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Neoeleitor definirá as eleições em 2014

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A disputa política já está acirrada para as eleições de 2014. E neste ano o caldeirão irá ferver ainda mais com a possibilidade de manifestações como as que ocorreram em junho do ano passado. Sem falar na possibilidade de movimentos contra a realização da Copa do Mundo, que poderão riscar a imagem de quem tenta se reeleger, especialmente a presidente Dilma Rousseff. Está mais do que evidenciado que os conchavos e o ti ti ti pré-eleitoral se avolumam a cada dia. Os candidatos ao cargos do Executivo e Legislativo tanto no âmbito federal e estadual se atacam mutuamente e negociam quem terão ao lado na disputa em outubro.

 

Não será um ano fácil. Portanto, políticos: acordem. Em 2014 há um diferencial que pode ser decisivo nas urnas de todo Brasil. É a influência mais incisiva de um eleitor renovado, cidadão que está ligado 24 horas por dia e que deixou de ser convencido meramente pela tradicional propaganda eleitoral na televisão e no rádio. Trata-se do neoeleitor – o eleitor moderno, digital e que quer ser surpreendido positivamente e que, cada vez mais, deposita interesse em um “portfólio” restrito de políticos com propostas dinâmicas, visionárias e criativas.

 

O Brasil tem aproximadamente 130 milhões de eleitores e o acesso à rede mundial de computadores já ultrapassou os 100 milhões de brasileiros. Os números são expressivos e, por si só, já mostram a importância da web para quem deseja se eleger. Mas não é só no tamanho que a internet importa, mesmo porque nas últimas eleições já havia dezenas de milhões de pessoas plugadas em computadores. É também na nova maneira de relacionamento entre as pessoas. Hoje, não há dúvida, as tecnologias digitais acabaram com a “conversa vertical” entre candidato e eleitor.

 

Antes, o candidato propunha e o eleitor aceitava ou não. Hoje, o dono do voto quer muito mais. Ele se coloca em uma “conversa horizontal” com o candidato. Se o candidato propõe a construção de casas, o eleitor quer saber onde, com qual gasto, como. Se aparece uma promessa de mais qualidade na área da saúde, a preocupação de quem recebe a mensagem é saber se será com a construção de novos hospitais e na contratação de profissionais qualificados ou se é meramente uma proposta sem planejamento.

 

Os políticos precisam reaprender a forma de ganhar votos. Agora, devem caminhar lado a lado com o eleitor. Quem deseja ter sucesso na campanha precisa ser humilde, não somente na aparência. O eleitor conhece mais de internet do que os candidatos ou os partidos. As “marcas” políticas não podem menosprezar este conhecimento e devem apresentar novas formas de comunicação. Aquele velho processo de perfis em redes sociais nada traz de novo e só obtém êxito com quem tem predisposição a votar no candidato.

Se o político já tem bandeiras fincadas, precisa arrancá-las e mudar. Não é uma indicação, claro, para o candidato ser volátil. Mas ele precisa, sim, viver em constante movimento, precisa ser dinâmico. Se o internauta pergunta via web, precisa de uma resposta cabível, longe do padrão de “respostas prontas”. O eleitor precisa ser surpreendido.

Estão os políticos preparados para o neoeleitor? Resposta clara: a maioria não.

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O Plano de Negócio não morreu

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Há pouco mais de 10 anos, fui convidado pelo Sebrae-SP a participar do ciclo de debates que fazia parte da programação do Mês do Empreendedor para falar sobre Planos de Negócios. Eu iria debater com um empreendedor bem sucedido que nunca tinha feito um plano de negócio. A despeito de todos os meus argumentos sobre a importância do plano de negócio, com argumentos bastante racionais ele justificava porque não fazia sentido desperdiçar tempo com este documento que, no fundo, não passava de um exercício de adivinhação. Nesta ocasião eu aprendi muito com ele e revi minhas posições radicais sobre planos de negócios. Desde então tenho me aliado ao crescente movimento que prega a morte do plano de negócio.
Hoje volto a rever os meus conceitos e não acredito mais que o plano de negócio deve ser esquecido. Como tudo na vida, nenhum dos dois extremos representa o melhor caminho para quem vai empreender. O empreendedor não deve escrever um plano de negócio completo para começar a empreender, mas também não pode esquecer de organizar as ideias de como seu negócio vai funcionar antes de tomar decisões importantes durante sua implantação.

