Entendemos paixão por um estado emocional caracterizado pelo desejo e motivação intensos. Quando temos paixão por vender estamos contagiados pelo prazer de efetivar negócios, e isso é muito mais significativo do que podemos imaginar. Não se trata de uma questão meramente material ou financeira, pelo contrário, trata-se de uma maneira de nos relacionarmos com as pessoas e nos autossuperar, as demais conquistas são consequências.
Ao observar grandes profissionais em vendas, percebemos que eles possuem algumas características em comum:
• Amor pela vida;
• Comunicação eficaz;
• Habilidade em estabelecer relacionamentos duradouros de qualidade;
• Prazer em ajudar pessoas a fazerem as melhores escolhas;
• Capacidade de se sobressair em ambientes altamente competitivos;
• Desejo intenso e contínuo de aprender mais sobre as pessoas e os negócios;
• Amplo conhecimento dos produtos, serviços, clientes, mercado e concorrência;
• Garra e determinação para superar barreiras e obstáculos;
• Comprometimento com o atingimento de metas ousadas;
• Interesse pelo universo do Marketing
• Prazer em vencer desafios;
• Competência em escutar atentamente as pessoas;
• Disciplina;
• Excelente planejamento e execução;
• Capacidade de se reinventar e inovar as maneiras de vender;
• Orgulho em trabalhar em vendas.
Interessante observar que cada uma destas características torna o indivíduo uma pessoa muito melhor, ou seja, melhorar em vendas equivale a melhorar como pessoa, porque as competências de um grande vendedor desenvolvem algumas das melhores características dos seres humanos! Todos sabemos que pessoas envolvidas com a área comercial jamais a trocariam por nenhuma outra atividade: é apaixonante nos relacionarmos com as pessoas, participando de suas histórias de vida, crescimento humano e profissional.
Na era em que vivemos, onde os clientes possuem tanta informação, são abordados por inúmeros concorrentes e pelos mais variados canais de venda, nosso grande diferencial consiste em aprendermos efetivamente a FAZER A DIFERENÇA. Não se trata de um mero jogo de palavras, mas de uma postura muito especial diante da vida e da profissão!
A maioria dos profissionais de venda ainda interage com clientes pensando no que vão conseguir deles (pedidos, comissão, etc.). Cabe a nós interagir como quem traz contribuições para a vida e prosperidade deles. Somos responsáveis pelo estado de espírito, emoções, informações e soluções que encaminhamos até eles, somos responsáveis pela maneira especial como fazemos isso. Outras pessoas podem fazer o que fazemos, mas ninguém poderá fazê-lo COMO fazemos. Nosso “COMO” deve ser especial!
Antes de cada interação com um cliente é fundamental refletir:
• O que tenho de especial para oferecer a ele?
• De que maneira devo oferecer?
• Como posso tornar esta oferta especial?
• Que contribuição darei a ele além das advindas do negócio?
• Como eu me torno parte da história deste cliente?
• Ele se lembrará de mim? Como?
Estas breves reflexões nos ajudam a vender melhor e a oferecer sempre excelentes contribuições para nossos clientes. As pessoas esquecem de tudo o que é comum e cotidiano, mas se lembram eternamente do que é diferente, inovador e significativo. Jamais nos esquecemos das pessoas que nos ajudaram a crescer. Por que alguém esqueceria de nós se fizermos o mesmo? Cada uma das nossas interações com clientes possui o potencial de ser memorável, cabe a nós concretizar este potencial. Saberemos que conseguimos se deixarmos saudades…
A saudade é a melhor análise de desempenho para profissionais que trabalham com pessoas! Ela mede a qualidade do relacionamento e os benefícios que ele proporciona. Grandes vendedores são seres humanos especiais, que contagiam e se dedicam a oferecer sempre o seu melhor. Nada supera o prazer de saber que somos esperados e bem vindos.
Paixão por vender é paixão pela vida e pelos desafios que a tornam tão especial e digna de saudades…
Ah!, agora me permitam atender a mais um cliente, afinal, o mundo gira quando efetivamos uma nova venda…
Um grande abraço e até a próxima! Muito sucesso, sempre!
Até pouco tempo atrás jovens em idade de escolher carreira só viam pela frente duas perspectivas: Fazer faculdade e fazer carreira executiva ou técnica em uma grande empresa ou se tornar um profissional autônomo, como médico ou advogado. Abrir um negócio próprio não era uma opção para quem escolhia prosseguir os estudos na universidade. Famílias tinham preconceito contra empreendedores porque estes escolhiam o caminho mais ‘fácil’, afinal, ter um negócio próprio não exige qualificação e todos os negócios eram de pequeno porte e de subsistência.
Esta visão felizmente mudou de alguns anos para cá. Histórias de empreendedores bem sucedidos, que criaram negócios inovadores e atingiram rapidamente o sucesso financeiro começaram a se disseminar com facilidade e ajudaram a desmistificar a idéia do negócio de subsistência. No final dos anos 90, com a onda das empresas de internet, a chama do empreendedorismo acendeu de vez entre os jovens que pensavam em seus rumos de carreira, gerando uma dúvida saudável sobre suas opções de futuro.
Ser dono do próprio nariz! Não precisar dar satisfação a ninguém sobre seus atos. Ter a liberdade de trabalhar quando quiser e fazer seu próprio horário. Comandar, ao invés de ser comandado. Poder criar, inventar, experimentar, aprender, até mesmo errar e aprender com os próprios erros, algo impensável na situação de empregado. A satisfação de superar os desafios, de construir algo para si, para a vida e para as futuras gerações. O status de ser empresário, o prazer de trabalhar em algo que gosta, além de, é claro, os ganhos financeiros cujo céu é o limite! São tantos benefícios em ser empreendedor que não dá para entender porque as pessoas ainda querem ser empregados, não é?
Bem, na verdade o céu dos empreendedores não é tão azul e brilhante assim. Todos os dias vemos novos negócios pipocando pela cidade. Todos os dias vemos empresas fechando na cidade. Esta é a dura realidade. Para cada 100 novas empresas abertas, 56 não chegam a completar sequer 4 anos de vida, segundo estudo do Sebrae. Esta alta taxa de mortalidade se deve a vários fatores, mas um dos principais é a má preparação dos empreendedores. A maioria tem até boas idéias, mas não sabe estruturá-las na forma de um plano abrangente, real e eficaz. Muitos são excelentes planejadores, mas não conseguem colocar seus planos em ação, ficam fazendo planos, levantando dados, buscando melhorar ainda mais seu plano e adiam o primeiro passo indefinidamente. Há ainda os que têm tudo para conduzir um bom negócio, mas carecem dos recursos financeiros para tal empreitada.
