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Desenvolvendo empreendedores

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A experiência da sala de aula é uma das atividades que mais valorizo no meio acadêmico. O educador goza de uma oportunidade inigualável de compreender como as pessoas evoluem e crescem. Podemos aprender bastante também. Na verdade, às vezes eu acho que mais aprendo do que ensino. Compreender a natureza das pessoas, suas motivações intrínsecas, o processo da descoberta e os desafios constantes que se apresentam na relação inter-pessoal são altamente enriquecedoras.

 

Nos primeiros anos em sala de aula, sempre me preocupei com um processo de transmissão eficaz do conhecimento na área da Administração Geral. Ensinar fundamentos da administração ou as teorias gerais da administração era, para mim, dotar o aluno do conhecimento necessário para ele compreender o papel do administrador nas empresas modernas. Ao assumir a cadeira de empreendedorismo, percebi a diferença entre formar administradores e formar empreendedores. Cada vez que tenho contato com as ideias e atitudes de grandes empreendedores, me convenço mais ainda sobre o diferencial que devemos proporcionar no meio acadêmico para o desenvolvimento de novos empreendedores.

 

O que venho constatando nestes últimos tempos foi que os desafios para se formar administradores se tornaram muito semelhantes aos de se formar empreendedores. Ao vermos que, na prática, os dois perfis estão se aproximando muito na condução das empresas e na economia, percebemos que, mais do que pensar nos conteúdos disciplinares, as escolas devem pensar nas atitudes, comportamentos e competências que estes alunos precisam desenvolver para enfrentar os desafios propostos pelas empresas. A sala de aula não deixa de ser uma organização. É um laboratório onde se pode simular alguns dos ambientes corporativos, é um micro-cosmo onde se pode testar e experimentar técnicas que desenvolvem algumas habilidades específicas. Com o objetivo de contribuir com esta abordagem, quero aproveitar este espaço para compartilhar um pouco da experiência que adquiri ao longo dos últimos anos neste sentido. Mesmo que você não seja professor, mas líder de equipe, estas dicas também podem ser adaptadas para criar condições de aprendizado para sua equipe, afinal de contas, nem sempre contamos com as melhores pessoas, o que significa que precisamos aprender a formar nossos próprios talentos:

 

Aprender a pensar. Primeiro explique. Quando as coisas parecerem ter ficado claras, crie uma situação ambígua, explique e depois desminta com outra versão de outro autor. Deixe as coisas um pouco confusas e faça questionamentos sobre quem está certo. Peça opiniões dos alunos e levante alternativas para explicar a ambigüidade. No final da aula, esclareça tudo, no máximo na aula seguinte. O significado do aprendizado é mais perene quando ele reflete sobre o assunto de forma provocativa.

Saber questionar. Antes de começar uma aula teórica, avise-os que, ao final, sorteará 5 alunos para fazerem perguntas sobre a aula dada. Por isso, até o final da aula, cada aluno terá que já ter formulado alguma pergunta. Dê preferência às perguntas que questionam o que foi dito. Para o professor, o desafio é maior, pois ele precisa saber que hoje em dia ele não detém o poder do conhecimento sozinho e pode até aprender com os alunos. O professor pode e deve, em alguns momentos, se desvestir da aura de sabe-tudo, desde que tenha construído um clima de confiança e respeito que lhe dê segurança para dar esta liberdade.

Trabalhar em grupo. Para ensinar a trabalhar em grupo, não basta dar trabalhos em grupo. É preciso ensiná-los a fazer isso. Desde a distribuição de tarefas, a condução de uma reunião de trabalho, resolução de conflitos, administração do tempo, entre outras técnicas. Normalmente eu gasto uma aula inteira para dar estas dicas antes de passar o primeiro trabalho e os resultados são surpreendentemente melhores.

Processos de avaliação. Não avalie apenas o conhecimento. Eu já tive alunos que foram mal na prova e acabei dando nota por sua capacidade de argüição que me convenceram que ele mereceria passar. Professores que são inflexíveis neste quesito acabam pecando por avaliar apenas um aspecto do aluno que é a absorção do conhecimento. Eu acredito que o empreendedor não precisa apenas conhecer, mas deve provar que, de uma forma ou de outra vai conseguir atingir os objetivos e superar os desafios. Todos os meus alunos sabem que sou como uma águia no dia da prova. Não deixo escapar nada. Mas mesmo assim, incentivo eles a me desafiarem a colar. O risco de colar na minha aula é altíssimo porque o flagrante dá uma nota zero. Mas acabo premiando os que encararam o risco, me enfrentaram e conseguiram colar sem eu perceber.

Formas de expressão. Nem todos os alunos são hábeis na comunicação escrita e por isso vão mal nas provas. Existem alunos que preferem uma chamada oral do que uma prova tradicional. Alguns alunos adoram seminários porque possuem uma fluência natural em público, outros vão mais além e se entusiasmam cada vez que há um trabalho em grupo que explora a dramatização. Comunicação oral, escrita ou corporal. Dê condições para que o aluno use o melhor meio para ele expressar sua compreensão do aprendizado.

Construindo o conhecimento. Em cursos noturnos é comum que uma boa parcela da classe já esteja trabalhando. Muitas das idéias e conceitos trabalhados em classe são aplicados ou aplicáveis nas empresas onde eles trabalham. O significado do conhecimento se dá quando o aluno vê aplicabilidade no que lhe é passado. Para estes casos é conveniente que o professor faça perguntas sobre a empresa dele, crie condições para que o próprio aluno peça exemplos, sugira abordagens ‘e se…’. Discutir casos reais em empresas próximas da realidade do aluno aumenta a sua afinidade com o tema, instigando a curiosidade e facilitando a absorção.

Enxergar diferentes pontos de vista. Pegue um tema como por exemplo, o aborto. Identifique na sala que é favorável ao aborto e quem é contra. Divida a classe de acordo com estas opiniões e coloque cada parte em um lado da classe de frente para a outra. Peça então que eles debatam entre si esta questão com o objetivo de convencer o outro time a aceitar sua visão. O detalhe é que, antes de começar, você muda as regras. O time que defende o aborto deve convencer o outro time que o aborto não é bom. Da mesma forma, o time que não é favorável deve defender o valor contrário. Este exercício, mostra que existem diversos pontos de vista sobre a mesma realidade. Nossa capacidade de relacionamento e criatividade cresce na medida em que desenvolvemos a habilidade de se colocar no lugar do outro e entender a situação sobre o seu ponto de vista.

Valorize as iniciativas. Quando você der um trabalho deixe bem claro que um dos critérios que você vai usar será a capacidade do grupo de te surpreender. Isso vai lhes dar a liberdade de usar a criatividade para buscar formas inusitadas para desenvolver o trabalho. Já tive grupos que escreveram uma música para apresentar o trabalho. Outro grupo fez uma extensa, rica e diversificada pesquisa bibliográfica, outro grupo trouxe especialistas no assunto para dar uma palestra. Teve um grupo que chegou a decorar toda a sala de acordo com tema que ia apresentar. Esta é uma liberdade que sempre vai dar margem para o risco de um ou mais grupos se enveredar por caminhos criativos, mas sem conteúdo, mas não se preocupe, é o preço que se paga para estimular o risco e a inventividade.