 

Em primeiro lugar, para que serve o plano de negócio? Se a sua resposta vai em direção da buscar por uma resposta sobre a viabilidade de uma ideia de negócio, então você está errado. Como o plano de negócio é escrito sob condições de alta incerteza e muitas suposições, nenhuma conclusão sobre a viabilidade do negócio a partir deste documento pode ser tomada como definitiva. A principal finalidade de um plano de negócio é propiciar ao empreendedor um roteiro estruturado para que ele colha informações e dados sobre o negócio para aumentar sua familiarização e domínio dos fundamentos do negócio, em outras palavras, o plano de negócio é uma ferramenta de aprendizado sobre o negócio.

 

Isto posto, a segunda pergunta seria: Qual o melhor momento para escrever um plano de negócio? Se você responder que o plano de negócio deve ser escrito ANTES de começar o negócio, mais uma vez, você está errado. Ao mesmo tempo que o empreendedor começa a agir para colocar seu negócio de pé ele vai reunindo informações que vão compor o plano de negócio. Muitas das incertezas típicas de um plano de negócio imaturo vão sendo dirimidas na medida em que o empreendedor tem contato com o negócio, com o setor, com o mercado, com os concorrentes, com especialistas na área, aprimorando seu aprendizado e refinando suas decisões. Este conhecimento adquirido deve ser incorporado no plano de negócio no lugar das suposições e pressupostos iniciais, tornando o plano mais consistente e confiável.

 

Assim, na fase inicial do negócio não se USA um plano de negócio, mas aprende-se sobre o negócio na medida em que ele está sendo escrito, portanto é verdade que o plano de negócio não serve para nada além desta ferramenta de aprendizado nesta fase. Algum tempo depois, entretanto, quando o negócio já estiver dando os seus primeiros passos, quando as incertezas forem bem menores do que no início e, acima de tudo, quando for necessário convencer alguém a confiar no seu negócio, seja um investidor, um banco, um futuro sócio, um futuro empregado, um potencial parceiro, é o momento em que o plano se transforma em ferramenta de aprendizado para instrumento de venda do negócio. Ainda são raros os investidores de risco que apoiam um empreendimento sem ler antes o plano de negócio.

 

Além disso, mesmo que o empreendedor não use o plano para convencer ninguém, mas é preciso tomar uma decisão importante, como investir em um equipamento caro ou instalações de infraestrutura, também será necessário avaliar o plano de negócio desenvolvido até então, pois neste momento, o plano de negócio vai ajudar a reduzir as incertezas, minimizando assim o alto risco de uma decisão que compromete grandes recursos no negócio. Estes são os dois momentos que um plano de negócio é usado.  Portanto, antes de uma posição tão radical quanto declarar a morte do plano de negócio, precisamos repensar o seu papel, quem deve usá-lo e sob quais condições ele é importante. Esta nova abordagem sobre a utilização do plano de negócio é explorada no meu mais recente livro ‘Plano de Negócios em 40 lições’ escrito em parceria com o Prof. Cândido Borges da Universidade Federal de Goiás e publicado pela Editora Saraiva. Saiba mais em clique aqui.

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Marcas são verbos

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Na era digital nada mais é permanente. O perfil do consumidor muda e o modo como ele enxerga e interage com produtos e serviços também. Já não se pode tratar as marcas como substantivos, fixos e imutáveis, para serem promovidas, ou melhor, transmitidas, via campanhas curtas, egoístas, estáticas, egocêntricas e irrelevantes. Não há mais espaço no marketing moderno, impulsionado por um viés social, para permanecer engessado.

Agora marcas são verbos, flexíveis, e precisam evoluir com as comunidades diariamente, criando conexões emocionais fortes e contínuas, enraizadas e inspiradoras, agindo como facilitadoras de relacionamentos em constante estado de reinvenção, aprendizado e movimento. As empresas que já entenderam este panorama prosperam caminhando e progredindo lado a lado com seus stakeholders.

Importante ponto neste processo são, particularmente, os consumidores das marcas, principalmente aqueles que já são adeptos das tecnologias digitais emergentes há algum tempo. Eles querem ser levados para outros territórios, serem surpreendidos e observar movimento e novidade. Até certo ponto, isso leva a certo desgaste da teoria de posicionamento, propagada por Al Ries e Jack Trout, por conta do avanço da web social.

É interessante algumas marcas que possuem equities enraizados, WalMart por exemplo, encontrarem formas totalmente novas para se relacionar com seus públicos de interesse. Nesse caso, a dificuldade de diferenciação aumenta: quando uma marca tem um equity já muito arraigado, há uma concepção de que já não existem mais histórias a serem contadas.