Somente quem se aventura a iniciar um negócio próprio tem idéia das dificuldades que surgem no caminho. Problemas com empregados, problemas com sócios, problemas de decisões de investimento com base em poucas informações ou informações não confiáveis, problemas com fornecedores, problemas com o mercado que não atende suas expectativas, problemas financeiros, etc. Isso sem contar que aquela tão propalada imagem de fazer o próprio horário e trabalhar apenas quando quiser está longe da realidade da maioria dos empreendedores. A prática mostra que empreendedores acabam se dedicando até mais do que quando eram empregados. Eu já tive a satisfação de conhecer alguns destes pequenos empresários e ouvir seus testemunhos sobre estes e outros problemas. Posso assegurar que eles representam uma categoria de profissionais que podem ser considerados verdadeiros ‘heróis’ por suas conquistas e determinação.
Então, você chegou à conclusão que não tem vocação para herói, não é? A alternativa de ser empregado até que não é ruim, você tem um salário que cai na sua conta todo mês, perspectivas de carreira que o permitem sonhar com cargos executivos, vários benefícios, sendo alguns assegurados pela legislação trabalhista e, dependendo do empregador, alguns específicos bastante interessantes como assistência médica, previdência privada, creche, restaurante, vale-transporte, convênios, entre outros. Além disto, você recebe toda a estrutura que precisa, desde móveis e espaço físico até computador e celular. Isso sem falar nas possibilidades de receber parte dos lucros da empresa e na segurança que representa um emprego.
Eu disse ‘Segurança no emprego’? Ora, mas onde estou com a cabeça! Será que alguém ainda acredita que existe ‘segurança no emprego’? Ou será que a situação econômica na qual o país e o mundo se encontra e as ameaças que não tem nada a ver com a empresa que nos emprega? Não, não dá para pensar que ainda existe segurança no emprego nos dias turbulentos de hoje. Eu também falei em perspectivas de carreira? Não vamos nos iludir, grandes empresas se tornam cada vez maiores, aumentando a competição para chegar ao topo. Salvo organizações em mercados francamente em desenvolvimento, nas demais, este caminho rumo ao topo é lento e cheio de obstáculos. Garantia de salário também pode ser outra armadilha, pois ele continua sendo fixo. As perspectivas de remuneração, na grande maioria das empresas, não é muito grande, pois caminham sempre em faixas ou bandas compatíveis com promoções para cargos maiores. Além de tudo, trabalhar sob o jugo de um chefe, não ter autonomia para tomar decisões ou fazer coisas diferentes e estar amarrado a uma descrição de cargo são fatores relevantes para quem tem necessidade de liberdade.
E então, qual é a resposta correta? É melhor ser empresário ou empregado? Ser dono de um negócio ou perseguir uma carreira executiva? Acho que podemos chegar à conclusão que ambas as alternativas têm pontos positivos e negativos. A questão é até que ponto os pontos positivos e negativos estão alinhados com seu perfil pessoal. Até que ponto estes aspectos representam alguma aderência com seus próprios princípios, valores e crenças. Quando se é jovem, este tipo de análise não é fácil, as coisas não são tão claras e a dúvida é sempre difícil de resolver.
Felizmente esta decisão não precisa ser tomada no momento de escolher a profissão. E a escolha da profissão pode ser feita com os mesmos critérios que sempre foram tomados: em termos de vocação profissional. A carreira, por outro lado, pode ser escolhida depois, mesmo depois de formado e até já empregado em alguma empresa. Com alguma maturidade e experiência fica mais fácil fazer a análise dos prós e contras entre as duas opções de carreira. Depois de alguns anos atuando na profissão também é possível mapear melhor o perfil empreendedor para saber se este caminho é o mais recomendável. Ou seja, ser empreendedor pode ser uma decisão tardia e eu diria mais, é mais fácil começar como empregado e depois mudar para empresário do que começar empresário e depois tentar entrar no mercado de trabalho. Embora a sociedade já veja o empreendedor com olhos menos preconceituosos, os departamentos de recrutamento e seleção das empresas ainda não estão acostumados a encarar um currículo de um empreendedor de forma positiva. Ainda!
A questão de sucessão é um processo decisivo nos empreendimentos familiares, pois é uma etapa onde as mesmas deverão alcançar o sucesso e a permanência do negócio num cenário cada vez mais globalizado e competitivo, sendo, sem dúvida, um diferencial entre as organizações que fracassam e as que prosperam. É nessa perspectiva que exige desse modelo de negócio um elevado grau de profissionalização e capacitação dos administradores, os quais são responsáveis por decisões imediatas que podem influenciar nos resultados de suas empresas. A necessidade de capacitação profissional desses administradores pode ser um problema ainda maior em empresas familiares, pois estas geralmente enfrentam dificuldades no processo sucessório, especialmente na construção de um plano estratégico e na diferenciação entre o papel dos herdeiros e o dos sucessores.
Planejar o processo sucessório é uma das decisões que mais geram conflitos na gestão familiar, pois envolvem aspectos como a escolha de um membro familiar com perfil capaz de sustentar a empresa e garantir sobrevivência do negócio através de uma visão empreendedora alinhada as exigências de mercado.
Geração Y e Z
Será que os jovens da geração Y (18 a 29 anos) terão o prazer e paciência de gerir empresas com modelos conservadores, ausentes de tecnologia e com identidades ultrapassadas? E os mais novos, a geração Z (6 a 17 anos), nascidos na era digital que são impacientes, comem e dormem abraçados com celulares ultramodernos com acesso a redes sociais?
É sabido também que pode existir a possibilidade da próxima geração não estar interessada ou devidamente preparada para assumir o comando dos negócios, é preciso definir claramente qual o perfil de liderança que será necessário para o futuro da organização e não deixar que questões pessoais interfiram na atuação profissional dos membros da família comprometendo a perenidade da empresa.
Penso que o provérbio, tão comumente conhecido entre nós, “Pai rico, filho nobre, neto pobre” está com os seus dias contados. Muitos gestores de empresas familiares não enxergaram ainda que os filhos não estão entendendo a empresa como um negócio. Os “filhotes” são inseridos em cargos estratégicos agindo quase sempre de forma arrogante, desrespeitando outros colaboradores e aniquilando a empresa.
De acordo com Drucker (2001), Se familiares medíocres ou preguiçosos forem mantidos na folha de pagamento, o respeito que toda a força de trabalho tem pela alta administração e pela empresa como um todo é corroído rapidamente. As pessoas competentes que não fazem parte da família não vão ficar. E os que ficam logo se transformam em cortejadores e bajuladores (DRUCKER, 2001, p. 151).