Minimize a importância da nota. O maestro Benjamin Zandler me deu esta idéia. No começo das aulas diga a todos: ‘Estão todos aprovados. A nota final de todos é 7. Ninguém vai ser reprovado por faltas. A partir de agora, ninguém mais precisa vir à aula. Eu não quero dar aulas para quem está interessado em notas e faltas apenas. Quero que venham apenas os que querem aprender algo e ser alguém na vida’ O seu sucesso agora será medido pelo número de alunos que consegue manter nas aulas. O melhor é experimentar primeiro em uma turma de pós graduação, a não ser que você acredite que os alunos da graduação já possuem maturidade suficiente para esta proposta. O número de alunos nas minhas aulas diminui um pouco, mas eu sei que quem está lá está disposto a aprender de verdade e as aulas são muito bem aproveitadas. O meu desafio obviamente é muito maior, mas é o tipo de desafio que gosto de assumir.

 

Estas são apenas algumas das coisas que costumo fazer como professor no ensino superior, mas não é só isso, eu gosto de experimentar coisas novas e algumas coisas acabam não dando certo, mas se a sala de aula é uma simulação para o aluno, também o é para o professor.

Eu escrevi aqui uma vez que empreendedores só podem ser liderados por empreendedores, pois só eles compreendem a cabeça e o espírito empreendedor a ponto de explorá-los da melhor forma possível. Agora eu digo que empreendedores só podem ser despertados por empreendedores, pois só eles podem ajudá-los a desenvolver o potencial que todos possuem em sua essência natural. É isso que eu pretendo fazer em sala de aula. Eu sei que todos os meus alunos têm esta sementinha. Se eu consigo despertar mesmo que seja apenas alguns deles em cada turma, já fico contente por estar concretizando minha missão.

Educação: O empreendedorismo e as dimensões das redes sociais

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O ser humano é um ser social, e essa socialização precede a internet. As Redes Sociais são nodos ligados por relações sociais que foram estruturadas por pessoas com um interesse em comum, um espaço democrático e livre – uma relação que favorece o maior envolvimento comunitário, contribui para o conhecimento em rede e maior acesso à informação.

Envolvimento comunitário – as pessoas cada vez mais estão engajadas a contribuir com o bem social – ajudando diversas causas através do meio digital: disseminam campanhas contra a dengue, compartilham as irregularidades geradas pelo poder público (corrupção), as ineficiências das corporações e buscam proteger os animais que foram agredidos ou que precisam de ajuda – sensibilizando as pessoas sobre seus atos e cobrando das autoridades soluções para problemas que antes eram dialogados no contexto boca a boca – com pouca repercussão e amplitude dos fatos.

Conhecimento em Rede – Cada vez mais a sociedade está utilizando o pensamento coletivo e colaborativo – esse modelo de produção de conhecimento utiliza a inteligência e os conhecimentos gerados por várias pessoas e voluntários espalhados pela internet para resolver problemas, criar conteúdos e soluções ou desenvolver novas tecnologias. No contexto educacional observamos os fóruns de discussões sobre temáticas específicas, o sistema de Educação à Distância, as ferramentas “Crowd”, a exemplo do Wikipédia – como uma ação de cooperação coletiva realizada por pessoas que contribuem para somar conhecimentos e distribui-los gratuitamente através da internet; Para o segmento de negócios podemos relatar a construção de um produto/serviço no modelo colaborativo/coletivo.

Maior Acesso à Informação – No contexto dos negócios, as redes sociais contribuem para que as empresas se adaptem aos desejos dos consumidores e escutem todos os stakeholders – analisando os comentários positivos e negativos para manter um estreitamento no processo de relacionamento com todos os interessados (clientes, fornecedores, colaboradores e sociedade). Vale ressaltar que a informação está disponível para todos – o grau de relevância é colher essa informação e transformar em conhecimento o mais rápido possível. A internet e sua infinita conectividade estão alterando o cenário de como os jovens adquirem, produzem, transformam e compartilham conhecimento. O mais rápido deixando o mais lento para trás – acredito que nos dias atuais os jovens precisam utilizar os espaços digitais para construção de uma carreira sólida, sem desgaste de imagem e aproveitando o pensamento coletivo que a internet disponibiliza para todos.

Os mais jovens dominam o uso da web. A geração de jovens que nasceram com a internet e sob o boom tecnológico. Esse público vivencia diariamente videogames ultra-modernos, computadores velozes, internet 24 horas, smartphones com diversas funções de conectividades e acesso a Redes Sociais. Acredito que essa geração carrega uma identidade rápida de raciocínio, diferente dos estudos formais/tradicionais – mas isso merece um acompanhamento muito próximo para evitar que a tecnologia elimine o convívio social dessas crianças. As gerações mais velhas estão sendo obrigadas a usufruir da internet como ferramenta para estreitar relacionamento com familiares, utilizar serviços bancários e públicos. Essa geração é mais resistente a mudanças e não aprovam o conteúdo livre disponível na internet – apresentam uma relação mais vulnerável devido à falta de conhecimento técnico e geralmente são vítimas de hackers.

No contexto em que a internet é inserida “goela abaixo” em nosso país ela está se tornando mais prejudicial ao público infantil e adolescente do que um verdadeiro benefício para esses envolvidos. O nosso país é carente de um sistema educacional digno – formador de cientistas e de pessoas pensadoras – ainda nesse cenário social observamos uma ausência da família como parte de um alicerce importante para formar jovens que contribuam para o desenvolvimento do nosso país.

A nova geração não sabe navegar/pesquisar na internet. Utilizam os espaços digitais para “curtir” e “compartilhar” besteiras, dialogam através de comentários de forma agressiva e preconceituosa e não buscam construir conhecimento – estão viciados no ctrl+c e ctrl+v. Esses fatos acabam gerando um desalinhamento entre a real necessidade da internet, a educação e a formação de carreira desse jovens. O risco é de um afundamento do nosso país. As ferramentas online não alteram o objetivo de aprendizagem. Elas facilitam a compreensão e introduzem novas metodologias de ensino, agregando mais valor à educação – para isso é necessária uma reengenharia no modelo de educação tradicional – entregar para os professores uma reflexão sobre coletividade/colaboração nos espaços digitais, mostrar para os alunos que os recursos disponíveis na internet vão servir para a construção individual dos futuros profissionais e das próprias escolas que carregam metodologia e infraestrutura atrasada – gerando assim uma desmotivação dos principais agentes educacionais (professor e aluno).

