O interessante aqui é justamente mostrar a dimensão do evento, mostrar o auditório cheio, todos envolvidos na apresentação. Se não filmar as pessoas, perde o sentido. Meu advogado me alertou então dos riscos que eu correria de qualquer pessoa na audiência, ao se ver no vídeo na internet, entrar com uma ação de uso indevido de imagem e nos processar por isso.

 

Fiquei atônito. ‘Como assim? Porque alguém faria isso? Se aparecer alguma imagem desta pessoa, vai ser só de relance. Ninguém está lá fazendo qualquer coisa errada, é um evento profissional, só com executivos em uma situação de trabalho. Do que você está falando?’ Ele reafirmou que o risco sempre existe e que o mais recomendável seria obter esta autorização de todos os presentes. Seguiu-se então um bate-boca no qual ele citou exemplos de processos movidos por pessoas filmadas na rua, que se sentiram constrangidas pelas imagens e que nunca podemos saber o que as pessoas pensam e por isso temos que nos preparar para tudo. Sobre o fato de que ninguém faz isso, ele foi categórico: “Eles não tinham um bom advogado que os assessorasse e correram riscos desnecessários. Como você sabe se este problema não aconteceu em algum destes eventos que você foi?”

 

Desisti do evento. Fiquei com medo. Mas fiquei pensando também. Para que servem advogados? Para nos implantar este medo? Para que nós tomemos a decisão de assumir o risco que ele identificou e ele lava suas mãos se o risco acontecer em uma postura do tipo ‘eu te avisei’? Até onde vai este compromisso dele com o que realmente faz sentido? Será que, se ele tivesse visão de negócio, se conhecesse melhor o impacto positivo do evento para o negócio, ainda assim olharia só o aspecto legal do risco ou saberia balancear melhor as duas visões e me dar conselhos mais efetivos? Este meu advogado se gaba de ser um dos melhores, conhece todas as leis, mantém-se sempre informado sobre tudo na sua área, possui vários cursos de especialização e é autor de vários livros sobre legislação. Se ele faz uma recomendação sob as bases legais, quem sou eu para contrariá-lo? Só que agora fico imaginando se é preferível ter o melhor advogado do Brasil ou ter o melhor advogado para o meu negócio. Enquanto não me resolvo, continuo tremendo toda vez que tenho que consultá-lo.

 

Pequenos grandes negócios

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Com certeza você, dono de um pequeno negócio, já deve ter ouvido em diversas situações que o futuro que todo pequeno negócio deve almejar é o crescimento até se tornar uma grande empresa, certo? O tema foi inclusive explorado pelo Estadão desta semana. Os argumentos são muito fortes para sustentar este objetivo. Empresas grandes possuem um patrimônio que lhes dá sustentabilidade e solidez, seu poder de barganha aumenta, sua capacidade de atrair talentos também, assim como as melhores oportunidades surgem para quem tem grande porte.

 

Bem, e se eu lhe disser que você deveria pensar em ser uma grande empresa ao invés de ser uma empresa grande?  Veja bem, não é a mesma coisa. Uma empresa grande é grande em tamanho, têm milhares de funcionários, várias unidades de negócios, grande cobertura geográfica, faturamento na casa dos bilhões e uma grande visibilidade, principalmente na mídia especializada. Já uma grande empresa, pode ser pequena ou, normalmente, média, em tamanho. Ela na verdade é fabulosa, tem poucos negócios, mas são as referências nos respectivos setores. Seus funcionários, que não passam de algumas centenas ou até dezenas, são grandes talentos e têm orgulho do lugar onde trabalham. A marca não é globalmente conhecida, mas é respeitada e admirada por quem conhece.

 

Bem, esta é a idéia que Bo Burlingham traz com o seu livro ‘Small Giants – Companies that choose to be great instead of big’ (Pequenos gigantes – Empresas que escolheram ser fabulosas ao invés de grandes). Neste livro, Burlingham traz alguns motivos para o empreendedor repensar sua estratégia de se tornar grande:

 

1) Manter-se pequeno dá ao empreendedor a autonomia na tomada de decisões. O empreendedor continua com o negócio sob seu controle, não precisa dividir as decisões com várias pessoas como em uma grande organização. O dono do negócio pode decidir que prefere abrir mão de lucros para poder testar novos mercados em um determinado ano, uma empresa grande não tem esta opção.

 

2) Pequenos grandes negócios possuem uma identidade, uma ‘alma’ que permeia toda a cultura interna e que se perde quando ela cresce demais. Isso é importante porque dá aos funcionários um senso de pertencimento, garante sua individualidade e o faz sentir-se como parte de uma família. Os funcionários são valorizados como pessoas e não como recursos. As pessoas têm contato direto com os sócios da empresa e este contato aumenta o alinhamento deles com a visão dos donos. As relações não são frias e impessoais como nas grandes, mas próximas e calorosas como sempre deveriam ser.

 

3) Na medida em que a empresa cresce, o prazer de empreender vai dando espaço às obrigações por resultados. A burocracia toma o lugar da liberdade. A pressão por cumprir os indicadores substitui a espontaneidade e a autonomia. Os controles e processos passam a ser mais importantes do que a adrenalina de um novo negócio. Cedo ou tarde, o empreendedor descobre que perdeu o que mais preza, sua independência.

 

4) Empresas menores se concentram em fazer pouco mas fazer bem. Seu direcionador para o futuro é a excelência e a qualidade e não o volume e a massificação. Pequenos grandes negócios entendem que todo crescimento tem um custo e as vantagens de ser grande não se sobressaem aos benefícios de ser pequeno. Eles regulam a demanda do mercado através de preços Premium e por isso conseguem investir mais na criação de valor para o cliente ou inovações para o mercado.

 

O importante a salientar aqui é que o crescimento é necessário e importante, afinal, ninguém quer manter seu negócio na linha da sobrevivência. O problema surge quando o empreendedor não estabelece um limite para este crescimento e acha que quanto maior, melhor. Não podemos culpar o empreendedor por esta mentalidade, afinal, mercado, concorrentes, clientes, investidores, sócios, funcionários, parceiros, fornecedores, sociedade, todos exercem forte pressão pelo paradigma do crescimento contínuo. O empreendedor precisa ter a frieza de fazer a auto análise e se perguntar: ‘Ter uma empresa grande vai ser bom para mim? É isso que realmente eu quero?‘

 

Lembre-se, ser pequeno ou médio não é um defeito e nem precisa ser considerado como um estágio intermediário que todas as empresas precisam passar para avançar ao status de grande. Ser grande não é o único caminho. Como bem dizia uma antiga propaganda de uma distribuidora de combustíveis, você não precisa ser o maior para ser o melhor.

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