A Desordem da Sucessão
O processo sucessório é tratado como um momento desordenado, sendo tarefa complexa preparar as células de uma família para assumir uma postura profissional, uma vez que é comum que requisitos profissionais e pessoais entrem em conflitos, provocando choques e interferências nas relações familiares e empresarias. Neste sentido Rosário (2010) salienta que a gestão familiar provoca inúmeras vertentes de discussões, onde a mesma tem uma forma organizacional condizente a críticas, porém há grande relevância na sua sobrevivência, principalmente devido aos resultados que são proporcionados na economia do país.
De acordo com Oliveira (2010) No Brasil, existem dados que afirmam que a vida média das empresas não familiares é de 12 anos e a das empresas familiares é de 9 anos; apenas 30% das empresas familiares passam para o comando da segunda geração e, pior ainda, apenas 5% passam para a terceira (OLIVEIRA, 2010 p. 4).
O crescimento das empresas familiares estão amparados por valores tradicionais e focados em interesses de sobrevivência familiar. Atrelado a este cenário de atividades tradicionais está às exigências de mercado e as mudanças constantes nos modelos de gestão das empresas, uma vez que todas buscam vantagem competitiva. É perceptível que garantir a permanência no mercado ou mesmo crescer, nos dias atuais, vem tornando-se uma tarefa cada vez mais árdua.
Plano Estratégico Sucessório
O plano sucessório das empresas familiares deverá representar para essas organizações uma tomada de decisão coerente já que sua sobrevivência repousa, em grande parte, no êxito desse processo. Diante de todas essas considerações, deparamo-nos com a seguinte questão: como as empresas familiares estão agindo diante da complexidade do processo sucessório? A perenidade das empresas familiares não envolvem apenas aspectos econômicos e financeiros, mas situações delicadas e no âmbito subjetivo e afetivo.
Sobre o cenário de sucessão Bernhoft (1989, p. 23) afirma que o processo sucessório na empresa familiar é assunto relevante e ao mesmo tempo delicado. Não pode ser tratado apenas sob aspectos puramente lógicos da administração, pois envolve pontos efetivos e emocionais, relacionados com a própria estrutura familiar. Existem seis pontos focais fundamentais que devem ser encarados para que esse processo não comprometa a sobrevivência da empresa. São eles: o sucedido, o sucessor, a organização, a família, o mercado e a comunidade.
Portanto, considerando o artigo de grande relevância para o administrador contemporâneo analisar a perspectiva das empresas familiares no tocante ao processo de transição para seus sucessores, avaliando a organização de forma a diagnosticar o estágio em que se encontra o processo sucessório e quais ações estratégias estão sendo adotadas através de uma visão de curto, médio e longo prazo.
O ciclo de vida da empresa familiar está vinculado diretamente ao processo sucessório, portanto, deve haver um profissionalismo da sucessão empresarial onde o sucessor deve possuir características empreendedoras necessárias e conhecimento da empresa que passará a administrar. Os sonhos dos filhos não estão alinhados ao dos pais. Então, obrigar os filhos ou parentes assumirem a empresa pode representar uma evaporação dos negócios em curto e médio prazo. Sucessão Familiar é inovação, reengenharia e profissionalização.
BERNHOEFT, Renato. Empresa familiar: sucessão profissionalizada ou sobrevivência comprometida. 2. Ed. São Paulo: Nobel, 1989. DRUCKER, Peter F. O melhor de Peter Drucker: a administração. São Paulo: Nobel, 2001. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Empresa familiar: como fortalecer o empreendimento e otimizar o processo sucessório. 2. Ed. São Paulo: Atlas, 2010. ROSÁRIO, Itamiris Andrade. DESAFIOS DA GESTÃO FAMILIAR: um olhar teórico sobre as influências dos valores familiares no processo decisório das MPEs. 2010. Monografia – Faculdade de Ciências Humanas e Sociais – AGES, Paripiranga/BA.
Um negócio lucrativo surge através de clientes fidelizados, consumidores encantados por seus produtos e serviços que retornam e trazem amigos com eles! Por isso, nas questões cotidianas de marketing, não podemos nos esquecer da importância de agregar valor aos nossos produtos associando-os a um serviço de extrema qualidade e adequação. Atender às expectativas dos clientes através de um serviço apropriado, eficiente e cativante representa importantíssimo diferencial competitivo capaz de incrementar a lucratividade das relações comerciais.
Mesmo que um produto seja líder de mercado, não pode e não deve estar desamparado de uma excelente estratégia de serviços associados. Esta estratégia incrementa a fidelização de clientes, pois permite que você interaja com eles um maior número de vezes, oferecendo suporte, soluções adicionais e validando aspectos fundamentais da sua proposta de valor. Este processo estreita o vínculo e incrementa a relação de confiança entre o cliente e sua empresa. Acredite, a maioria dos clientes sentem-se abandonados após a compra.
Porém não creia que apenas uma ligação de pós venda para mensuração da satisfação com a compra seja suficiente: clientes possuem expectativas bem superiores a estas “mesmices”. Mantenha aberto um canal de comunicação, evidencie de maneira clara o que você pode fazer por eles, estabeleça proximidade e disposição evidentes em participar continuamente do processo de ajudá-los a realizar seus objetivos!
Alguns pontos fundamentais a oferecer a seus clientes:
• Contato fácil e acessível aos horários de conveniência dos clientes;
• Respostas ágeis;
• Diferentes níveis de serviços e suporte apropriados aos diferentes tipos de clientes;
• Retorno no tempo combinado;
• Múltiplas opções de solução para casos controversos que implicariam a perda do cliente;
• Canal ativo e receptivo para serviços;
• Acompanhamento até a solução efetiva do problema, etc.
Três erros muito comuns que você deve evitar:
1. Oferecer apenas serviços básicos – aquilo que é frequentemente oferecido por seus concorrentes não o diferenciará, busque cuidar dos aspectos que a concorrência não atende.
2. Falta de investimento na estrutura dos serviços – uma boa estratégia de serviços requer investimento de tempo (dedicação) e recursos. Lembre-se que não investir em serviços pode prejudicar para sempre seu relacionamento com seus clientes. Não confunda custo com investimento!