A Internet precisa ser um espaço livre para que o aluno consiga navegar e construir conhecimentos – e é papel da escola e família acompanhar e ajudá-los a usufruir dessa fonte de informação.
Dicas para os alunos: 1) navegue em vários sites para verificar a veracidade das informações – utilize os livros para confirmar se o site é confiável; 2) faça anotações sobre suas pesquisas, abra uma página no bloco de notas/word e anote! O volume de informações nos espaços digitais não acompanham a nossa estrutura de assimilar tantos conteúdos; 3) crie uma biblioteca de sites confiáveis para pesquisas futuras; 4) construa uma rede de relacionamento verdadeira e com personagens relevantes que poderão contribuir para a sua carreira; 5) construa conhecimento – evite copiar e colar; 6) nos mecanismos de buscas (Google, Bing, Yahoo..) prefira os sites que estão nas primeiras páginas para contribuir com a suas pesquisas; 7) utilize os espaços digitais para manter um relacionamento respeitoso, sem gírias, agressões e preconceitos;

Dicas para os professores: 1) Ajude os alunos a buscar sites com conteúdo científico e elimine blogs com informações de interesse apenas comercial; 2) Estimule o debate em sala de aula sobre o pensamento de fazer pesquisas na internet – envolva os alunos sobre a importância dos espaços digitais; 3) Exija que todos os trabalhos realizados possuam referências, respeitando as fontes; 4) respeite o pensamento do aluno – afinal ele está mais conectado do que os próprios professores – mantendo-se atualizado segundo a segundo; 5) Não tenha preconceito com conteúdos retirados do Wikipédia e Google – oriente o seu aluno a saber pesquisar; 6) Estude e pesquise sobre os espaços digitais – esteja envolvido com seus alunos nas Redes Sociais acompanhando e aprendendo de forma coletiva/colaborativa; 6) Não proíba no ambiente educacional o uso das redes sociais/internet – oriente sobre o uso correto! Hoje muitos alunos carregam um smartphone conectado à internet móvel.

A necessidade de compartilhar experiências é o que torna a internet potencialmente ativa e promissora, permitindo aos estudantes criar relações sociais, assim como atender às exigências de seu aprendizado. É preciso transformar o aluno e o professor como agentes críticos da informação na busca de um bem coletivo.

Os novos comportamentos de consumidores e marcas com o advento das redes sociais

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O avanço tecnológico e, principalmente, o surgimento da internet, contribuiu para que o comportamento das pessoas passasse por fortes modificações nos últimos tempos. Essa mudança está presente em vários aspectos, mas se resume à facilidade de relacionamento gerada pelas novas possibilidades de comunicação.

 

Essa facilidade começou com os fotologs, blogs e chats online – no formato, principalmente, de salas de bate-papo. Essas ferramentas eram utilizadas no dia a dia das pessoas, na função de “diários virtuais”: serviam para que fomentasse o relacionamento entre amigos e conhecidos. Nessa época, as pessoas se deslumbravam pela possibilidade de poder exaltar seu ego de maneira pública, mesmo que virtualmente. Aos poucos, essas ferramentas foram se modificando, ganhando força e sua utilidade passou a ser vista não apenas para uso pessoal, mas, também, para uso corporativo – dessa forma, as marcas passaram a se apropriar desses meios de comunicação para estabelecer um relacionamento com seu público. Mas, claro, isso não aconteceu do dia para noite – houve um longo processo de entendimento e adaptação.

 

Fator essencial para esse processo foi o surgimento das redes sociais. Começou pelo orkut que, embora esteja obsoleto, foi importante para que as pessoas conhecessem as funcionalidades de uma rede social, se adaptassem a ela, reencontrassem amigos e fizessem com que esse tipo de rede se tornasse parte das suas vidas. Da mesma forma, foi importante para que as marcas começassem a perceber a força da internet – no Orkut, era possível que os usuários criassem comunidades específicas para falar sobre a marca e/ou um produto da marca. Nessas comunidades, havia tópicos que abordavam tanto questões positivas quanto questões negativas. Nesse ponto, as empresas que perceberam a força dessas comunidades e se manifestavam respondendo aos consumidores, saiam na frente.

 

Da mesma forma, muitas marcas começaram a ser mais rápidas do que os usuários e, elas próprias, criaram a sua “comunidade oficial” – assim, o controle da comunicação e o gerenciamento da comunidade estavam nas mãos delas.Com a queda do orkut e ascensão do Facebook e Twitter – entre outras redes sociais também consideradas expressivas – a internet foi se tornando um ótimo lugar de relacionamento entre público e marca. O próprio Facebook colocou como regra que empresas não poderiam ter um perfil, mas sim, uma página. Dessa forma, criava-se um espaço exclusivo e convidativo para que empresas estivessem presentes nas redes sociais. Ao mesmo tempo, os consumidores começaram a perceber que também tinham força na internet e, dessa forma, a comunicação passou a ser uma via de mão dupla – utilizar as redes sociais para reclamar de um mau atendimento, de um produto com defeito, de problemas com a prestação de serviço, entre outros, mostrava-se muito mais eficiente do que ligar para o call center ou brigar pelos seus direitos no próprio estabelecimento.

 

Isso, porque o alcance das redes sociais é extremamente abrangente – pessoas que estão em outra cidade e, até, outro país, podem ter acesso à sua reclamação. Além disso, dependendo da repercussão e do quão influente você é, essa reclamação pode se disseminar rapidamente, fazendo com que os mais diversos públicos – até quem não tem contato com a marca – fique ciente do ocorrido. Assim, se, antes, o consumidor tinha voz pouca ativa, com as redes sociais esse cenário muda e o consumidor ganha força. Da mesma forma, as redes passam a ser um ótimo local para fazer pesquisas de satisfação – o consumidor, ao procurar por um produto, não leva mais em consideração, apenas, o melhor preço, mas a reputação do produto, da marca e da loja onde pretende efetivar a compra. Ou seja, aquela marca que não cuida ou se preocupa com sua imagem nas redes sociais, pode ser seriamente prejudicada e perder consumidores.

Dessa forma, podemos concluir que, considerando a relação entre público e empresa, as principais mudanças foram o poder de comunicação que as redes sociais deram aos consumidores, além da necessária mudança de posicionamento das marcas, já que, hoje, não basta que uma empresa tenha uma boa propaganda se o serviço prestado não acompanhar as promessas da marca, o que significa que, mais do que nunca, as marcas precisam agir com transparência e respeito aos seus consumidores.

 

A Vulgarização da Inovação

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No novo mundo, o comportamento do consumidor está sendo redefinido. Ele desenvolve filtros e intimidades com produtos e serviços, que exigem movimentos rápidos, evolução e reinvenção constantes. Bons tempos, não é mesmo? Para uns, sim. Para outros, não. Sobrevivência agora significa entender que o mundo está repleto de marcas e, cada vez mais, estas são menos respeitadas, confiadas e despertam menos atributos e diferenciais – é o que os especialistas chamam de “saliência de marca”.

 

De fato, inovação mais do que nunca se torna a espinha dorsal do crescimento e a vantagem competitiva das corporações modernas. Por outro lado, ironicamente, o termo está ficando gradualmente vulgarizado. Tristemente em frangalhos. Pergunto: teria a disciplina da inovação se tornado comoditizada? Talvez. Há boas possibilidades. Certas questões se mostram ignoradas por grandes marcas e corporações no mundo e, em especial, no Brasil. Ignoradas até mesmo pelos supergurus egocêntricos que nascem todos os dias no Twitter ou em outras plataformas.