Dica: esforços em plataformas onde as oportunidades para humanizar a marca são maiores, como o Facebook e o Twitter, devem ser executados com o objetivo de primeiramente transmitir a essência da marca. Se a marca se consolida além do buzz, ou seja, da promoção pura e simples, a confiança do público de interesse e os lucros seguem naturalmente.

Por fim, é importante a consciência de que a tecnologia trata-se apenas de uma commodity de toda esta história. O ponto é aprender diariamente e humanizar o branding, mostrando que há pessoas de carne e osso por trás das marcas. Há também que levar em consideração as características intrínsecas de cada mercado, mas, basicamente, não basta ser diferente na era digital, é necessário ruptura e evolução constantes, numa postura em que nada mais é garantido.

 

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Sociografia: um novo conceito de análise para as marcas

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Um pouco mais de 50 depois de Theodore Levitt escrever o artigo Miopia em Marketing e nos ensinar a jogar fora os velhos espelhos e olhar pela janela, baseando as ações com base no mercado e no cliente, a sociedade e o contexto do consumo mudaram completamente. Hoje, estamos conectados globalmente graças à internet. Este cenário recente, de conjuntura dinâmica e de pessoas conectadas, apresenta um desafio para empreendedores, governos e os profissionais de marketing, que demandam de uma necessidade cada vez mais urgente de entender seu público: Agora, no mundo virtual, devemos falar em Sociografia – estudo e pesquisa do comportamento do internauta.

 

Toda essa conexão global e ágil, que diminui distâncias e propicia uma grande aldeia virtual, não significa a unificação de pensamentos nesta teia de informações. Pelo contrário. Por mais que as empresas e seus departamentos de marketing digital tentem influenciar os seus stakeholders, cada um deles tem perfil, motivações, hábitos e desejo próprios. Compreender estas diferenças, nuances e, principalmente, necessidades é uma parte crucial de qualquer estratégia. É também justamente onde muitos pecam, inclusive o marketing digital.

 

Há certa euforia causada pela evolução tecnológica e a novidade da mídia social. As empresas e boa parte dos ‘especialistas’ de marketing ainda estão com a visão turva, preocupados em identificar as tecnologias sociais utilizadas pelos consumidores, mas não o seu comportamento online, que deveria ser o centro da questão. Toda estratégia sólida na web social começa com pesquisa e aprendizado. É impossível desenvolver uma análise coerente sem traçar, por exemplo, o perfil sociográfico do seu público – alvo, ou seja: Onde ele está? Quem ele influencia e por quem é influenciado? Como ele usa as tecnologias emergentes no ponto de vista da marca e do produto?

 

Até agora, as marcas e empresas, quando se dispõem a entender seu público-alvo, se limitam aos aspectos geográficos (onde o cliente mora), demográficos (idade, gênero, etc.) e psicográficos, ou seja, o que importa para ele. Só que isso não é mais suficiente: Neste mundo digital, onde online e offline são cada vez mais indivisíveis, faz-se necessário estudar também o comportamento do internauta. Por isso, a Sociografia desponta como um fator de peso: Sem ela as estratégias correm o risco de ficar desconexas da realidade, estéreis e míopes.

 

É preciso considerar que nas redes sociais este consumidor pode ser um observador, um compartilhador de conteúdo, um comentarista, um criador ou um curador (não um fã da marca, mas, sim, um conselheiro). O conjunto destes perfis, que podem ser visualizados com um nível de abrangência dos internautas respectivamente menor de um para o outro, é a chamada pirâmide de engajamento. Com a análise sociográfica é possível analisar como os consumidores se relacionam uns com os outros e em que patamar da pirâmide está cada um, direcionando a análise e, assim, melhorar a estratégia.

 

Necessário também é desconfiar dos especialistas em Twitter, blogs e afins. Não se constrói nenhuma estratégia ao redor de ferramentas, pois elas são justamente uma etapa posterior neste processo. Hoje, o consumidor quer ser surpreendido no bom sentido, quer ser levado para novos territórios. Para atender a estes anseios as marcas precisam se mexer, evoluir e injetar dinamismo e criatividade nas suas estratégias, que só terão sucesso efetivo se a pesquisa acima for adotada.

Antes de tudo, busque relevância e o que realmente fará diferença, que encantará seu público, de acordo com os seus objetivos. E, nisto, a análise sociográfica é essencial, pois trata-se de escutar o consumidor de modo mais refinado. Para o pessoal que costuma enxergar de dentro pra fora, tendo a web e o marketing como nada mais que uma caixa de ferramentas, há duas escolhas: abster-se de estudar o comportamento do consumidor online e assim correr o sério risco de assistir o julgamento de sua negligência em praça pública, ou redimensionar sua estratégia atual, evitando desperdícios e verdadeiramente ouvindo seu público -alvo. Você continuará com seus espelhos ou começará a olhar pela janela?