3. Perder a oportunidade de prestar um excelente serviço – clientes demandam por vários tipos de diferentes de serviços durante o tempo que possuem determinado produto (consultoria, instalação, manutenção, upgrade, suplementos, reparos, adequações e modificações, etc.). Há inúmeras oportunidades de serviços “after sales”, muitas delas mais lucrativas que o próprio produto em si. Não desperdice estas oportunidades. Manter o cliente comprando é muito, mas muito mais importante do que apenas vender a ele. Cada oportunidade de relacionamento com o cliente constitui um importantíssimo momento da verdade, que pode e deve ser usado para incrementar sua satisfação e percepção de valor sobre nossa marca, produtos e serviços.
Utilize a estratégia de serviços a serviço do Marketing. Seus clientes agradecerão. Seus lucros também!
Nos Estados Unidos existe a expressão “the apple of my eyes”, que é algo equivalente à expressão “a menina dos olhos” em português. Ambas se referem àquilo que é preferido, ou mais importante. Esta “maçã”, em negócios, é o marketing!
Atividades como a análise do mercado e seus players, pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e serviços, estratégias de comunicação, precificação, distribuição e venda, entre outras ações coordenadas pelo marketing são de fundamental importância para o sucesso dos negócios.
Da perspectiva do marketing podemos entender as razões do sucesso de algumas das empresas mais admiradas do mundo. Já que citamos maçãs, vejamos algumas reflexões sobre a Apple.
Quando do lançamento do ipad, várias críticas na imprensa ironizavam que se tratava de um “iphone que não fazia ligações e tomou esteróides”, como se fosse um mero brinquedinho a mais…
Acontece que Steve Jobs e a Apple são mestres em entender as tendências e oferecer a seus clientes mais do que eles esperam e ao mesmo tempo estimular o desejo dos clientes por mais.
Em um período onde o Kindle e outros leitores de e-books já haviam sido lançados, a Apple mais uma vez cria e redefine uma categoria com o lançamento do ipad, que, muito mais que uma nova opção de e-reader, é uma central convergente de entretenimento e produtividade on the road.
Percebendo que os netbooks não eram bons em nada, a Apple redefine o conceito de tablet de acordo com um perfil muito bem estudado de seus clientes e prospects. Ao lançar o ipad, a empresa dinamizou e acelerou em anos o crescimento do mercado de e-books e aplicativos em mais uma genial sacada de marketing.
Claro que, quando você usa o ipad, começa a desejar que ele tivesse mais flexibilidade, compatibilidade, assim como quem usava o iphone, em seu lançamento, também desejava que as funções copy, paste e gravações de vídeo estivessem disponíveis.
É óbvio que a Apple não se esqueceu de nenhuma delas. Estas funções estão sempre programadas dentro da estratégia de obsolescência programada e upgrades de software que mantém os usuários ávidos pelas novidades. A empresa é expert em inovação e referência nesta estratégia mercadológica. Agora mesmo, quando vários mercados, inclusive o brasileiro, consumiram massivamente o ipad, chega o ipad 2, com duas câmeras e uma série de novos apelos “nice to have”…
Importante observar que mesmo não sendo a pioneira nos tablets e e-readers, a Apple, com sua consistente postura de marketing, cativou muito mais clientes (inclusive os que não eram mac-maníacos) que suas concorrentes. A concorrência, então, é “obrigada” a fazer maiores esforços de marketing sobre seus produtos. A questão é que agora o mercado já está dominado pelos ipads.
Pode parecer que o negócio da Apple seja tecnologia, mas na verdade é MARKETING! A empresa administra muito bem a marca em seus aspectos objetivos e subjetivos, em suas particularidades tangíveis e intangíveis, e sempre soube explorar bem a figura de seu fundador em sintonia com os anseios de seus clientes. A Apple sabe fazer com excelência com que seus clientes se apaixonem pela marca e tenham atitudes constantes de legítimos defensores e multiplicadores.
Certamente você já viu o adesivo da maçãzinha orgulhosamente exibido nos carros de seus apaixonados proprietários. Mas reflita comigo, você já viu algum carro por aí com adesivos “Eu amo meu celular X”, ou “Eu amo meu computador Y”? A empresa é a maçã do marketing. Usar produtos da Apple é, para seus clientes, a manifestação de um estilo de vida, assim como é a Harley Davidson para os motociclistas, outro exemplo de excelente gestão de marketing.
O orgulho de ser cliente e usuário de uma marca com alto índice de identificação gera um comportamento de defesa da marca e multiplicação maior que qualquer outra estratégia de comunicação.
Vale lembrar que muitos criticam esta prática de obsolescência planejada rápida e com algumas restrições impostas aos seus usuários em função de suas parcerias e interesses estratégicos. Mas surpreende a maneira como a empresa tem gerenciado estas questões sem permitir que a marca sofra graves arranhões. Trata-se de um case de marketing realmente digno de admiração e acompanhamento, simpatizemos ou não com o estilo da estratégia.
Em marketing, os desafios são crescentes. Liderar um segmento é, sem dúvida, o maior desafio e a situação onde há maiores pressões e riscos envolvidos. Se Newton teve o insight das leis da gravitação observando a queda de uma maçã, podemos obter vários insights interessantes sobre marketing observando a ascensão contínua da Apple!
Continuemos observando como a empresa enfrentará seus desafios crescentes, como dará continuidade a sua estratégia de criar e redefinir categorias e como administrará uma possível e lamentável falta de Steve Jobs, ícone e sinônimo da marca. Grandes desafios requerem grandes profissionais!
Hoje é o dia em que iria realizar um grande evento para divulgar minha empresa e meus produtos. Ia ser lindo, uma palestra com um professor de uma escola renomada, um coffee break caprichado, uma sessão de debates sobre o assunto que minha empresa é especialista e depois a abertura oficial de uma grande campanha promocional dos meus produtos. Uma equipe de 30 representantes comerciais estaria a postos para atender toda a demanda que viria logo depois do evento. Todos os nossos parceiros estariam presentes. Acho que receberíamos umas 180 pessoas. Depois, iríamos colocar o evento na internet , no nosso site, para que mais pessoas possam ver a seriedade com que tratamos o assunto. Ia ser demais, íamos efetivamente nos posicionar de forma definitiva no mercado.
Porque eu não realizei este evento? Por causa do meu advogado. Até agora me arrependo de tê-lo consultado sobre o evento. Na verdade, eu apenas gostaria da visão dele sobre o contrato que eu estava fechando com o palestrante. No meio da conversa, ele viu que havia uma cláusula de cessão de direitos de imagem e me perguntou o porquê daquilo. Eu expliquei que era para divulgar no Youtube depois. Aí ele perguntou se eu também estava pedindo autorização de uso de imagem para as pessoas que viriam ao evento. ‘Os convidados?’ perguntei. Diante da confirmação, eu falei que era uma bobagem sem sentido, como eu iria pedir para 180 pessoas assinarem um termo de direito de uso de imagem? Parecia ridículo e eu nunca vi isso em nenhum evento que participei. Afinal, quem vai aparecer seria o palestrante. O conteúdo é dele e é ele quem tem que autorizar que sua fala seja vista por mais pessoas.