 

Vejam as seguintes questões:

Quanto que a mídia espontânea estimula os departamentos de uma empresa a evoluírem e redefinirem processos?
Qual é a influência do boca a boca digital no budget da comunicação ou no desenvolvimento de produtos e serviços?
Como o ato de inovar nas redes sociais contribuirá para os objetivos fundamentais do negócio?
Qual o ciclo de vida e evolução de insights e boas ideias nas mídias sociais, abandonando o velho modelo das discussões (focus group)?

As regras do processo de feedback estão sendo redefinidas, gerando laboratórios de aprendizado e escuta para as marcas mais astutas. Inovação na websocial exige fundamentalmente escuta digital estratégica, séria e metódica. Aprendizado constante e inspiração em tempo real também são ingredientes dessa receita. Questões como ranking de influenciadores nas redes sociais, painel de tendências e análise de sentimentos, assim como dispersão e volume, devem estar no dia-a-dia de qualquer marca que almeje um trabalho relevante na web. É sempre bom lembrar que ouvir por ouvir já não é mais suficiente. É preciso organizar e planejar com conhecimento assimilado.

 

Outra questão: você não acha também que boa parte dos inovadores de marca que atuam na internet perseguem insanamente a tecnologia, em vez do comportamento do consumidor/usuário de redes sociais?

As ferramentas vêm e vão na velocidade da luz, tornando-se cansativo e praticamente impossível de acompanhá-las. Empresas e seus estrategistas de marketing têm de tomar cuidado com planos e ofertas que começam com estratégias de Orkut, Twitter ou Facebook. Acima de tudo, marcas e corporações devem focar em seus stakeholders, verdadeiramente ouvindo, segmentando adequadamente para inovar com qualidade, evitando desperdícios e concentrando-se em como esses públicos se comportam no ambiente virtual.

Outra questão fundamental é que inovar na era digital envolve um processo de integração com as mídias sociais junto à cadeia de valor corporativa e muitas vezes exigindo ruptura cultural intraempresa. Em seu mais recente livro, Charlene Li (“Open Leadership”, ou “Liderança Aberta”, em português) argumenta que líderes modernos precisam entender melhor a nova cultura de compartilhamento desencadeada pela evolução do mundo conectado. Segundo a autora, o primeiro passo é   “reconhecer que você não está mais no controle. Clientes, colaboradores e parceiros estão.” (…) “Esta é uma moda que não desaparecerá. Crescerá cada vez mais, com ou sem você!”

 

Vale lembrar que esse não é um processo fácil. A geração “Y”, principalmente, cresceu cética, vendo Enron, Mesbla, Mappin etc caírem. Líderes novos precisarão de habilidades únicas e humildade. Esses projetos não acontecem de um dia para o outro.  Aconselhamos as empresas primeiramente a criar uma estrutura de governança e regulamentação para o ambiente web, que seja facilmente assimiladas por seus colaboradores. Um bom exemplo de política bem-sucedida de adaptação cultural aos novos tempos é a varejista americana Best Buy (apesar dos recentes problemas que a marca enfrentou). Ela utiliza um exército de colaboradores como verdadeiros representantes da marca, que dão intenso suporte aos clientes da empresa. Não seria isso real vantagem competitiva? O pulo do gato, então, é saber como fazer.

 

A marca que acredita prever inovações tende a morrer. Na era digital, o processo de inovação é um estágio avançado no qual a empresa precisa trabalhar, antes de qualquer coisa, pelos processos e políticas internas, entender o comportamento do internauta e sempre responder ao emissor da sugestão, ou seja, os internautas que se comunicam com sua empresa via web, mesmo que ela não seja útil para a companhia. Tudo isso alinhado aos conceitos primordiais de marketing.

 

Inovação na internet é muito mais do que campanhas premiadas e barulhentas, romantismo de mudar o mundo e exageros. Inovar na era digital significa bom atendimento, reduzir custos de pesquisa e desenvolvimento, assim como inventários, pois os mesmos clientes que te ajudam a desenvolver produtos e serviços tenderão a consumi-los. Você está preparado para gerar inovação real de marca que traga valor plausível?

 

A estratégia do Tylenol180

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O medicamento Tylenol é considerado um dos mais bem – sucedidos cases de gestão de crise de marca em todos os tempos. Nos anos 80, algumas cápsulas de Tylenol foram comercializadas envenenadas com uma substância denominada cianeto. Foi o primeiro evento que se tem notícia de que cidadãos morreram ingerindo um produto farmacêutico que havia sido adulterado. O Tylenolconduziu a gestão desta crise de uma maneira tão apropriada para época, que alguns especialistas em marketing hoje tomam o case do remédio como exemplo a ser seguido. Não se trata de uma coisa fácil. Podemos dizer que o Tylenol lidou com um cenário adverso e emergiu da crise fortalecido, vendo o equity da marca alavancado, e o produto ganhando ainda mais market share.

Hoje é possível dizer que toda e qualquer empresa ou marca pode vivenciar uma situação de crise, não necessariamente tão grave como a do Tylenol, mas com consequências danosas à marca. A internet potencializou o poder de resposta e a demonstração das mais variadas emoções dos consumidores. E mais: o alcance é inevitavelmente global. Alguns exemplos já são conhecidos. O primeiro deles é o caso da rede Domino’s, quando funcionários no ano de 2009 gravaram um vídeo nada apetitoso que ganhou o mundo via internet. Mas há muitos outros. A United Airlines, Amazon, o FDA e a Motrin, uma marca da Johnson & Johnson, também vivenciaram momentos de angústia por conta do conteúdo que circulou no mundo digital. Todos aconteceram nos Estados Unidos, mas aqui no Brasil são diversos os casos de problemas na web enfrentados diariamente por companhias atualmente.

Isso não é necessariamente o fim do mundo. Algumas marcas conseguiram virar o jogo e transformar a crise numa oportunidade. É o conhecido ditado de que de um limão se faz uma limonada. Os especialistas em marketing já definiram esta reversão de cenário radical e muito bem-sucedida como Tylenol 180, em referência ao case de sucesso do remédio no passado.  O que todos estes cases de sucesso têm em comum para que cheguem ao estágio do Tylenol 180? Em primeiro lugar é necessário agir de forma muito rápida. Hoje em dia, ser veloz significa ser extremamente veloz. Novas avenidas de amplificação de conteúdo nascem e se proliferam diariamente. Antes de tudo é preciso entender que só é possível lidar com esta situação, se já houver um trabalho prévio de monitoramento de marca em todos os espaços, inclusive on-line, sendo realizado. Marcas mais preparadas possuem equipes ou se valem de profissionais especializados para desenvolver planos de contingência e monitorar o que acontece no mundo virtual. Monitorar, neste caso, é muito mais do que simplesmente abrir um laptop e ver o que há na internet. A palavra de ordem neste jogo é saber ouvir e aprender diariamente com o que os consumidores estão disseminando sobre sua marca ou empresa neste espaço.