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A “venda consultiva” contraria o Marketing e decreta o fim do negócio

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Que a venda deve ser consultiva em uma era onde este serviço agrega mais valor que o produto é indiscutível, mas venda consultiva é aquela voltada a entender as necessidades e problemas dos clientes, não um simples processo catequizador voltado apenas ao cumprimento de metas.

 

Que tipo de venda consultiva é essa que parte dos produtos/serviços em direção às necessidades do cliente e não destas como fontes legítimas de origem?

 

Venda consultiva, tal qual vem sendo equivocadamente praticada no mercado, funciona assim: “você cliente me diz o que você acha que precisa e eu vou adaptar, qualquer que seja o caso, o seu problema para ser, ao menos, aparentemente resolvido por um dos meus produtos/serviços disponíveis, independente de serem os mais adequados.”

 

Tente comprar um plano telefônico móvel empresarial e seja atendido por um “consultor de vendas”…

 

Você precisa de 5 linhas telefônicas cuja média de utilização não ultrapassa os 250 minutos e ele vai concluir, após “minuciosos cálculos”, que você precisa assinar 15 linhas para que a soma dos minutos de cada uma destas assinaturas se reverta em favor da linha mais usada, além do fato de que suas linhas falam entre si a custo zero, blá blá blá…

 

Faça as contas e você facilmente descobrirá que, na pessoa física, as 5 linhas que você precisa custam, em assinatura, apenas duas das quinze que seu “consultor” diz que você precisa. Alias, tente encontrar o consultor no pós venda para fazer alterações ou cancelamentos… Já sabe, não é?

 

Qual foi a última vez em que um consultor de investimentos financeiros, gentilmente solicitado pelo gerente do seu banco, lhe ofereceu uma aplicação que fosse ao menos tão interessante para você quanto às metas que ele tem que bater mensalmente? Alguém te ofereceu recentemente VGBL como alternativa de investimento e diversificação em ações, sendo seu perfil conservador?

 

O que aconteceu depois? O pior período do mercado de ações em muito tempo, e o VGBL, que não é investimento, perdendo para a poupança.

 

Lembra das duas últimas fantásticas opções de investimento que seu corretor imobiliário apresentou a você?

 

Consultores? Venda consultiva?

 

Onde está o Marketing que não percebe que estas práticas estão arruinando a credibilidade do negócio?

 

Onde está o Marketing que deve zelar pelo patrimônio institucional, valor de marca e fidelização de clientes?

 

Imediatismo e canibalismo comercial disfarçados em uma consultoria de vendas que desconsidera o cliente como um agente a ser encantado e fidelizado é a definição de um anti-negócio. Isso é anti-marketing e vem se tornando um processo crônico no mercado.

 

Felizes as empresas que entendem e praticam os fundamentos de um autêntico Marketing e cuja força de vendas atua, verdadeiramente, de forma consultiva.

 

Afinal, em uma era onde a tônica é a sustentabilidade, garantir o almoço sem saber se existirá um jantar, ou qualquer outra “refeição” futura, é uma total insanidade.

 

Traga o cliente de volta ao negócio, antes que ele perceba que o negócio pode ser definitivamente esquecido!

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Como você recompensa seus melhores talentos?

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Um dos maiores desafios dos líderes de hoje é reter bons talentos. A concorrência por profissionais bem qualificados aumenta na mesma proporção em que estes se tornam mais raros com o sistema educacional vigente no país. Reter bons talentos é uma poderosa arma estratégica que poucos líderes conseguem ser bem sucedidos. Normalmente se dedicam altos orçamentos para recompensas, premiações e bônus, como se dinheiro fosse o principal incentivo para reter verdadeiros talentos. Na verdade, os melhores profissionais sabem que podem conseguir dinheiro em qualquer lugar. Se eles decidem ficar e não cair no canto da sereia do concorrente é por um ou mais motivos mais importantes para eles, que pode variar de pessoa para pessoa entre as seguintes opções: relacionamento com a liderança, ambiente agradável, clima de coleguismo e cooperação, trabalhos interessantes e desafiadores, oportunidades de aprendizado e crescimento profissional, reputação e imagem da empresa, liberdade e autonomia.

 

O segredo dos líderes para reter talentos é descobrir a pessoa que existe por trás de cada profissional importante na sua equipe. Vou ilustrar com um exemplo. Uma vez eu e minha equipe passamos por uma situação bastante exigente, no qual todos tinham que se engajar para conseguir terminar um trabalho emergencial dentro de um prazo exíguo. Alguns se dedicaram além do que eu podia exigir, dentre os quais, Meirelles, que, com sua experiência de mais de 20 anos na empresa, era imprescindível para evitarmos retrabalho.