Meu advogado insistiu. Disse que eu teria que me assegurar que ninguém a audiência aparecesse no vídeo, apenas o palestrante. ‘Isso é ridículo!’, retruquei novamente. Para isso eu não preciso do evento, basta contratá-lo, gravar a palestra só com ele e publicar o vídeo. O interessante aqui é justamente mostrar a dimensão do evento, mostrar o auditório cheio, todos envolvidos na apresentação. Se não filmar as pessoas, perde o sentido. Meu advogado me alertou então dos riscos que eu correria de qualquer pessoa na audiência, ao se ver no vídeo na internet, entrar com uma ação de uso indevido de imagem e nos processar por isso.
Fiquei atônito. ‘Como assim? Porque alguém faria isso? Se aparecer alguma imagem desta pessoa, vai ser só de relance. Ninguém está lá fazendo qualquer coisa errada, é um evento profissional, só com executivos em uma situação de trabalho. Do que você está falando?’ Ele reafirmou que o risco sempre existe e que o mais recomendável seria obter esta autorização de todos os presentes. Seguiu-se então um bate-boca no qual ele citou exemplos de processos movidos por pessoas filmadas na rua, que se sentiram constrangidas pelas imagens e que nunca podemos saber o que as pessoas pensam e por isso temos que nos preparar para tudo. Sobre o fato de que ninguém faz isso, ele foi categórico: “Eles não tinham um bom advogado que os assessorasse e correram riscos desnecessários. Como você sabe se este problema não aconteceu em algum destes eventos que você foi?”
Desisti do evento. Fiquei com medo. Mas fiquei pensando também. Para que servem advogados? Para nos implantar este medo? Para que nós tomemos a decisão de assumir o risco que ele identificou e ele lava suas mãos se o risco acontecer em uma postura do tipo ‘eu te avisei’? Até onde vai este compromisso dele com o que realmente faz sentido? Será que, se ele tivesse visão de negócio, se conhecesse melhor o impacto positivo do evento para o negócio, ainda assim olharia só o aspecto legal do risco ou saberia balancear melhor as duas visões e me dar conselhos mais efetivos? Este meu advogado se gaba de ser um dos melhores, conhece todas as leis, mantém-se sempre informado sobre tudo na sua área, possui vários cursos de especialização e é autor de vários livros sobre legislação. Se ele faz uma recomendação sob as bases legais, quem sou eu para contrariá-lo? Só que agora fico imaginando se é preferível ter o melhor advogado do Brasil ou ter o melhor advogado para o meu negócio. Enquanto não me resolvo, continuo tremendo toda vez que tenho que consultá-lo.
Com certeza você, dono de um pequeno negócio, já deve ter ouvido em diversas situações que o futuro que todo pequeno negócio deve almejar é o crescimento até se tornar uma grande empresa, certo? O tema foi inclusive explorado pelo Estadão desta semana. Os argumentos são muito fortes para sustentar este objetivo. Empresas grandes possuem um patrimônio que lhes dá sustentabilidade e solidez, seu poder de barganha aumenta, sua capacidade de atrair talentos também, assim como as melhores oportunidades surgem para quem tem grande porte.
Bem, e se eu lhe disser que você deveria pensar em ser uma grande empresa ao invés de ser uma empresa grande? Veja bem, não é a mesma coisa. Uma empresa grande é grande em tamanho, têm milhares de funcionários, várias unidades de negócios, grande cobertura geográfica, faturamento na casa dos bilhões e uma grande visibilidade, principalmente na mídia especializada. Já uma grande empresa, pode ser pequena ou, normalmente, média, em tamanho. Ela na verdade é fabulosa, tem poucos negócios, mas são as referências nos respectivos setores. Seus funcionários, que não passam de algumas centenas ou até dezenas, são grandes talentos e têm orgulho do lugar onde trabalham. A marca não é globalmente conhecida, mas é respeitada e admirada por quem conhece.
Bem, esta é a idéia que Bo Burlingham traz com o seu livro ‘Small Giants – Companies that choose to be great instead of big’ (Pequenos gigantes – Empresas que escolheram ser fabulosas ao invés de grandes). Neste livro, Burlingham traz alguns motivos para o empreendedor repensar sua estratégia de se tornar grande:
1) Manter-se pequeno dá ao empreendedor a autonomia na tomada de decisões. O empreendedor continua com o negócio sob seu controle, não precisa dividir as decisões com várias pessoas como em uma grande organização. O dono do negócio pode decidir que prefere abrir mão de lucros para poder testar novos mercados em um determinado ano, uma empresa grande não tem esta opção.
2) Pequenos grandes negócios possuem uma identidade, uma ‘alma’ que permeia toda a cultura interna e que se perde quando ela cresce demais. Isso é importante porque dá aos funcionários um senso de pertencimento, garante sua individualidade e o faz sentir-se como parte de uma família. Os funcionários são valorizados como pessoas e não como recursos. As pessoas têm contato direto com os sócios da empresa e este contato aumenta o alinhamento deles com a visão dos donos. As relações não são frias e impessoais como nas grandes, mas próximas e calorosas como sempre deveriam ser.
3) Na medida em que a empresa cresce, o prazer de empreender vai dando espaço às obrigações por resultados. A burocracia toma o lugar da liberdade. A pressão por cumprir os indicadores substitui a espontaneidade e a autonomia. Os controles e processos passam a ser mais importantes do que a adrenalina de um novo negócio. Cedo ou tarde, o empreendedor descobre que perdeu o que mais preza, sua independência.
4) Empresas menores se concentram em fazer pouco mas fazer bem. Seu direcionador para o futuro é a excelência e a qualidade e não o volume e a massificação. Pequenos grandes negócios entendem que todo crescimento tem um custo e as vantagens de ser grande não se sobressaem aos benefícios de ser pequeno. Eles regulam a demanda do mercado através de preços Premium e por isso conseguem investir mais na criação de valor para o cliente ou inovações para o mercado.