Uma vez que se consegue ouvir o que está sendo discutido sobre sua marca, é preciso, então, agir prontamente com transparência, relevância e autenticidade. A JetBlue, por exemplo, soube resolver esta equação de uma maneira muito eficaz há poucos anos. O CEO na época David Neeleman, que aliás, é dono da companhia Azul, em operação no Brasil, assumiu total responsabilidade no problema que sua empresa enfrentou em 2007 em Nova York. A companhia aérea teve dificuldades no aeroporto JFK e, considerando que o posicionamento da empresa reforça o conceito de viagem divertida e humanizada, Neeleman percebeu de forma perspicaz que o sinal cruzado em que a empresa havia se metido, demandava rápida resposta. David Neeleman produziu, então, um vídeo que optou pelo tom emocional e aparentemente sincero no qual afirmou que todas as providências para evitar longos atrasos e melhorar os serviços da companhia aérea seriam tomadas. Neeleman ainda se desculpou de forma humilde, assumindo o erro. E a condução, vale reforçar, foi toda liderada pelo então presidente da companhia, o que, aos olhos do consumidor, dá muito mais credibilidade à mensagem.
No case Tylenol, que é emblemático, outra ação salta aos olhos para uma gestão de crise inteligente. A empresa, depois do escândalo, passou a entregar mais do que o consumidor esperava. A Johnson & Johnson promoveu recall imediato e trabalhou no redesenvolvimento do produto. Novos atributos foram agregados ao remédio, e os problemas, eliminados.
É válido reforçar que o profissional, gestor da crise ou advisor que vai lidar com a situação deverá realizar uma imersão no negócio da empresa em conflito. É preciso entender como agem os geradores deste boca a boca, ou seja, a qualidade e as características do produto, o atendimento ao consumidor, os call centers, o ambiente interno da empresa, o relacionamento com os diversos públicos da sociedade etc. Tudo com riqueza de detalhes. Esta certamente é a origem deste boca a boca digital. Estar no meio do furacão sem conhecer estes aspectos – ou o que chamamos de “talk drivers” – pode ser fatal.

Vejam como as coisas acontecem. No final da década passada, o músico canadense David Carroll, da relativamente pouco conhecida banda The Sons of Maxwell, solicitou à empresa United Airlines especial atenção no transporte de sua guitarra, que tinha valor físico e emocional. O pedido foi reforçado em diversas ocasiões no contato do músico com a empresa. Durante todo o atendimento, Carroll se irritou com o que descreveu como sendo descaso dos profissionais. O fato é que a guitarra acabou quebrando durante a viagem, e o músico – revoltado – compôs um clipe que virou febre na internet, via YouTube. O título: “United breaks guitars”.
Depois de verificar como atuam os influenciadores, ou seja, os internautas que deliberadamente estão discutindo a marca ou empresa no ambiente web, é preciso conhecê-los mais intimamente. Quem são os (micro) blogueiros que mais impactam na comunidade web? – e aí não estamos falando de blogueiros/jornalistas consagrados, mas, sim, do blogueiro que consegue reverberar suas opiniões nas comunidades. É preciso analisar o tom desta conversa: é jocoso, é imparcial, é emocional etc?. Quais são as chances de a empresa conseguir interagir planejadamente com este público? Uma forma maravilhosa de se identificar este influenciador é por meio da wikipedia, caso sua marca tenha uma página na enciclopédia virtual. Não é simples alterar o que está dito sobre sua empresa ou marca na wikipedia, mas uma forma de responder às eventuais críticas e acusações é se valer de outros canais, como blogs, sites de review, entre outros.

As companhias precisam ainda, numa situação delicada, repensar seus próprios websites. Muitos deles não estão preparados para momentos de crise, são engessados, e vários foram desenvolvidos num momento em que o mundo vivia uma outra realidade digital. Plataformas de feedback, ou seja, os canais no website, fanpage entre outros em que o usuário pode entrar em contato com a empresa, de preferência nos seus termos, ao seu estilo, precisam ser aprimorados. Entre outras diversas ações necessárias, o website pode ainda inserir ferramentas de busca externa e interna, sempre com informações relevantes da crise no topo dos resultados. Isto o internauta vai enxergar como transparência. Trata-se de ousadia, mas é transparência. Outras sugestões são: bom senso na publicidade em meio à crise e humanização dos call centers, para que a empresa consiga captar corretamente feedbacks de seus consumidores e aprender com os seus erros. Assim como verificar com lupa os rastros digitais deixados em arquivos antigos que ficaram perpetuados nos sites de busca. Tudo isso dá uma enorme oportunidade de melhorar pontos de contatos e ver no que a marca não consegue tornar sua promessa uma realidade.

As companhias e marcas precisam admitir que a relevância do website – que passou há muito do estágio de simples cartão de visita da empresa – é cada vez maior. O canal se tornou uma ferramenta extremamente estratégica e, no futuro, tende a ficar ainda mais. Será social, será real time, será mais dinâmico e, portanto, imprescindível.
Estas são pequenas pílulas da estratégia do Tylenol 180. Mas há muito mais. A beleza e a raridade deste marketing move, como podemos ver, são diretamente proporcionais. Para algumas empresas e marcas, fica provado, a crise é a melhor coisa que poderia acontecer.

Marketing, consumo e conflito de gerações

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Recentemente, em uma entrevista para a televisão, uma jornalista me perguntou: – Carlos Hilsdorf como se resolve o conflito de gerações?

A resposta?

Não resolve!

Devemos aproveitar o conflito de gerações. Bem administrado ele é extremamente produtivo para a vida e os negócios. Deste conflito surge um atrito criativo, uma faísca que gera oportunidades em todas as direções.

Vejamos…

O conflito de gerações é uma realidade desde que o mundo é mundo, sempre existiu e sempre existirá. A simples diferença cronológica em termos de tempo vivido e experiências acumuladas entre duas gerações já basta para que estejam em momentos de maturidade psicológica diferentes, o que resulta em divergências.

A adolescência, tal qual a compreendemos atualmente, é o ritual de passagem da sociedade moderna, onde o cérebro matura seus mecanismos voltados à independência e sobrevivência, de onde deriva que este ser que se torna adulto, desvincule suas escolhas das de seus antecessores, que até então, não raro, decidiam por ele – fato que passa a incomodá-lo intensamente e é importante mecanismo evolutivo na individuação.

Portanto, o conflito, além de suas evidentes características temporais, culturais e antropológicas possui características neuropsicológicas importantíssimas!

Você pode me perguntar: por que, então, tanto estranhamento frente ao conflito de gerações quando ele envolve a geração Y? Qual a diferença deste conflito de gerações frente a todos os outros que o antecederam na história da humanidade? Como isso afeta o consumo e o marketing?

Três das várias diferenças:

1. A sucessão histórica, psicológica e mercadológica particular que envolveu a sequência baby boomers – geração X – geração Y.
2. O peso de uma revolução tecnológica onde a comunicação migrou da oralidade ancestral para a imagética moderna.
3. A organização de uma sociedade eminentemente urbana e construída ao redor do universo corporativo, no contexto da sociedade do consumo.