 

Deixou de lado a família para ajudar na força-tarefa. Foram alguns fins de semana e noites para dar conta do recado. Meirelles era o mais dedicado e foi graças a ele que conseguimos atingir as metas e receber reconhecimento da matriz americana pelos resultados obtidos. Depois que tudo acabou, levei Meirelles e sua família para jantar em um dos mais luxuosos restaurantes de São Paulo na época. Meirelles me contou depois que aquele reconhecimento foi muito importante não só para ele, mas sobretudo para sua família, que sentiu falta do marido e pai, mas entendeu, naquela noite, com os meus elogios regados ao melhor vinho, a importância do trabalho do pai. O valor que gastei naquela noite foi irrisório perto do benefício gerado que, neste caso, foi o orgulho da família pelo bom trabalho do pai e marido. Se usarmos bem o orçamento para recompensar os funcionários com aquilo que é mais importante e valorizado para eles, no caso de Meirelles, a família, você verá que gastará muito menos e aumentará as chances de ganhar a confiança deles. A própria esposa de Meirelles me disse, em outra ocasião, que a concorrência pode oferecer o que quiser para ele que ela jamais o deixará abandonar este emprego.

 

Por isso, esteja sempre próximo de seus funcionários mais importantes, conheça-os bem, entenda o que desperta sua motivação pelo trabalho, mostre para eles o significado do que eles fazem, seja transparente e honesto com eles e estabeleça uma relação de confiança mútua e eles o seguirão para onde você for.

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A contribuição das Redes Sociais no Consumo Colaborativo

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Muitas pessoas estão se questionando hoje em dia sobre a necessidade de comprar tantas coisas quando se poderia alugá-las, ocasionalmente, apenas no momento em que houvesse a necessidade de utilizá-las, e ainda mais com a facilidade e praticidade oferecidas pela internet. Esse é o princípio de serviços on-line que permitem conectar proprietários de produtos subutilizados que queiram disponibilizá-los, de alguma forma, a outras pessoas dispostas a pagar para isso. Baseia-se no conceito de que as pessoas querem o benefício e a experiência que as coisas proporcionam e não necessariamente as coisas em si.

Neste tipo de prática as pessoas procuram alternativas para reduzir o consumismo e o modelo tradicional de aquisição baseado na propriedade individual. O resultado é conhecido como “consumo colaborativo”, uma reinvenção dos antigos comportamentos mercantis de compartilhamento e troca, comércio e aluguel impulsionado pelas novas tecnologias em escala, de mobilidade e localização, ou seja, o escambo da era digital.  O consumo colaborativo é uma quebra de paradigma para a produção em grande escala, propaganda massiva e obsolescência acelerada dos produtos que são produzidos para serem descartados em pouco tempo. Além de, proporcionar uma renda extra para os proprietários e ser menos dispendioso e mais conveniente para os usuários, que podem ter acesso temporariamente a bens e serviços sem que haja a responsabilidade e o custo de adquiri-los.

É uma nova tendência que surgiu em meio à crise econômica vivida pelos EUA, que tem a sustentabilidade como uma das suas principais vantagens, mas que pode também servir de inspiração para o desenvolvimento de novos negócios, como os atuais clubes de aluguel de automóveis, bicicletas, brinquedos, artigos e acessórios de moda, os serviços de troca e revenda de livros, DVDs, jogos e roupas, além dos serviços focados no estilo de vida colaborativo, como a carona coletiva, as moedas sociais, a troca de aprendizado, a divisão de táxi, entre outros.  Há basicamente dois tipos de sites de consumo colaborativo, um voltado para a troca entre os seus membros, onde cada um disponibiliza a lista do que está oferecendo e precisando e a troca ocorre pelos correios ou pessoalmente. O outro tipo é voltado para compartilhamento de itens disponibilizados por empresas para serem utilizados pelos seus membros que realizam um agendamento do período de uso e local de retirada.

As redes sociais e os sistemas de recomendação, que disponibilizam as avaliações, os comentários positivos ou críticas de clientes anteriores e a verificação de amigos em comum, são essenciais para a construção de confiança neste modelo já que há riscos e receios envolvidos, principalmente na troca entre membros desconhecidos de um site. Até porque alugar um apartamento de um estranho em outra cidade, por exemplo, pode ser menos assustador depois de ler depoimentos de outros clientes que utilizaram e recomendaram o serviço.  A motivação para as pessoas aderirem ao consumo colaborativo pode estar relacionada à renda extra, obtida através da comercialização de objetos, espaço ou tempo excedentes, economia de custos ou recursos naturais, solidariedade, socialização, consumo consciente e valorização de práticas sustentáveis no desejo de cortar desperdícios e aumentar a vida útil de produtos.