O importante a salientar aqui é que o crescimento é necessário e importante, afinal, ninguém quer manter seu negócio na linha da sobrevivência. O problema surge quando o empreendedor não estabelece um limite para este crescimento e acha que quanto maior, melhor. Não podemos culpar o empreendedor por esta mentalidade, afinal, mercado, concorrentes, clientes, investidores, sócios, funcionários, parceiros, fornecedores, sociedade, todos exercem forte pressão pelo paradigma do crescimento contínuo. O empreendedor precisa ter a frieza de fazer a auto análise e se perguntar: ‘Ter uma empresa grande vai ser bom para mim? É isso que realmente eu quero?‘
Lembre-se, ser pequeno ou médio não é um defeito e nem precisa ser considerado como um estágio intermediário que todas as empresas precisam passar para avançar ao status de grande. Ser grande não é o único caminho. Como bem dizia uma antiga propaganda de uma distribuidora de combustíveis, você não precisa ser o maior para ser o melhor.
Visão de futuro é uma das características comuns em empreendedores bem sucedidos. A capacidade de vislumbrar um futuro no qual o empreendedor e seu empreendimento estarão dentro de alguns anos é uma competência que poucos dominam de verdade. A maioria confunde visão de futuro com sonho ou com objetivos. Visão não é nem uma coisa nem outra.
Sonhos são desejos, quimeras, são distantes e inalcançáveis, não têm finalidade prática para o empreendedor. Uma jovem sonha em encontrar seu artista favorito, uma criança sonha em conhecer a Disney, um trabalhador do campo sonha em ficar rico, uma solterona sonha em se casar com um galã de cinema. Os sonhos, invariavelmente, navegam pelas águas do impossível, da utopia, do irrealizável.
Objetivos, por outro lado, são, vejamos… objetivos! São concretos, bem definidos, fáceis ou difíceis de se atingir, mas todos são atingíveis, são factíveis. Objetivos bem definidos estão relacionados com prazos, são quantificáveis e posicionados dentro de um contexto de planejamento, fazendo parte de um objetivo estratégico e composto por uma ou mais métricas de desempenho que atuam como metas intermediárias que, uma vez alcançadas, caracterizam os objetivos alcançados.
A visão de futuro se situa entre estes dois conceitos. Podemos dizer que visão é um sonho realizável, um sonho em que se pode vislumbrar sua realização, sua factibilidade. Uma visão se forma quando uma pessoa consegue enxergar a possibilidade real de transformar seu sonho em realidade. Porém não chega a ter a estrutura concreta de um objetivo. A visão permeia o reino do etéreo, da subjetividade, de um futuro ainda difuso e incerto. A visão, ao invés de traçar um caminho claro rumo ao futuro como o objetivo, serve apenas para dar um senso de direção, indicando para qual lado seguir.
Uma metáfora interessante para entender a visão é um farol.
Os faróis se situam na orla do mar, geralmente nos pontos mais extremos de terra para que sejam a primeira coisa que os tripulantes de uma embarcação vejam ao se aproximar vindos do mar. Os faróis ajudam a orientar o caminho das embarcações, ora para impedir que os barcos se choquem contra as pedras, ora para indicar o caminho em casos de nevoeiro, noite ou tempestade. Os marinheiros não vêem o farol como um objetivo, eles não querem alcançar o farol, mas o usam como guia, como um indicador de qual direção tomar, sobretudo se estiverem perdidos e não souberem para onde ir.
Empreendedores são bons em formular visões de futuro. Eles imaginam seus negócios daqui a 10, 20, 30 anos. Eles visualizam em sua mente como eles estarão, enxergam o dia-a-dia de sua empresa, imaginam quantos funcionários terão, que produtos fabricam e comercializam, onde estarão, como serão as instalações, em quantos países estarão presentes. Eles imaginam clientes elogiando seus serviços, funcionários trabalhando felizes, jornais o procurando para dar entrevistas, recebendo convites para dar palestras em universidades, com um excelente padrão de vida para sua família, tudo de bom.
Estudos comprovam que pessoas com clara visão de seus futuros são normalmente mais bem sucedidos do que pessoas que não conseguem ou não querem pensar em suas vidas no longo prazo.
Quanto mais clara sua visão de futuro, maior será sua determinação em realizá-la, mais eficaz será seu planejamento, mais fácil e ágil será seu processo de tomada de decisões estratégicas, mais eloqüente será seu discurso de motivação dos funcionários, mais efetivos serão seus objetivos e metas. Uma visão forte fortalece também o empreendedor, dando-lhe segurança e auto-confiança. As visões também podem mudar com o tempo, pois o contexto geral do ambiente de negócios pode mudar também. Além disso, o empreendedor passa por experiências que o ajudam a contextualizar melhor sua visão e até outras coisas que ele não havia considerado passam a influenciar sua visão de futuro. Nada de errado nisto, só não pode ter dúvidas sobre o que está construindo com seu empreendimento.
Fecho com uma parábola que ilustra bem o conceito e o papel da visão do futuro no nosso desenvolvimento. Uma vez um rapaz passava na rua e viu um garoto atirando pedras. “o que está fazendo rapaz?” perguntou ele. “Jogando pedras na Lua” respondeu o menino. “Ora garoto, você enlouqueceu? Você já tem idade para saber que a Lua está muito distante, você nunca vai acertá-la com pedras. Sabe disso, não?”. O garoto respondeu que sabia, mas que tentaria mesmo assim, e continuou lá, atirando pedras na direção da Lua a noite toda.
E então, você acha que ele algum dia conseguiu acertar a Lua? Claro que não. Mas na cidade dele, nenhum outro garoto atirava pedras tão longe quanto ele! Assim é a visão, uma poderosa ferramenta para seu auto-desenvolvimento, um grande e eficaz motivador e, acima de tudo, uma inspiração que leva todos os empreendedores a adquirir força para sobrepujar os desafios mais difíceis e perseverar a cada queda ou ao enfrentar cada barreira que se coloca no seu caminho. Gaste algum tempo construindo sua visão de futuro.
Quando criado, por Biz Stone (@biz) e Evan Williams (@ev), em 2006, o Twitter propunha que as pessoas respondessem a uma simples pergunta: “What are you doing?” (O que você está fazendo?), em 140 caracteres. Daí surgiu o conceito microblogging – um blog enxuto, algo que se assemelhasse a um diário de anotações rápidas, em que as pessoas escrevessem o que estavam fazendo, pensando, ou onde estavam naquele momento. Mas isto seria muito pouco para fazer do Twitter o fenômeno mundial que é hoje. Desde sua criação até sua popularização, diversos fatos sucederam-se para transformá-lo nesta verdadeira febre digital.