Os baby boomers cresceram ouvindo seus pais falando dos horrores da guerra e de como tinham que economizar para períodos de crise. A geração X cresceu ouvindo de seus pais que deviam estudar e trabalhar duro porque a prosperidade era fruto do número de horas dedicadas ao trabalho e que depois, ao se aposentarem, poderiam desfrutar a vida. Já a geração Y cresceu ouvindo de seus pais que poderiam ser o que quisessem na vida, se fossem originais, construíssem uma forte rede de relacionamentos e corressem atrás das oportunidades. Ouviram também que seus pais tinham dado um duro danado para lhes oferecer um futuro melhor e que tinham aberto mão de aproveitar a vida por conta disto.

Consequências…

A geração Y buscou a originalidade, a autoconfiança, prevaleceu-se da hiperinformação disponível e da conectividade para construir um excelente network, percebeu que a geração X dá muitas desculpas e reclama muito enquanto é possível fazer as coisas acontecerem mais rápido e, percebeu que seus pais não são assim “tão felizes”, porque adiaram demais os prazeres da vida. Daí deriva o caráter “imediatista” que se atribui à geração Y, que tem pressa de obter prosperidade em sincronismo com a época em que tem mais energia e disposição para curtir a vida!

Estas gerações juntas formam um mercado extremamente comprador e riquíssimo em oportunidades para novos produtos e serviços porque as três têm uma coisa muito importante em comum: decidiram que a hora de curtir a vida é agora!

Isso explica, em boa parte, o boom de turismo da melhor idade, o boom da construção civil de mais luxo e conforto da classe média e o estilo de consumo baseado em crédito adotado em massa pela geração Y que tem carro próprio, casa própria, viaja, conhece o mundo e só quer permanecer em empresas que lhe ofereçam oportunidades reais de aprendizagem e crescimento, pois aprenderam com os pais que ficar esperando promoções que nunca chegam costuma não compensar.

Tudo isso sem mencionar, mais a fundo, as gerações Z (os nativos digitais, filhos das gerações X e Y, pós a revolução WEB) e a geração Alpha (os nascidos a partir de 2010) que trarão ainda mais diferenças, particularidades e riqueza a este cenário plural e multitribal.

A história nunca foi tão rica e extraordinária em oportunidades de negócios!

Então, siga os hyperlinks e mentes à obra, pois “seguir em frente e mãos à obra” é da época dos baby boomers!

Mais 10 lições para empreender

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Continuando meu artigo publicado aqui, reuni mais algumas dicas dadas por empreendedores bem sucedidos para quem vai está começando sua jornada empreendedora:

 

11) Pare para afiar o machado. A pausa é importante para darmos chance ao cérebro reorganizar-se para rever como as coisas estão sendo feitas. Quando estamos com um problema de difícil resolução, a concentração e foco podem ser prejudiciais à busca por uma solução mais adequada porque quanto mais imersos estivermos na situação menos possibilidades enxergamos. Precisamos sair do contexto do problema para permitir nossa mente fazer novas conexões. Procure se lembrar, as suas melhores ideias não surgiram no meio da noite, durante uma caminhada ou debaixo do chuveiro?

 

12) Toda diversidade é bem vinda. Ao montar uma equipe de trabalho, procure reunir pessoas diferentes, em termos de formação, linhas de raciocínio, origem cultural e étnica, características pessoais, crenças e valores. A diversidade é importante nos grupos porque aumenta as chances de discussão e debate em torno de um tema relevante. Quando todos num grupo são muito alinhados e pensam sempre do mesmo jeito, é provável que todos concordem com proposições e soluções com rapidez e unanimidade. Nem sempre são as melhores soluções. Equipes diversificadas dão margem a conflitos e eles são bem vindos porque suscitam a necessidade de se discutir com mais profundidade propostas e assegurar-se que pontos de vista distintos foram considerados.

 

13) Amplie seus limites. Abomine o ‘não consigo’ de seu vocabulário. Na maioria das vezes, nós mesmos impomos nossos limites. Nós podemos muito mais do que acreditamos, só não temos coragem de tentar. Muitos sequer conhecem seus próprios limites, quanto mais saber que podem ser superados. Você se surpreenderá com o que consegue fazer. Descubra até onde pode ir, e chegando lá, tente ir um passo a mais. Precisamos aprender a calar aquela vozinha que fica repetindo o tempo todo na nossa cabeça: ‘Você não vai conseguir!’

 

14) Não espere que as coisas caiam do céu. Os maiores empreendedores foram atrás de seus sonhos. Não se limitaram a esperar que a situação ficasse totalmente adequada, não esperaram até que tivessem todas as condições e recursos plenos e nem paralisaram diante das negativas e limitações. Se você espera que algo seja feito. Faça! Tenha iniciativa!

 

15) Aprenda sempre. O auto-desenvolvimento está ao alcance de todos, em todos os momentos. Não ache que as pessoas só se desenvolvem em cursos e treinamentos. O empreendedor se desenvolve em qualquer lugar, em qualquer circunstância. Na leitura de livros, no bate-papo no almoço, nos comunicados internos, lendo revistas e jornais, conversando com profissionais experientes, no uso de tecnologias, conhecendo novos lugares. Aproveite todas as oportunidades para aprender mais sobre tudo.

 

16) Conheça o negócio da sua empresa. Não basta conhecer bem sua atividade. Um especialista técnico não é um empreendedor. É preciso conhecer bem seu setor de atuação, seu mercado, seu negócio. Não há necessidade de ser um especialista em tudo, mas um conhecimento generalista para ter uma ideia de todos os componentes da dinâmica que faz o seu negócio funcionar é fundamental e o mínimo para poder tomar decisões estratégicas.

 

17) Cometa erros. Todo erro ou falha é, para o empreendedor, uma chance para aprender. Muitos aprendizados só acontecem pela tentativa e experiência, não na teoria. Deixe-se levar pelo espírito da aventura. Assuma os riscos inerentes a este tipo de aprendizado. Um bom erro é aquele que o leva a conclusões sobre o que poderá ser feito diferente na próxima vez. Um mal erro é aquele em que não se tira nenhuma lição e é passível de ser cometido novamente.

 

18) Cuidado com a rotina. Não se acostume a fazer sempre as mesmas coisas como sempre foram feitas. Quando você se acostuma com as rotinas não consegue ver o que realmente importa, perde a eficácia, a visão crítica e não percebe que se pode chegar a resultados melhores quando questionamos as coisas como são feitas. Sempre tem um jeito melhor de se atingir os mesmos resultados.

 

19) Questione tudo, nada é sagrado. As maiores inovações vieram de quem teve a coragem de perguntar ‘porque isso nunca foi feito antes?’. O mundo muda, o contexto sob o qual certas coisas foram criadas e certos hábitos adquiridos mudam o tempo todo, fazendo com que novas possibilidades se abram e surjam os espaços para fazer diferente, trazendo inovações que abrem oportunidades de novos negócios.