Empreendedores precisam estar atentos a esse fenômeno de mudança comportamental, que já é uma realidade apesar de ainda incipiente, que além de servir como fonte de inovações para novos e atuais negócios ou produtos, pode também ser parte de uma estratégia focada na construção de relacionamento com uma determinada comunidade ao atender suas preocupações e anseios emergentes, principalmente se for o público jovem. Afinal, eles já nasceram conectados, estão cada vez mais conscientes, informados e usam a internet para gerar mobilização e novas ideias.

 

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Ainda não é a vez da China

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Não é novidade que a China cresce, e muito, economicamente. Há alguns anos deixou de ser o país do futuro e já virou realidade. Mas será que esse aumento de dinheiro se traduz, ou se traduzirá, em liderança global? Minha opinião é que não. É errado afirmar, como muitos já fizeram, que o mundo está, ou estará, “sob a liderança da China”. E não sou somente eu quem afirma. A tese é defendida também por David Shambaugh, especialista sobre China na George Washington University, que lançou recentemente o livro “China Goes Global: The Partial Power”.

 

Vamos aos fatos, com uma visão de Marketing. A expansão da economia chinesa é ampla, mas não profunda. O País tem escala, pois abriga cerca de 1,3 bilhão de pessoas, mas ainda tem um longo caminho a percorrer “fora de casa”. A marca “China” tem problemas. Ninguém no mundo – e acredito que nem os mandatários chineses – sabe o que ela quer e que tipo de poder ela quer ser e exercer. Há claramente uma crise existencial. Marcas e corporações estrangeiras têm dificuldades enormes de atuar no País por condições domésticas problemáticas, que vão desde relações de trabalho antiquadas até problemas políticos e a crescente dissidência de intelectuais e artistas, como é o caso do artista plástico Ai Wei Wei.

 

Quando as empresas chinesas se aventuram fora de seu território, raramente obtêm sucesso. Temos conhecimento de poucas marcas chinesas (Lenovo é exceção no mundo e a JAC aqui no Brasil). Inclusive, nenhuma figura no ranking Interbrand das melhores marcas globais. O mercado dos chineses é dominado por produtos “low-end”, ou seja, com menor preço, para clientes que não desejam ou são capazes de gastar grandes quantias. Há, em suma, muito pouco sentimento e reconhecimento de marcas chinesas.

 

A lista das empresas que mais faturam do mundo da Forbes possui presença de corporações chinesas, mas apenas pouquíssimas (menos de cinco) captam a maior parte de sua renda fora da China. E não para por aí: uma potência mundial também pode ser reconhecida assim por seu poder militar (o que é uma pena). Mas a China se desenvolveu suficientemente para ser uma potência na Ásia, mas sem capacidade de intervenção global. O que se pode afirmar é que os chineses são fortes no campo militar cibernético.

 

É claro que o acontecido até o momento pode ser um pedaço do caminho chinês para o topo do mundo. Mas será preciso um acerto de rota. Os Estados Unidos estão se recuperando. O Japão é sempre o Japão, com seu poder de superação inimaginável. A Europa não ficará em crise para sempre. A China avança, em casa, mas a direção ainda é incerta.

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Não é fácil ser intraempreendedor

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Um dos motivos pelos quais o empreendedorismo não ganha mais força dentro das organizações é que a empresa quer proteger demais seus funcionários. Na ânsia de buscar maior produtividade através da satisfação do funcionário, ela acaba por paparicar demais as pessoas e gera condições que acabam por incentivar mais a lassidão do que o empreendedorismo. Aliás, para falar honestamente, tenho encontrado mais intraempreendedores em empresas tradicionais, burocráticas e arcaicas do que nas empresas modernas e inovadoras.

 

Parece uma contradição, e é mesmo. O verdadeiro intraempreendedor surge normalmente em situações de adversidade, ambientes hostis e agressivos às iniciativas empreendedoras. Como o intraempreendedor é movido a desafio, ele encontra nestes ambientes a provocação que o desafia a levar adiante sua ideia. Ser um intraempreendedor em uma empresa moderna é relativamente fácil, pois a empresa procura criar as condições para que eles se manifestem. Eles contam com toda uma estrutura mobilizada para favorecer a implantação de suas ideias.

 

As empresas reconhecidamente orientadas ao comportamento empreendedor criam condições diferentes para ‘forjar’ verdadeiros intraempreendedores. Quando um funcionário tem uma boa ideia, a empresa não deve bancar sozinha a ideia e assumir os riscos inerentes ao empreendimento. O intraempreendedor também tem que correr riscos. Ao invés de entregar os recursos de ‘mão beijada’ para os funcionários com boas ideias inovadoras, elas colocam empecilhos e dificuldades, do tipo: ‘Faça uma projeção da relação custo/benefício da ideia proposta’ ou ‘Descreva todos os componentes da equipe que serão envolvidos no projeto’. Desta forma, o intraempreendedor precisa se esforçar para trazer argumentos concretos de que vale a pena investir em sua ideia. Outros funcionários desistiriam logo de cara, reclamando que o processo é muito ‘burocrático’.

 

Outra forma é exigir do intraempreendedor uma contrapartida ao risco financeiro assumido pela empresa para o projeto proposto. O pressuposto é que o intraempreendedor de verdade precisa correr algum grau de risco, não necessariamente financeiro. Esta contrapartida pode ser na forma de dedicação de horas extras ao projeto, sem remuneração ou alocação de recursos pessoais como contatos ou conhecimento e sem nenhuma garantia que haverá uma recompensa no final do processo.  De uma forma geral, apesar de estar, aparentemente, ‘protegido’ pela estrutura corporativa, o intraempreendedor não deve achar que pode se dar ao luxo de errar só porque não são seus bens que estão em jogo. Normalmente, as empresas entram com recursos financeiros e proporciona a estrutura para atender as necessidades do projeto. Mas é exigido do empreendedor uma certa dose de dedicação além das responsabilidades do cargo e além dos limites de horário e local de trabalho. O empreendedor investe o seu conhecimento e o seu tempo nestes projetos. Quanto maior o comprometimento que ele demonstra, maior é a credibilidade sobre o seu projeto e maior é a contrapartida de envolvimento da empresa.

 

Algumas das dificuldades que certamente o intraempreendedor enfrentará está no processo de implementação de uma inovação no processo ou no produto. Cada mudança representa uma ameaça para as pessoas, sobretudo porque faz parte da natureza humana manter o status quo, manter a situação atual. Mudança, para a maioria das pessoas gera desconforto, desequilíbrio, novas reações, pensamentos, opiniões, a necessidade de se esforçar para se adaptar. E é por isso que as pessoas resistem ao processo de mudança, não querem mudar para não ter que aprender de novo, mexer no que está funcionando, encarar a incerteza.

 

Os gerentes, por sua vez, também têm motivos para não apoiar os empreendimentos individuais:
– Mesmo que não queira, o intraempreendedor possui um brilho próprio, por suas próprias características, que ofusca o gerente. Quanto maior for a diferença em termos de níveis hierárquicos entre o funcionário e o gerente, maior é este sentimento de inferioridade e insegurança do gerente.
– O intraempreendedor assume, com a empresa, riscos sobre o projeto, o gerente fica no meio do caminho, sem poder assumir riscos, nem paternidade, nem as glórias eventuais do projeto. Por isso, ele não quer se envolver, não quer assumir as responsabilidades inerentes ao cargo e nível de supervisão que ele exerce sobre seu funcionário empreendedor.
– O gerente perde poder com o intraempreendedor. Adquirir o status de empreendedor é ter as portas abertas mais facilmente, o que acarreta num nível de independência com relação ao chefe que o leva novamente a sentimentos de insegurança e inveja.
– Prioridades departamentais, de responsabilidade do intraempreendedor, são relegadas a segundo plano, comprometendo os objetivos corporativos do gerente, que, obviamente, não fica satisfeito com esta perda de controle.
– O gerente tem, invariavelmente, dificuldade em lidar com falhas e erros de seus subordinados, pois no final, a responsabilidade pelas falhas acaba sendo sua. Isso o torna mais intolerante com seus funcionários.empreendedores.

– As relações hierárquicas ficam comprometidas. O intraempreendedor tem compromisso dividido entre o seu projeto e o seu chefe, o que gera alguns conflitos difíceis de serem controlados pelo gerente.

 

Ser um empreendedor tradicional, abrindo um próprio negócio tem suas dificuldades e problemas, é claro, mas ser um empreendedor interno também tem suas dificuldades. Não são as mesmas, mas são tão difíceis de se lidar quanto os outros.

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Ideias e Melancias

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Há dois meses resolvi cuidar do meu jardim. Quando limpava o mato, percebi uma planta diferente. Tinha uma folhagem com desenho irregular e cor meio verde-acinzentada. Não me pergunte porque, mas eu decidi não arrancá-la. Talvez mera curiosidade, talvez uma expectativa por uma surpresa, ou até mesmo, preguiça…

 

O fato é que, dois meses depois, a plantinha cresceu e mostrou a que veio ao mundo. Com ramos rasteiros de mais de 1 metro de comprimento, percebe-se facilmente que se trata de um pé de melancia! Pode-se notar, ainda que muito pequena, com um mero centímetro de diâmetro, que possui o formato, cor e desenho de uma melancia. Com certeza, uma das sementes que as crianças jogaram no jardim. Obviamente continuarei a observá-la, e até cuidar dela, mas, sabendo agora do que se trata, não tenho a menor expectativa que a fruta cresça até sua plenitude, sobretudo considerando o ainda insipiente tamanho da planta. Mas isso me trouxe um motivo de reflexão.

 

Quantas ideias surgem na nossa mente e que arrancamos sem dar-lhes a chance de maturar e mostrar o que podem se tornar? Quantas coisas passam pela nossa cabeça que ignoramos e logo esquecemos pautados pela nossa noção de absurdo, impossível, inadequado, sem importância, ‘fora do padrão’, descartados como ervas daninhas? Roger Von Oech, autor do livro ‘Um Toc na cuca’, chama estas atitudes de ‘bloqueios mentais’, ou seja, todas as barreiras que, às vezes, nós mesmos impomos às nossas idéais.

 

Tenha em conta também, que uma ideia pode parecer óbvia e fácil depois que a conhecemos. Pode parecer fácil plantar melancias, mas com certeza, aquela semente que vingou foi apenas uma das dezenas que foram jogadas pelas crianças durante um churrasco. Muitas vezes, para se chegar a uma boa ideia, é preciso ter muitas para poder escolher. Muitas ideias fracassam até que uma se torne um sucesso. Charles Thompson define como sua regra número 1 de criatividade em seu livro ‘Grande ideia’: ‘A melhor maneira de ter grandes ideias é ter muitas ideias e jogar fora as ruins’.

 

Outro ponto de reflexão: durante estes mesmos dois meses, tentei salvar um pequeno arbusto que eu havia plantado para fechar a composição de uma parte do jardim. Por mais que protegesse do sol intenso, regasse com precisão diária, mantivesse-a adubada e podada, ao final ela não sobreviveu e secou. Por quê? Por que a despeito de todo o carinho, atenção e cuidados, ela se recusou a se adaptar à sua nova moradia? Por que ela não deu certo se estava cercada de todas as condições para crescer e se desenvolver?

 

A verdade é que às vezes, a planta pode ser linda, cara e até forte e resistente. Mas se não for plantada no local e momento certos, de nada adiantam seus esforços para desenvolvê-la, simplesmente não era para ser. Na contrapartida, uma simples semente, encontrando as condições necessárias para brotar e se tornar uma planta, encontrará seu caminho sozinha, sem nenhuma ajuda.

 

Mais uma vez, assim são as ideias. Quando elas surgem, elegemos uma que julgamos ideal e investimos tudo nela, esquecendo que a janela da oportunidade talvez não esteja aberta naquele momento o que acaba por nos levar a desperdiçar boas ideias. O pior é que muitas vezes, você se concentra tanto em uma única ideia que não percebe as coisas acontecendo ao seu redor, não percebe outras oportunidades surgindo, não consegue ver as outras perspectivas que esta mesma ideia pode trazer para ser melhor aproveitada.

 

Cuidado também com a empolgação. Uma ideia pode ter se mostrado muito boa, mas não era o que você procurava. Para quem quer um jardim ornamental, o que fazer com um pé de melancia? Se ela não orna com o resto, se ela não se adéqua ao contexto, não tenha dó de descartá-la. Na melhor das hipóteses, simplesmente transplantá-la para um local mais apropriado.

 

Por fim, levei dois meses para descobri que eu tinha um pé de melancia no meu jardim. Talvez sejam necessários alguns meses para ter uma melancia de fato. A boa ideia tem que estar associada com o tempo também. Evoluir uma ideia que está quinze minutos à nossa frente é diferente de uma ideia que esteja a anos-luz à frente. Muitas boas ideias como a fotocopiadora levaram mais de 20 anos para se tornar um acessório fundamental nos escritórios. Esteja ciente do tempo que será necessário para sua ideia se tornar viável. Se ao invés de uma melancia, eu quiser jacas, talvez tenha que esperar mais de 10 anos entre a muda e a fruta!

 

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