O principal motivo do sucesso do Twitter é atribuído ao fato dele ser o que muitos denominam de um serviço “incompleto”, sem finalidade definida e que, portanto, está sendo diariamente inventado, ou seja, aberto à criatividade dos usuários e programadores. Mas ainda há os que defendem que se o Twitter promove o relacionamento entre as pessoas, ele é apenas mais uma rede social, dentre tantas outras.
Não. O Twitter é muito mais do que isso. É uma extensa rede de relacionamentos, notícias, informações, um canal fantástico de comunicação, que dissemina ideias, forma opiniões e liga pessoas do mundo inteiro, em tempo real. Este artigo vai ajudá-lo a compreender porque o Twitter se tornou este fenômeno mundial, e mais do que isto, levará você a refletir que os mesmos fatores que levaram o Twitter ao sucesso, podem e devem ser considerados em seu negócio.
Dentre diversos motivos para o sucesso do Twitter, destaquei alguns, que exponho a seguir:
1 – É inovador: Conexões unilaterais e valor agregado
Nas redes sociais anteriores ao Twitter, para que fosse estabelecida uma conexão entre duas pessoas, ambas precisavam aceitar o vínculo. O Twitter inovou ao permitir links unilaterais. Assim, você não precisa ser amigo do comunicador Marcelo Tas (@marcelotas), ou dos empresários Abílio Diniz (@abilio_diniz) e Eike Batista (@eikebatista) para se conectar com eles. Você escolhe quem deseja seguir, e passa a ser informado das atualizações que esta pessoa faz. E não são apenas pessoas – Revistas, Jornais, Entidades de Classe, Empresas, Órgãos públicos, Ongs, todos aderiram ao uso da ferramenta. Você tem a possibilidade de filtrar as informações que deseja e ficar com o que realmente agrega valor!
Enquanto nas redes anteriores o que vigorava era a conversa cotidiana, o contato entre amigos, o Twitter veio definitivamente para agregar valor. Assim, para ser seguido, você precisará oferecer um conteúdo relevante. Quem se interessar pelo que você tem a dizer, passará a segui-lo e será atualizado sobre as suas postagens, suas ideias, atividades e projetos. Eu, por exemplo, em meu Twitter (@carloshilsdorf), não escrevo como foi o meu café da manhã, ou se meu vôo está atrasado, como fazem muitas celebridades. Isto não tem a menor importância para quem acompanha meu twitter. Busco oferecer conteúdo significativo para profissionais que desejam aprimorar suas competências, desenvolver habilidades, crescer na carreira. Dou dicas sobre Administração, Marketing, negócios, carreira e comportamento. Procuro atender a uma condição fundamental: agregar valor, oferecer conteúdo significativo àqueles que acompanham meu perfil.
2 – É rápido: Notícias e Informações relevantes na velocidade da luz
Lembra quando você estava em frente à TV e a programação era interrompida por um Plantão de Notícias? Você pensava “alguma coisa importante acabou de acontecer.” Pois é. Mas o fato já tinha acontecido há algum tempo. A emissora precisou enviar uma equipe ao local, o editor montar o texto, o âncora, entrar ao vivo…
Com o Twitter, a palavra “imediata”, ganhou seu real significado. As fontes das notícias passaram a ser as mais diversas, qualquer pessoa pode notificar um fato extraordinário, imediatamente. Para que se tenha idéia, apenas para citar um acontecimento recente, o terremoto de 2010 no Chile foi noticiado primeiramente por pessoas da região em seus perfis no Twitter (antes mesmo das maiores redes de TV do mundo inteiro, e dos órgãos responsáveis pela monitoração de abalos sísmicos da região). Em questão de 10 minutos o assunto já era um dos mais falados no mundo inteiro, nos famosos Trending Topics (os tópicos mais falados do momento).
Assim, assuntos ligados ao jornalismo ocupam boa parte do conteúdo das mensagens. Um grande número de jornalistas e estudantes de jornalismo adotou o Twitter como ferramenta de trabalho. Os profissionais de Marketing e Publicidade também estão com forte presença no Twitter, conectando-se às associações e órgãos ligados à categoria, agências de publicidade, e a portais de conteúdo, como o @Cidademarketing, para o qual tenho o prazer de escrever artigos como este. O mesmo vem ocorrendo com profissionais da Administração e de outras áreas.
3 – É prático: 5 comandos para dominar a ferramenta.
O segredo está na simplicidade! São poucos comandos para o usuário utilizar a ferramenta por completo. Posts com 140 caracteres, envio de mensagens direcionadas, mensagens privadas, seguir um perfil, montar uma lista de contatos. Seu uso é praticamente intuitivo. Isto faz com que as pessoas tenham menos resistência à sua utilização.
4 – Estreita relacionamentos
Passada a euforia de se conectar às pessoas que você conhece, aos famosos, às revistas que você gosta de ler, você descobre que muitas das empresas com as quais você se relaciona também estão no Twitter para te ouvir. Aproveite a oportunidade. Companhias aéreas, redes de livraria, montadoras de automóveis, redes de fast food, todas descobrindo mais um canal de relacionamento com clientes. Lembrando que este canal de relacionamento tem a vantagem de ser verdadeiramente real time, o que permite às empresas que monitoram as opiniões de seus clientes pelo Twitter, agir imediatamente em uma situação emergencial que coloque em risco a imagem da organização. Melhor que qualquer resposta fornecida por uma assessoria de imprensa pelas mídias convencionais, que ocorre sempre com muita defasagem de tempo. O Twitter permite uma ação imediata. Esta mesma particularidade favorece monitorar oportunidades, realizar promoções, veicular campanhas relâmpago frente a um movimento favorável de opinião ou questionamento do mercado. A prospecção já muito utilizada pelas redes sociais adquire possibilidades adicionais com o Twitter!
5 – É avassalador: O poder viral do Twitter
O Twitter demonstrou em diversas ocasiões ser a rede mais poderosa na disseminação de informações. Lembra da Copa do Mundo de 2010, quando internautas fizeram uma campanha criativa “Save the Galvao Birds”? Uma brincadeira bem humorada com o narrador esportivo Galvão Bueno tornou-se um verdadeiro fenômeno de popularidade no twitter, e espalhou-se por todo o planeta em minutos, chegando ao ponto do próprio Galvão Bueno comentá-la ao vivo, durante uma transmissão de um jogo de futebol da Copa do Mundo.
Outro momento histórico em que o Twitter provou sua força de comunicação foi a campanha presidencial dos Estados Unidos, em que a equipe de Barack Obama soube utilizar-se brilhantemente da ferramenta para fortalecer o famoso “Yes, we can.” A opinião de todos os analistas é unânime em reconhecer a importância do uso do Twitter na eleição que consagrou Barack Obama como o 44º presidente dos Estados Unidos.