 

20) Promova o auto-conhecimento. Descubra suas principais competências e suas fraquezas. Com este conhecimento você é capaz de explorar melhor suas virtudes e tirar melhor proveito delas para aproveitar oportunidades, assim como sabe também em que circunstâncias é recomendável ir com alguém que o complemente em seus pontos fracos. Quanto melhor você se conhece, menos riscos corre.

Sua marca é sustentável? Até que ponto?

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As redes sociais e suas plataformas aceleram o processo de humanização das marcas, que agora precisam mostrar personalidade, ter carne e osso, tornando fácil o relacionamento das empresas com os seus stakeholders. Acabou aquele comportamento controlador. Isto me leva a crer que o approach dos consumidores delineia uma das maiores tendências do branding atual, que é a construção de marcas fortes cada vez mais conectadas a ideologias e causas. Estas marcas têm que se comportar como pessoas – é o que os outros cidadãos agora esperam delas! As empresas, agora, precisam sair de cima do muro, mostrando suas essências, crenças e apostas.

 

As marcas que vão fazer a diferença são aquelas que inspiram seus stakeholders a serem pessoas melhores, a fazer o mundo em que vivemos ficar melhor, tornando a nossa vida mais sustentável. O planeta agradece, e o consumidor individualmente também. Na era da transparência radical e da responsabilidade, antes de qualquer coisa, confiança e credibilidade precisam ser conquistadas pelas marcas. Chega de discurso. Nada mais é mera questão de escolha. Todas as dimensões da empresa são visíveis para qualquer um que quiser ver. Numa conversa – que acabou no livro “Brand Digital” – a futurista Faith Popcorn argumenta ao profissional de branding Allen Adamson – que o mundo digital está fazendo com que as marcas sejam enxergadas em sua totalidade. “Não apenas relativo ao que elas vendem, mas também pela fibra moral que a elas está relacionada”, afirma a futurista.

 

Uma marca que conseguiu alcançar esta autenticidade e afirmação – ainda pouco conhecida aqui no Brasil – é a Patagonia, que é referência em “sustainable fashion”, ou seja, moda sustentável. A Patagonia se celebrizou por promover eventos que demonstram forte apego às questões ambientais. O próprio nome da empresa já remete à ideia de natureza e preocupação ambiental – lembre-se das geleiras da Patagônia que estão derretendo em razão do aquecimento global. O site da Patagonia e o blog lá contido fazem a empresa respirar autenticidade e intimidade com a causa a que ela abraçou. Vale a pena ressaltar que não somente o on-line, mas também o offline da empresa é muito consistente.
É importante lembrar que para que o “equity” de sua marca cresça fortemente, os esforços de sustentabilidade precisam estar diretamente relacionados com o que sua marca realmente representa na mente de seu público. Dois cases já são clássicos. O primeiro é o da GE, especialmente quando a empresa se envolve em causas de energias alternativas. Ora, a GE lembra automaticamente duas questões: energia e imaginação. Basta lembrar que o seu fundador, Thomas Edison, é o criador da lâmpada bulbo. Nós, consumidores da GE, imaginamos que fontes de energia alternativa estejam relacionadas instintivamente com a companhia.

 

Outro exemplo é a marca de produtos – entre outros, vários de limpeza – Clorox. Digamos que, quando esta empresa se envolve com estudos para melhorar o ar, despoluindo o ambiente, ela está fortalecendo a percepção do consumidor sobre algo que é intimamente ligado a seu core business. E aqui vai uma pergunta: que consumidor não gostaria de comprar um produto de limpeza de uma companhia que, de certa forma, está contribuindo para a despoluição do planeta? Quando compramos algum produto do portfólio da Clorox, vamos nos sentir ainda melhor ao lembrar que a empresa está envolvida com a causa da higiene ambiental em diversas partes do mundo. Nossa consciência social vai se sentir bem, e nosso cérebro vai admitir a possibilidade de compra. Afinal, a proposta da marca é limpeza e saúde.

 

Há vários exemplos de empresas cujo líder tem carisma, apelo na sociedade e que demonstra preocupação com a questão da sustentabilidade. Muitos deles investem grandes recursos para semear a sua causa e tentar de alguma forma conectar suas marcas a um apelo sustentável. No entanto, se isso não estiver de algum modo linkado com a promessa central da marca, este esforço é inútil. Esforços de sustentabilidade, como qualquer outra ação de branding, só farão sentido se estiverem atrelados à diferença relevante que a marca promove.

 

E é aí que os pontos de contato podem contribuir de forma relevante. As empresas hoje em dia estão gastando bilhões no Brasil em relatórios de sustentabilidade e programas de reciclagem interna, que, sim, são necessários, mas estão deixando de lado uma parte essencial nesta equação que é a de escutar aquilo que o público on-line tem a dizer. A conversa do público digital, hoje em dia, oferece uma série de insights que podem revelar o comportamento de compra e aquilo que o seu consumidor realmente pensa que é sustentabilidade em relação a sua marca.
Nossa consultoria tem feito recentemente, por exemplo, alguns estudos nos quais é possível comparar e cruzar os esforços pró-ativos de comunicação no âmbito de sustentabilidade das marcas (RP tradicional, anúncios em mídia impressa e TV etc.) com o que está inserido na Wikipedia. Isto nos possibilita identificar o nível de sinais cruzados que tais marcas estão gerando.

 

De fato, plataformas de busca estão cada vez mais sociais e “real time”. Levando em consideração que o boca a boca viaja muito mais rápido através do “retwittering” e que deixará rastros digitais permanentes, é um vácuo enorme em qualquer estratégia de sustentabilidade não dedicar esforços sérios e profissionais ao público digital. A reputação da sua marca e dos esforços que ela agrega em sustentabilidade têm uma relação simbiótica com os resultados do Google e afins.
Sem o boca a boca nada é sustentável.

 

A inovação vem da necessidade

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Morita conta como era o conturbado Japão do pós guerra. Um Japão destruído, sem emprego, sem dinheiro, sem matéria-prima. No trem para Tóquio, onde tentaria trabalhar como professor, ele se perguntava: ‘Como sobreviver? Quem sabe posso fazer alguma coisa? O que os japoneses precisam agora?’ ‘Tudo’ era a resposta mais óbvia. Mas ao comer um bolinho de arroz que trazia para a viagem, veio a idéia: Arroz. ‘Quem sabe eu não poderia fazer algo para ajudar a cozinhar arroz?’ Só que no Japão destroçado não havia metal em parte alguma, mas, por ter servido como oficial técnico durante a guerra, ele teve fácil acesso aos então inúteis compartimentos de bombas dos aviões. Ele então pegou os tanques e os reformou para fabricar as primeiras máquinas de cozinhar arroz.

Seu segundo produto foi a fita magnética. Morita relata suas dificuldades em encontrar material adequado para servir como fita e como improvisaram papel usado para este fim. Depois extraíram o material magnético, o óxido de ferro, a partir de ferrite oxálico aquecido em frigideiras e pintaram nas fitas com a mão. As primeiras gravações eram horríveis, mas eles foram aperfeiçoando o produto que acabou culminando com um excelente contrato de fornecimento de fitas para a IBM em 1965.

Esta e outras histórias que Akio Morita conta em seu livro, ‘Made in Japan’, sobre sua vida e sua empresa, a Sony, lhe dão toda a autoridade para afirmar que ‘Todos podemos ser inovadores quando nossa vida depende daquilo’.

Infelizmente, a maioria das empresas não cultiva a inovação em seus negócios. Aliás, muito pelo contrário, vemos muitas iniciativas para impedir o processo criativo nas empresas. Larry Farrell, um dos grandes estudiosos do empreendedorismo corporativo, explicou as sete formas de se matar a inovação na empresa:
1) Eu estou OK, você está OK. Se estamos todos em situação confortável, por que mudar? Por que inovar? Por que querer fazer algo diferente?
2) Alta direção desconectada, que acaba por não estimular um ambiente propício à inovação.
3) Falta de contato. As boas idéias não vêm da sua cabeça. Geralmente vêm do cliente, ou do concorrente. Se você não estiver em contato com eles perderá boas fontes de idéias.
4) Centralizando tudo. A visão taylorista de administração: ‘Eu faço tudo, você não precisa pensar, só obedecer.’
5) Laboratório distante de tudo. Estar longe do seu mercado significa alto risco de inventar o que ninguém quer.
6) Controle total ao Marketing. Quando eles só pensam em melhorar o que já existe e se prendem a paradigmas que impedem o desenvolvimento do espírito inovador.
7) Um único jeito de fazer as coisas. Quando os processos estão cristalizados, os seus executores não conseguem vislumbrar formas diferentes de se fazer as mesmas coisas.

Quem conhece uma animação da Pixar/Disney intitulada ‘Vida de Inseto’, vai se lembrar de um excelente exemplo deste último item. No início do filme, Flick uma formiguinha ‘inovadora’ procura demonstrar as vantagens de um equipamento que ele inventou para facilitar a colheita de grãos. ‘Flick, não temos tempo para isso’ diz uma das formigas. ‘Mas é justamente isso! Com a minha ceifadora poderemos ampliar a produção e ganhar mais tempo!’ argumenta Flick. ‘Ora, esqueça isso, largue este troço, volte para a fila e colha os grãos como uma formiga’ todos dizem. E ele se vai, frustrado (mas não resignado como se verá ao longo do filme). ‘Ceifadora, hunf! Fazemos a colheita assim desde que eu era uma larvinha!’ diz o mais velho da colônia. Alguma semelhança com situações que conhecemos?

Mas o maior estimulador da inovação é mesmo a necessidade, como Morita já demonstrou. Outro empreendedor, Larry Hillblom da DHL também tem histórias para contar. Ao tentar transformar seu trabalho de entregador free-lance em uma companhia, Larry esbarrou nos bancos para obter crédito. Eles simplesmente não acreditavam numa empresa de entregas que não tivesse uma rede formada. Nada mais óbvio, não? Pois Larry passou então a viajar aos principais países para recrutar voluntários. No limite da necessidade, perguntou a um motorista de táxi em Sidney se ele não gostaria de se tornar o presidente da DHL na Austrália, e ele aceitou. Depois de um ano, com sua ‘rede’ mundial formada, ele voltou e conquistou a confiança do Bank of América para iniciar o negócio. Hillblom ensina: ‘Podemos fazer muito mais em uma hora de crise do que em um mês de tranquilidade.’

Persona da Marca: Parte importante da Estratégia nas Mídias sociais

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Todo relacionamento requer um nível de afinidade entre as partes para que se estabeleça um elo afetivo, social e uma interação. Os sentimentos e as relações interpessoais acontecem entre as pessoas e as marcas, já que reconhecemos nelas características psicológicas, comportamentais, emocionais e, até, de caráter.   Baseados em nossas percepções, formamos opiniões e demonstramos sentimentos que podem ser facilmente compartilhados, o que se amplia hoje com as redes sociais. Por isso, cresce a importância de as marcas se tornarem cada vez mais humanas e personalizadas visando estabelecer um vínculo emocional mais forte e duradouro.

 

Uma das principais estratégias para essa humanização é a criação do que chamamos de Persona da Marca, que deve ser debatida até mesmo antes da definição de seu logotipo. Essa persona leva em conta sua história, características emotivas e físicas, personalidade, valores e ideias compatíveis com as do seu público-alvo, que poderão ser alteradas com o tempo ao vivenciar experiências e aprender coisas novas. Além disso, é extremamente importante a empresa ter uma postura de transparência, principalmente quando a marca comete erros.  A criação da Persona é uma estratégia de comunicação muito eficiente para obter lembrança de marca, permitindo um menor esforço de mídia (frequência) para a transmissão de uma mensagem, já que esta se dissemina de uma maneira muito mais natural entre os seus públicos.

 

Segundo a Consultoria Digitalents é importante a empresa encarar o momento de criação da Persona da Marca como uma oportunidade para rever seus conceitos, valores e avaliar se os mesmos se refletem em suas ações para realizar mudanças e correções, caso seja necessário.  Essa Persona, algumas vezes, se transforma num tipo de mascote, mas é necessário ressaltar que são coisas diferentes. Um exemplo disso é o Pinguim, da rede de lojas Ponto Frio, utilizado com a finalidade de promover engajamento e, até mesmo, diferenciação nas redes sociais, ele é a personificação da marca – o responsável por manter um relacionamento com os clientes – e prospects – aproximando-se do seu público, gerando identificação e empatia. Trabalhar dessa forma facilita a geração de um conteúdo com linguagem mais adequada ao público-alvo. Outro exemplo ocorre com o Magazine Luiza, que tem a “Lú”, um personagem que está presente nas redes sociais, no site da empresa recomendando produtos, além de ter o seu próprio blog num modelo de SAC 2.0, criado para fornecer conteúdo sobre produtos.

 

De qualquer forma, a Persona da Marca se destacou na era das mídias sociais, quando a preocupação com relacionamento, conteúdo e transparência ganhou força. No entanto, poucas empresas ampliam sua atuação para torná-la a base da estratégia de relacionamento. Vale ressaltar também a importância de que esse posicionamento adotado nas mídias sociais reflita no atendimento off-line (lojas físicas).   Para entender melhor o sucesso de certas estratégias, é importante ter um novo olhar para o consumidor e o seu comportamento: pouco tempo, dúvidas sobre uma grande variedade de produtos disponíveis e medo de errar nas suas escolhas. A solução encontrada por muitas pessoas é procurar por “especialistas”, pessoas reconhecidas num assunto específico, próximas e confiáveis, que possam lhe ajudar a minimizar os erros na tomada de decisão. É exatamente neste ponto que estratégias que tornam a marca mais humana se diferem das outras e, consequentemente, obtém vantagem competitiva. Afinal, as pessoas, hoje, são mais informadas, exigentes, demandam um relacionamento mais próximo e relevante por parte das empresas, ou seja, mais humano, transparente e orientado para seus próprios valores, que possibilite aproximação e troca de experiências para que sejam construídos fortes elos de encantamento, engajamento e fidelização.

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