Hoje, centenas de empresas utilizam técnicas semelhantes e geram muito barulho no Twitter com campanhas e promoções, sempre utilizando mecânicas que ampliem a exposição dentro desta mídia e fazendo com que a repercussão da ação extrapole as fronteiras digitais.
6 – É revolucionário: O surgimento de novos formadores de opinião
A revolução é tão grande que, além das celebridades do mundo real, que também possuem centenas de milhares de seguidores no Twitter, há alguns perfis de ilustres desconhecidos que se tornaram fenômenos de popularidade digital. Pessoas que desenvolveram um conteúdo interessante, atrativo, alguns com caráter de notícias, outros com tom de humor, e que são hoje um grande sucesso no Twitter. Isto nos leva a impressionante conclusão que uma pessoa com cerca de 100.000 seguidores no Twitter e alguns RTs pode ser mais influente que muitos veículos de comunicação.
7 – É inclusivo, flexível, expansível em suas aplicabilidades
Como mencionei no início do artigo, um dos motivos do sucesso do Twitter é o fato dele ser um serviço, em si, incompleto. Não tardou para que outros aplicativos completassem as funcionalidades do Twitter (apenas para citar alguns: Twitcam, Twitpic, Tweetdeck. Twitvid), oferecendo a possibilidade de utilizar a webcam em tempo real, inserir fotos, programar postagens para horários em que você não está disposto a postar. Isso sem falar na mobilidade proporcionada pela utilização dos celulares, smartphones, tablets, que ampliam ainda mais as possibilidades de interação, permitindo acompanhar as novidades sem precisar estar no computador.
E o seu negócio? É ágil? Agrega valor? Está pensado de forma inovadora? Gera experiências que estreitam o relacionamento de sua empresa com clientes e prospects? Monitora tendências e movimentos de seus clientes, antecipando ofertas e sincronizando a comunicação em real time? Reflita sobre princípios de gestão e marketing que estão por trás do sucesso do Twitter e veja o que você pode aplicar hoje mesmo em seu negócio, na empresa em que você trabalha e até mesmo em sua carreira!
O Twitter responde a um anseio profundo do ser humano – comunicar e compartilhar suas ideias, impressões e opiniões ao maior número possível de interessados. Este anseio é comum às empresas que dependem da comunicação para serem vistas, ouvidas, reconhecidas, valorizadas e desejadas… Em tempo: o antigo slogan do Twitter em 2006 “O que você está fazendo?”, transformou-se em 2009 para “Compartilhe e descubra o que está acontecendo neste momento, em qualquer lugar do mundo”, e hoje evoluiu para “A melhor forma de descobrir o que há de novo no seu mundo”. Reflita sobre este fenômeno, e é claro, aproveite isso tudo em favor do sucesso do seu negócio e carreira.
Aguardo seus comentários sobre estas reflexões e as oportunidades que você visualiza através deste revolucionário microblog que faz do imediatismo e da síntese a grande sensação do momento. Nos vemos no Twitter.
Acelerado, incerto, mutável, complexo, exigente, inteligente. Estes adjetivos são, no mínimo, alguns aos quais podemos recorrer para definir os mercados em que pretendemos vencer. Para fazer frente às particularidades destes mercados em mutação acelerada, precisamos de um marketing ainda mais inteligente e ousado.
Um marketing arquitetado sob uma plataforma estratégica inovadora e consistente, que seja capaz de combinar o rigor analítico da era dos algoritmos com a criatividade radical das manifestações underground da arte e da cultura. Estamos falando de um marketing maduro, que compreende que embora a essência do Homem continue, em síntese a mesma, suas manifestações variam a cada segundo e, portanto, também variam os produtos, serviços e a comunicação que a ele se destinam.
Todos sabemos que o salto tecnológico é irreversível, mas é incrível o número de profissionais e clientes ainda apegados a formas tradicionais de marketing (apenas como dado, considere que 54% dos consumidores norte-americanos baniram o telemarketing de suas vidas).
Cada época tem suas particularidades e as melhores empresas e profissionais introduzem o futuro antecipando-se às tendências. Eu e outros colegas estamos sinalizando há bastante tempo sobre a revolução do geomarketing, um marketing extremamente customizado que se vale de tecnologias como a localização por satélite, um bom database, telecomunicação móvel massificada e, por que não, ferramentas de biometria, hoje muito acessíveis.
Como propôs o especialista em estratégia, Michael Kami: “Seu destino não está em suas mãos; está nas mãos do consumidor, da sociedade. As mudanças nas necessidades, desejos e demandas deles lhe dirão para onde você deve ir.”.
A era do Minority Report chegou, mas alguns ainda insistem em “pintar as porteiras de fazendas”…
Realidade aumentada, leitura biométrica com cruzamento de database por afinidade, promoções relâmpago lançadas via torpedo para o seu celular envolvendo geomarketing são assuntos que devem estar em nosso foco de trabalho. No ano passado, a empresa NEC Corporation lançou um protótipo de publicidade digital capaz de apresentar propagandas personalizadas a cada cliente que se aproxima de uma vitrine, arara ou gôndola de loja. Os clientes são reconhecidos por uma câmera digital que processa uma leitura biométrica, reconhece sua idade, sexo e histórico de compras no estabelecimento e seleciona a propaganda mais apropriada caso a caso. Experiências de sucesso com displays acoplados em vitrines que apresentam roupas mais apropriadas ao biótipo dos clientes prometem uma grande revolução no vitrinismo.
A popularização destes sistemas começa agora em 2011 e já há agências brasileiras super plugadas nestas oportunidades de negócios. Embora ainda exista muita polêmica acadêmica sobre o tema, o fato é que em breve você estará entrando em uma loja, sabendo o que seus amigos de redes sociais estão comprando e recebendo promoções personalizadíssimas.
Segundo o especialista em comportamento de consumidores Herb Sorensen, os clientes já não são mais efetivamente atingidos por anúncios estáticos que se incorporam ao layout dos centros de compras, eles estão em busca de algo mais efetivo e sob medida. Nosso celular será um fantástico canal de vendas na era do geomarketing. Empresas maravilhosas como a Editora Abril também estão avançadas em propostas para esta nova era.
Ah! E você me pergunta onde entra Drummond em tudo isso? Bem, é ele quem propõe a reflexão aos que querem continuar saudosistas em termos de marketing nos seguintes trechos de José:
JOSÉ
Carlos Drummond de Andrade
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José ?
[…]
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora ?